CAPÍTULO 02 – RODA DO EZEQUIEL BÍBLICO

Uma boa ilustração didática para compreendermos a nossa movimentação na trajetória da Senda Inciática é a Roda da Retribuição, também chamadas pelos nomes: Roda da Fortuna, Roda do Samsara, a Roda de Mortes e Nascimentos, etc. Esta é a Roda de Ezequiel, conforme menciona a Bíblia“Quando se moviam, elas podiam irem qualquer uma das quatro direções, sem se virar enquanto iam.” (Ezequiel 1:1).Nesta Roda observa-se que o Mago da Fraternidade Branca se torna Mago Negro da Fraternidade Negra, se não se revolucionar e saltar dela. “Pelo lado direito sobe HERMANUBIS, evolucionando, pelo lado esquerdo desce TIFÓN BAFOMETO involucionando. Depois das 108 vidas, a roda dá uma volta completa, enquanto sobe consideramos a Evolução pelos Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Humano, ao baixar, desce pela mesma via. A Roda do Samsara dá 3.000 voltas, depois, a Essência, depois de tantas purificações e sofrimentos, volta ao Absoluto, mas sem Autorrealização. Na parte superior a Esfinge fazendo equilíbrio sobre a roda, representa a Mãe Natureza. A Esfinge é o Intercessor Elemental da Bendita Deusa Mãe do Mundo. Nela estão representados os Cinco Elementos” (Samael Aun Weor).

Como exemplo, vamos pegar a sua mônada, de você que está aí agora lendo este livro, meu querido leitor e analisar a viagem dela, de vinda e volta, na Senda Iniciática.
Neste esquema temos que a sua Mônada particular, como a monda de cada um nós, no raiar da aurora da criação, saiu da presença do Criador, lá no Universo Absoluto e veio parar aqui no Universo Relativo, numa das casas do Pai Celestial, na Terra, como criatura, para animar a criação.

Nesta viagem ela veio se desdobrando nas suas subpartículas, chegando aqui ela ejetou a sua última subpartícula, o Buddhata ou a essência, que adentrou pelo portal inicial da Via Iniciática, para iniciar o seu caminho de volta para onde ela saiu do seio do Pai Celestial.

A sua essência adentrou no reino mineral, como um Elemental simples, para animar o corpo de um Gnomo. Este Elemental do Gnômono, após ganhar a experiência adequada, migrou do Reino Mineral para o Reino Vegetal, com o nome de Fada e vai animar o corpo de um vegetal.

A Fada, após ganhar a devida experiência no Reino Vegetal, no seu devido tempo, migrou para o Reino Animal, onde recebeu o nome alma.
A palavra alma é um termo equivalente ao hebraico néfesh, ao Sânscrito Átman e ao grego psykhé e significa a Consciência do Ser. Etimologicamente, deriva do termo em Latim animus (anima), de onde derivas as palavras cognatasanimação, animal, animado, etc. Daí nós temos que desenho animado é algo que tem animação, que se movimenta.

Da mesma forma que o desenho animado se movimenta mediante uma animação, é o ser animado, um Animal é um ser que se move, movido por um Elemental chamado anima ou alma.
Este Elemental (essência ou Buddhata), após sua experiência no Reino Animal, adquiriu a devida consciência e migrou para o Reino Humano, para animar o corpo físico de um Ser Humano.
Chegando ao Reino Humano, a roda que já girou, no sentido ascendente (anti-horário), desde o seu ponto inferior, continua o seu giro até o seu ponto superior, de onde inicia o seu movimento de descenso, até completar a sua primeira volta.

O movimento de subida da Roda da Retribuição é chamado de ascensão, evolução, progressão, etc. Do mesmo jeito, o movimento de descida, é chamado de descenso, involução, retrogradação, etc.
Deve-se observar que a roda não paira, ela sobe e desce, desce e sobe, incessantemente, no decorrer das eternidades. E quem estiver preso a ela, sobe e desce da mesma forma.

A Roda da Retribuição é chamada também de Roda do Samsara, porque Samsara quer dizer Vale de Lágrimas. E o Vale de Lágrimas é a Terra. Quem quiser sair do Vale de Lágrimas tem que arrumar um jeito de saltar da Roda. Isto significa que pelas Leis de Evolução e Involução vamos ficar sempre na mecânica da repetência, da recorrência, sempre repetindo a mesma coisa, sem direito a liberdade, sem salvação, o que seria muito triste!

Mas há um jeito de se saltar da Roda e se livrar das leis mecânicas da Evolução/involução e ir para uma lei superior, chamada Revolução. Uma vez que uma lei superior lava as leis inferiores.
A nossa primeira volta na Roda é a nossa ocorrência, as demais voltas são as nossas recorrências.

Ao migrar do Reino Animal para o Reino Humano a nossa alma, além da ocorrência, ganha o direito recorrer mais 107 vezes, o que perfaz um total de 108 existências. Então remos 108 existências para ficarmos em cima do muro, antes descermos aos Infernos Dantescos, para vivenciarmos ao vivo e em cores a Nossa Divina Comédia.

Isto significa que, enquanto mornos, temos 108 existências. Nascemos e nascemos e morremos 108 vezes, neste Vale de Lágrimas, antes adentramos à morada de Satã.
A Roda da Retribuição dá 3.000 voltas durante um Mahamvantara e em cada vota temos 108 existências, o que resulta em 324.000 oportunidades de sair do Vale de Lagrimas, saltando da Roda do Samsara. A fuga da Roda pelos Iniciados Ascendentes é propiciada pela prática dos TFRC.

Nesta odisseia toda, os Espiritualistas descendentes, no exercício do seu livre arbítrio, se quiserem podem inverter o seu sentido de percurso, mediante arrependimentos; e daí caírem na parte ascendente da Roda, mediante o perdão, mediados pela Justiça e Misericórdia Divina. Isto, por exemplo, aconteceu com Belzebu e seus sequazes, com os cristãos Madalena e Saulo (Paulo),etc.

Da mesma forma, os caminhantes ascendentes, num dado momento, podem jogar a pedra na água (como se diz esotericamente) e inverter o sentido de seu percurso, como aconteceu por exemplos com os Tronos caídos, com os Anjos Caídos, com Zanone, com Samael, etc.

Destes decadentes, se a queda deles estiver condicionada à vontade do Pai, após muito sofrimento por eternidades afora, o Filho se levanta novamente e retorna ao Pai, pela via ascendente.
Quando isto acontece se tem um Iniciado Supremo, um Mestre dos Mestres, pois leva para o absoluto junto consigo a sabedoria holosótica, suprema, que consiste em ter em si mesmo a compreensão total do bem e do mal.

Portanto, não para nós, que somos um “Zé Mané” neste caminho, mas para um verdadeiro Mestre da Loja Branca, um Mago Negro deste naipe tem muito respeito, é compreendido e tratado como irmão, com muito amor! Como fez, por exemplo, na prática, o V.M. Samael ao realizar a esplêndida Conversão de Belzebu.
Isto significa que para ser um entre os maiores de todos os Magos Negros, necessariamente o aspirante precisa iniciar primeiro no lado branco e depois “jogar a toalha .”

Que não se anime nenhum de nós, pobres analfabetos das escolas Espiritualistas, que precisamos primeiro construir a nossa aprendizagem, sermos chamados à prova do vestibular, sermos classificado, graduármos e Metrificármos no Mestrado Venusto primeiro.

Lembrando que na dissertação, aqui da faculdade epistêmica, se conquista o mestrado mediante a dissertação. Mas o Mestrado Venusto se conquista após carregar a cruz e morrer pregado nela!
Para nos orientarmos na Senda Inciática, precisamos saber que podemos movimentar numa direção, em dois sentidos. Na Senda Iniciática há movimentação no sentido da santificação, de aproximação do Criador do Universo (Deus) e movimentação no sentido do satanificacão, do Descriador, de afastamento do Criador do Universo, de aproximação do Deus Reverso, que é Satã.

Há pessoas em movimentação retrógrada, na Senda Iniciática, indo em direção a Satã de modo inconsciente. Mas também há aqueles que optam por este caminho retroativo, que desenvolvem esta trajetória de modo consciente, opcional, ao sabor do seu livre arbítrio, no que é muito bem respeitado por todos os irmãos da Senda Ascendente. Porque se não houvesse a lei do livre arbítrio, ninguém poderia optar pela via ascendente e muito menos pela descendente. E ficar em cima do muro não agrada a Deus!

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