CAPÍTULO 12 – LEIS DE RETORNO E DE RECORRÊNCIA

O VM. SAW nos ensinou através de suas inúmeras obras acerca de que estamos sujeitos a 48 leis, aqui no planeta Terra. Nesta lição nós vamos estudar mais algumas leis, levando em consideração a sua complementaridade holística. Carma e Darma se constituem numa mesma lei, que deve ser entendida em seu aspecto dualístico, para combinar perfeitamente com a lei de Retorno, que por sua vez se conecta a lei de Recorrência.

Para compreendê-las de forma completa, vamos estudá-las atentamente através dos livros: “O Mistério do Áureo Florescer"; "A Grande Rebelião" e "Sim há Inferno, Sim há Diabo, Sim há Carma”, do VM. Samael Aun Weor.

Conforme aprendemos, na doutrina do V.M. SAW, nascimento e morte se processam segundo operações matemáticas inversas. O nascimento consiste num fenômeno biológico, responsável pela divisão e multiplicação de células, que por sua vez integrarão os órgãos e os tecidos. Todo Ser Vivo nasce, cresce, torna-se adulto, envelhece e morre o que consiste no eterno Ciclo Vital.

Os fenômenos nascimento e a sua parte complementar denominada morte não interrompem a vida, que é eterna, não tem princípio, meio e nem fim!Temos uma única vida, advinda do Universo Absoluto, que se manifesta aqui no Universo Relativo, através de existências superpostas, num total de 324.000 vezes, durante um período determinado por inúmeros Dias Cósmicos ou Mahamvantaras. A morte consiste numa operação matemática inversa do nascimento, numa operação de fracionamento sucessivo, onde o cadáver físico, o corpo vital ou Lingam Sarira e a personalidade após baixarem à sepultura, vão se decompondo gradativamente. O corpo físico desintegra-se primeiro que o corpo vital e a personalidade dura mais. Ela é filha de seu tempo, nasce em seu tempo, morre em seu tempo, pois não existe nenhum amanhã para ela. A personalidade se forma durante os primeiros sete anos da infância e vai se robustecendo com o tempo através das experiências. Após a morte do corpo carnal, a personalidade vai ao sepulcro; entretanto, costuma escapar do mesmo, para perambular pelo cemitério”. (V.M. Samael).''

O VM. SAW afirma que os povos antigos não ignoravam este fato e assim colocavam dentro da tumba de seus seres adoráveis, coisas e alimentos relacionados com estes últimos. O que se verificou através de muitos arqueólogos, ao descobrir jazigos, túmulos, cenotáfios, nichos, moradas, sarcófagos. Ele afirma que as flores e visitas dos aflitos alegram muito as personalidades descartadas.

Estas personalidades descartadas, destituídas de seus corpos, encontram-se cheias de desejos de prazeres da carne, cheios de paixões, etc., demandando um corpo vivo de carne e osso de um Médium para satisfação de sua libido, de sua gula, etc. Então baixa no corpo do Médium para realizar tais desejos.

As personalidades ficam na quarta dimensão e o ego fica na quinta. O ego continua mais além do sepulcro, pois se constitui num conglomerado de agregados psíquicos que se processam no mundo astral e mental, onde permanece aguardando o retorno. As essências de algumas raras pessoas muito boas logram emancipar-se, por algum tempo, do ego, para gozar de umas férias no mundo causal, na sexta dimensão, antes do retorno a este vale de lágrimas. Precisamos tornar prático na prática dos Três Fatores de Revolução da Consciência, para termos vida consciente entre a morte e o novo nascimento. 

Jamais a essência livre de uma pessoa falecida é uma Entidade, ela não baixa em nenhum Médium, em determinado centro Espírita, porque ela é divinal. O que baixa é o ego, que é satânico.

O retorno a este mundo, atualmente, é imediato, em razão do robustecimento do ego animal, que leva a nossa essência ao acondicionamento pelo eu pluralizado.
O ego pode submergir dentro do reino mineral, nos mundos infernos, para retornar, de forma imediata ou mediata, num novo organismo. O retorno do ego se dá na mesma família, para continuar na semente de nossos descendentes.

Este retorno se dá incessantemente, para repetirmos sempre o mesmo filme, com os mesmos dramas, as mesmas tragédias, etc. Nem todos os eus que criamos em vida, retornam após a nossa morte, pois muitos deles se perdem, submergem dentro do reino mineral, ou continuam reincorporando-se em organismos animais ou se aderem a determinados lugares, etc.

Cada um de nós é o resultado de nossa existência anterior, da qual temos 108, em cada volta da roda do Samsara, que dá 3.000 voltas no transcorrer de vários Dias Cósmicos.

Se não trabalharmos intensivamente com os Três Fatores de Revolução da Consciência, perderemos o tempo miseravelmente. Se trabalharmos na eliminação dos elementos indesejáveis que em nosso interior carregamos, podemos fazer de nossa existência uma ponte para paz.

Ao longo de vários Dias e Noites Cósmicas temos uma só vida, que vai se expressar no mundo material através de 324.000 ciclos vitais, constituídos por nascimento, crescimento, envelhecimento e morte. O nascimento e a morte são os constituintes de cada ciclo vital de cada existência e não interrompem a vida.

Ao morrermos regressamos ao princípio de uma nova existência, com a possibilidade de repetir o mesmo filme outra vez no cenário de uma nova existência, pois a nossa existência é um filme. Uma vez concluída a filmagem, ao longo de uma existência, levamos o vídeo para o julgamento final, junto ao Tribunal da Leia Divina.

Lá o filme vai ser projetado ao contrário, de trás para frente, onde as cenas gravadas vão se passando lentamente, para podermos vivenciar todos os atos de nossa existência que acabou de passar, um a um, até se chegar ao começo da fita, que será o ponto de partida de uma nova existência, que mecanicamente vai recorrer brevemente.

Ao reingressamos em uma nova existência, retornarmos ao princípio da existência neste Vale de Lagrimas, onde ganhamos um corpinho novo em folha, presenteado pela natureza, para reprojetarmos sobre a tela da existência o mesmo filme.

Ao retornáramos para este mundo, os três por cento de essência livre que temos impregnam totalmente o ovo fecundado, nascemos na mesma família, continuamos na semente de nossos descendentes e tudo volta a ocorrer tal como na existência anterior, mais a conseqüência de nossas ações precedentes.
Assim se processa a dinâmica da mecânica da Lei da Recorrência, onde através de milhares de anos do Mahamvantara renascemos para reviver os mesmos dramas, comédias e tragédias.

A nossa existência é feita de exaustiva repetição, de atos recorrentes, de acontecimentos que nunca se modificam. Isto é devido ao nosso ego, composto de eus, que em nosso interior carregamos. Eus que vêm das antigas existências, os verdadeiros atores das cenas repetitivas de nossa vida.

Portanto, ao trabalharmos intensivamente na desintegração do nosso ego, nós iremos colocar um final na mecânica da repetição de todas as coisas. Com a desintegração dos eus da ira, coloca-se um fim nas cenas trágicas da violência; com a morte dos eus da cobiça, os problemas da mesma finalizarão; se eliminarmos os eus da luxúria, as cenas luxuriosas de sexualidade desenfreada acabam; ao dissolvermos os personagens secretos da inveja, dissolvem-se também as cenas da mesma; com a desintegração dos eus do orgulho, da vaidade, da presunção, da auto importância, coloca-se fim nas cenas ridículas que estes defeitos apresentam; ao eliminarmos de nossa psique os fatores da preguiça, da inércia e da indolência, as cenas que tais defeitos apresentam não se repetem por falta destes atores; com a morte dos eus da gula, dos eus gastronômicos da glutonaria, coloca-se um fim nos banquetes, nas festanças, nas bebedeiras, etc.

O Espiritismo mediúnico e as demais ordens espirituais culturais não conhecem as leis de retorno e recorrência, confundem-na com a lei da reencarnação.