CAPÍTULO 13 – LEIS DE REENCARNAÇÃO E DE RESSURREIÇÃO


Pelas leis de retorno e recorrência, de evolução e involução, de carma e darma, nas lições anteriores vimos que retornamos à existência, reincorporamos 108 vezes em cada ciclo, num total de 3.000 ciclos, que perfazem um total de 324.000 retornos, num Mahamvantara. Então nascemos e morremos 324.000 vezes, tomamos corpos 324.000 vezes.

Durante um Mahamvantara ou Dia Cósmico, cada um de nós nasce e morre muitas vezes, até cumprir os 324.000 ciclos ao longo de muitos Dias e Noites Cósmicas. Isto significa que temos uma só vida, que é eterna, que se manifesta aqui no plano físico através de 324.000 existências.

Portanto o nascimento não tem o poder de dar início à nossa vida e a morte não pode dar fim a ela. A vida é Deus em nós, é eterna, não tem começo, nem meio e nem fim. A existência sim possui começo, meio e fim, é efêmera, está sujeita ao tempo, é impermanente.

Deus não existe, nem nunca existiu e nem nunca existirá, porque Ele é eterno. Ele não disse a Moisés: Eu Existo! Ele disse: Eu Sou. O verbo Ser é muito mais forte do que o verbo existir, pois expressa a Seidade. Seidade é Deus, é eterno.

Assim podemos definir retorno como sendo a lei pela qual movemos as nossas existências, no espaço e no tempo, através da grande Roda do Samsara.

Toda alma, com a consciência em construção, que ainda não despertou em 100%, fica sujeita às leis do retorno e da recorrência. Toda alma que desperta a sua consciência em 100%, se livra das leis de retorno e da recorrência e se conecta a lei da reencarnação.

Conforme nos ensinou o V.M. Samael, a reencarnação só é possível para quem criou o Embrião Áureo, se divinizou, criou seus Corpos Existenciais do Ser, despertou a consciência e está com sua consciência em um grau elevado de compreensão.

Quando uma determinada alma vai à ressurreição, já desperta a sua consciência em 100%, livra-se também da reencarnação, da Roda do Samsara. Daí ela não precisa mais voltar a este vale de lagrimas, porque transcendeu toda lei, conheceu a verdade, libertou-se.

Entretanto há aquelas almas revolucionárias que decidem voltar ao Vale de Lágrimas, após haver libertado da Roda do Samsara. Estas não precisam mais trabalhar para si e sim o fazem pela humanidade.

Então estas almas libertas conquistam o direito de reencarnarem, de serem regidas pela lei da reencarnação e não mais pela lei de retorno. Toda alma que adquiriu o direito à reencarnação, se persistir na senda do caminho reto, chegará à ressurreição por mérito e não precisa reencarnar mais, pois já possui um corpo imortal para todo sempre.

A reencarnação põe fim ao retorno e a ressurreição mata a reencarnação. Na lei do retorno nossa alma possuirá corpos físicos, que ficam sujeitos ao tempo. Pela lei da reencarnação, nossa alma possuirá corpos eletrônicos, que estão sujeitos à eternidade (além do tempo). E pela ressurreição nossa alma se prepara para o viver no Absoluto, que vai muito além da eternidade.

Os Médiuns e todos os seus consulentes, os Espíritas e todos os religiosos das mais diversas religiões do círculo cultural, não conseguem sair da Roda do Samsara, não conseguem livrar da mecânica das leis de retorno e de recorrência, por fim não lograrão a reencarnação e muito menos a ressurreição.
Holosoticamento deve-se salientar que, no Universo Relativo, a palavra eternidade expressa o tempo e está sujeita ainda a lei do tempo. E o no Universo Absoluto já não há mais a eternidade, pois ali tudo está livre das leis. Portanto, fora da lei do tempo!

Nos primeiros séculos de nossa era, os primeiros padres da Igreja Romana ensinaram a doutrina da reencarnação. Quando não havia ainda a Igreja Católica. Somente existia a Santa Igreja Gnóstica Primitiva, dirigida pelo Patriarca Pedro. Depois do Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 D.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da Igreja.

Jesus Cristo, no Novo Testamento, em Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13; Marcos 6:14-15 e 18:10-12; Lucas 9:7-9; João 3:1-12 ensinou explicitamente a doutrina da reencarnação.

O VM. SAW, com sua extraordinária doutrina da síntese revolucionária, fez-nos entender a real diferença que há entre Retorno Reencarnação, onde aprendemos que na realidade, o retorno é para todos aqueles que não dissolveram o ego, o eu, o mim mesmo, que logo após a morte renascem, retornam, reincorporam neste doloroso vale de lágrimas, onde permanece preso à roda do destino ou roda do Samsara.

As Leis de Carma e Darma, Retorno e Recorrência são interdependentes. O ego é composto de eus atores que retornam à existência incessantemente, para repetirem dramas, cenas, acontecimentos, aqui e agora. Enquanto tivermos ego, retornaremos, para converter o passado ao futuro através da estreita passagem do presente.

Para termos direito à reencarnação temos que trabalhar intensivamente com os Três Fatores de Revolução da Consciência, para morrermos para os defeitos e nascermos para as virtudes, criarmos os nossos corpos existenciais do nosso Real Ser, criar o Embrião Áureo e trabalharmos pelo bem da humanidade, consciente e gratuitamente.

Para que haja reencarnação, tem que haver eliminação do ego, pois o ego é composto de eus em diversidade e só encarna de verdade em individualidade sagrada. Somente os Deuses, Semideuses, Reis Divinos, Titãs e Devas reencarnam. Pois na reencarnação é a reincorporação do aspecto divinal no humano, em um homem ou em uma mulher que criou o Embrião Áureo, uma nova manifestação do divino, para uma missão especial de resgate da humanidade.

A reencarnação só se torna possível para os embriões Áureos, para aqueles que já lograram, em qualquer ciclo de manifestação, a união gloriosa com a Superalma. Portanto, não se pode confundir a reencarnação com o retorno, pois o ego, a legião de eus tenebrosos, multiplicidade, não pode reencarnar, somente retornar.

O Espiritismo embora passe a noção de reencarnação aos seus fiéis, o faz de modo equivocado, incompleto. Para o Espiritismo retorno e recorrência se constituem na mesma coisa que reencarnação. Tal equívoco dos Espíritas se deve ao fato de possuir uma doutrina ditada por Entidade, por meio de Médiuns e não por Mestres credenciados da Loja Branca.

No cristianismo até o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 D.C. ainda possuía a doutrina da reencarnação tal como ensinada por Jesus Cristo e pelos apóstolos. Com a constantinização do cristianismo a doutrina jesuscristiana foi sendo tergiversada. Então, foi aí de modo sutil que o que o princípio da reencarnação foi proscrito na prática da Igreja Católica.

Todas as outras milhares de religiões cristãs culturais lidam com uma Bíblia adulterada e com uma doutrina cristã no viés constantiniano, portanto tergiversada, distanciada do padrão jesuscristiano original.

A reencarnação está plenamente documentada na Bíblia, como podemos ver neste texto abaixo: “Certa vez Jesus Cristo subiu ao monte Tábua com três de seus discípulos para orar: Pedro, Thiago e João”. Chegando ao topo, o Mestre se transfigura perante os apóstolos e eis que aparecem junto deles Moisés e Elias, já falecidos há centenas de anos, que conversam com o Senhor. Nas Escrituras Sagradas, mais precisamente no livro de Malaquias, há uma profecia afirmando que antes da vinda do Messias, o profeta Elias deveria novamente retornar. Sem entendê-la direito, os Escribas e os Fariseus, religiosos da época e inimigos de Jesus, apegavam-se nela para afirmarem que o Mestre não era o Filho de Deus, pois não tinham visto a Elias. Indagado sobre a vinda do profeta, Jesus responde que ele já havia nascido, e que ninguém o tinha reconhecido. Então, os apóstolos compreenderam que se tratava de João Batista, a quem o Mestre se referia.

'Em outra passagem anterior à citada, Jesus também afirma que João era Elias: ...Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mateus 11: 13 a 15). João Batista era primo de Jesus, filho de Izabel e Zacarias. É importante não confundir este João com o apóstolo do mesmo nome, chamado o Evangelista. O Batista começou a pregar no deserto, onde morava. Vestia-se de pele de animais e comia mel silvestre e gafanhotos. Sua pregação era muito enérgica, conclamando o povo a seguir os ensinamentos morais das Escrituras. Quando alguém se convertia a sua doutrina, prometia que dali em diante sua vida iria mudar. João mergulhava esta criatura nas águas do Jordão, num ato simbólico de batismo, para selar o compromisso. Este ato foi chamado de "batismo pela água". Daí o nome "Batista". Note que na época só se batizavam adultos. Chegando Jesus à margem do Jordão, foi também batizado por João, "para que se cumprissem as antigas profecias". Este acontecimento marcou o início da vida pública do Mestre e o declínio da pregação do Batista. João foi preso pelo rei Herodes, por causa das críticas que ele fazia ao adultério do rei com sua cunhada Herodias, mulher de seu irmão Felipe. No aniversário do rei, Herodias pediu a cabeça de João. A história dos Evangelhos ilustra a vida de trabalho do Batista, à causa do Bem. O Evangelho de Lucas, capítulo I, versículos 36 a 45, pode ser analisado. Nele, é contada a história da gravidez de Izabel, mãe do Batista, prima de Maria, a mãe de Jesus. João nasceu de parto normal, como outra criança qualquer. Conclui-se, pois, que se Jesus afirmou que João era o Elias da profecia, deu inequívoco testemunho de que o Espírito ou a Alma pode entrar no ventre da mãe para nascer de novo. Existem outras passagens que mostram que alguns judeus acreditavam na reencarnação. Muitas vezes perguntavam ao Mestre se ele era um dos antigos profetas que havia voltado (veja Mateus 16: 13 a 16). Se eles assim questionavam, é que entendiam que os Espíritos tinham possibilidade de viverem outras vidas. Jesus deixa claro que nem todos estavam aptos a entenderem a verdade como ela hoje nos é apresentada pela Doutrina. Afinal, a encarnação do Mestre foi há quase dois mil anos. Não havia condições intelectuais para se entender as abstrações da vida espiritual. Por este motivo, o Mestre sempre dizia os que têm olhos para ver, vejam; os que têm ouvidos para ouvir, ouçam. Não falou claramente da reencarnação, nem da vida após a morte, mas o fez nas entrelinhas. “As Escrituras Sagradas nos fornecem subsídios importantes para crermos na reencarnação como dádiva de Deus(Carlos César Barro).

O Espiritismo mediúnico, as religiões culturais e as demais organizações espirituais retrogrativas desconhecem as leis de reencarnação e ressurreição, por falta de predicados iniciáticos.

Em 325, no concílio de Nicea, Constantino o Grande institucionaliza a Igreja Cristã Universal, que se configura como a igreja católica. Dizem que houve um genocídio de 45.000 cristãos, onde Constantino os torturou para que renunciassem à Reencarnação. Ao mesmo tempo recolhem-se os livros religiosos de todas as aldeias do império e configur em definitivo uma BÍBLIA tergiversada, que já nasceu adulterada.