CAPÍTULO 18 - QUATRO COLUNAS DO CONHECIMENTO INICIÁTICO


Ao longo da história o Conhecimento Iniciático (gnóstico) se expressou através de quatro pilares, denominados de Quatro Colunas do Conhecimento. As Quatro Colunas do Conhecimento, em ordem alfabética, são: arte, ciência, filosofia e mística.

A Gnose, na dimensão do conhecimento espiritual, se expressa através das Quatro Colunas, que conhecemos como as Quatro Colunas do Conhecimento Iniciático, que são representadas na Loja Maçônica pelas Quatro Pilastras ou colunas.

Aqui em Santos, há muitos templos de maçonaria, por ser aqui o berço dela, onde desde o tempo de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, a Maçonaria mantém o seu domínio aqui.

Na Prefeitura de Santos, S.P, olhando no portal de entrada, de fora para dentro, do lado direito do observador, há a figura de um anjo com o símbolo do Caduceu de Mercúrio e uma espada nas mãos. É o lado masculino, representado por Jakin, que é o guardião do templo. Da mesma forma, do outro lado, é a parte feminina, chamada na literatura grega de Boáz, que é a outra guardiã do templo.

A Maçonaria é uma organização mística, como muitas outras importantes, que movimentou o conhecimento iniciático, a gnose autêntica, no seu devido tempo.

Os movimentos espirituais que passam o conhecimento gnóstico sofrem os impactos da lei da entropia e se deterioram, ao longo dos tempos. À medida que a lei da entropia vai agindo nas instituições espirituais elas vão se tornando instituições culturais, sociais, filosóficas, filantrópicas, etc.

Depois que acaba a gnose iniciática de uma instituição ela até cresce materialmente, fica cheia de gente. Porém as pessoas que estão ali, dentro de suas fileiras, levados pela identificação com elas e com o materialismo, nem notam que o verdadeiro ensinamento já saiu dali.

Assim aconteceu na Maçonaria, na Rosacruz, na Teosofia, etc. Assim, também aconteceu com o próprio Movimento Gnóstico Samaeliano, que já perdeu a sua autenticidade no mundo, em termos da expressão coletiva, desde o ano 2.000.

O Movimento gnóstico instituído pelo V.M. Samael, a partir de 1950, para disseminar a gnose restaurada, teve o ciclo vital também, onde nasceu, cresceu, foi enfraquecendo aos pouco devido à entropia e morreu, lá pelo ano 2.000, quando então foi desativado pelo V.M. Rabolú.

É preciso reconhecer o que está acontecendo, para fazermos a coisa no tempo certo. Os movimentos espirituais são como a moda, donde as roupas, as músicas, etc., nascem, crescem e vão-se embora. Assim também é o movimento espiritual. É por isso que há tantas correntes religiosas. Cada movimento religioso tem a sua época certa, na história

Devemos discernir e contemplar veneradamente o que a Gnose nos ensina por meio da Arte, da Ciência, da Filosofia e da Mística. Por meio da arte, em suas obras, o artista vem expressar o que leva de saber em seu interior. Se o artista é um Mestre, que se desenvolveu plenamente o conhecimento contido nas quatro colunas, transmite a nós uma grande sabedoria.

Aprendendo a apreciar os quadros de Leonardo da Vinci, as sinfonias de Mozart, de Beethoven, as esculturas gregas, etc., vamos descobrir os ensinamentos que estão ali ocultados ou velados por detrás dos símbolos, e sentir emoções sublimes, superiores.

Para visualizar uma obra gnóstica é preciso ser, no mínimo, um estudante de gnose, pois só percebe a verdade, quem a procura. É preciso saber interpretar semioticamente os símbolos, saber ler nas entrelinhas dos textos sagrados, etc.

A Arte nos transmite o conhecimento gnóstico, quando ela é objetiva, superior. Isto se dá quando a pessoa que a realiza tem conhecimento de gnosis, é um iniciado na Senda Iniciática e, portanto, de consciência desperta.

E, ao contrário, a arte somente de viés cultural é subjetiva, porque se expressa ali a projeção do ego do artista.

O mesmo ocorre com a pessoa que observa uma arte, se está adormecida, não sente nada superior, o ego não lhe deixa compreender nada; no entanto, o mistério de tais obras pode provocar profundas inquietudes num bom entendedor.

Na coluna da Arte Iniciática, o artista iniciático tenta representar Deus, a natureza superior. Através da Arte, ao longo da história, passaram o conhecimento gnóstico, alguns gnósticos bem conhecidos.

Na coluna da Arte Gnóstica, expressaram-se, ao longo da história, verdadeiros mestres gnósticos, tais como: Leonardo da Vince, na pintura; Dante Alighieri, na literatura; Bethoven, na música; Shekspeare, no teatro,etc.

Na coluna da Ciência Iniciática, grandes mestres gnósticos deixaram os seus conhecimentos, tais como Hipocrates, Dr. Jorge Adoum e Paracelso, na medicina; Isaac Newton e Einstein, na Física; Pitágoras, na matemática,etc.

Na coluna da Filosofia Iniciática, tivemos grandes mestres gnósticos que deixaram grandes saberes para a humanidade, tais como Pitágoras, Sócrates, Platão, Santo Agostinho, apóstolo Paulo,etc.
Na coluna da Mística Iniciática, se expressaram grandes mestres gnósticos da humanidade, tais como Budha, Jesus Cristo, São Francisco de Assis, Samael Aun Weor, Rabolú, etc.

Somente os Teúrgos são da Senda Iniciática Ascendente. Infelizmente não há nenhum Médium, nenhum goeciano, nenhum umbandista, nem camdomblecista, etc., que se expressou, expressa ou irá expressar através das Quatro Colunas do Conhecimento Iniciático Ascendente. Isto não ocorre porque eles percorrem a trajetória da iniciação em direção contrária, em movimentação retrógrada, não praticam os Três Fatores de Revolução da Consciência, que se constituem na ferramenta básica da Senda Iniciática.