CAPÍTULO 21 - VISITANTES TENEBROSOS


Os Médiuns, os necromantes, os goéticos, os Feiticeiros, etc., todos os Espiritualistas retrógrados, possuem uma base em comum de inteiração com seres ou Entidades do além túmulo. Eles as possuem eus lascivos em demasia e entram em contato com Entidades lascivas dos outros o tempo todo, são tomados de assalto por Entidades luxuriosas e outros seres tenebrosos.  Assim, muitos destes Espiritualistas terminam se tornando posse em definitivo do demônio lascivo e acabam ficando dementes totais.

Além de seu próprio ego constituído de inúmeras Entidades tenebrosas, entra elas íncubos e súcubos imediatos, há também os íncubos e súcubos mediatos, dentre aos diversos tipos de seres tenebrosos que recebem. Foi por aí que aconteceu a desgraça do Médium João de Deus! Para aprofundamento no assunto, vamos ler o que diz textualmente o V.M. Samael Aun Weor:

“O sábio Waldemar diz textualmente: "Um contemporâneo de Brognoli, o sacerdote Coleti, conta−nos de uma mulher de sua paróquia que acudiu a ele com seu marido."

"Ela era devota e de bons costumes; porém, fazia dez anos estava acossada por um tal espírito que de dia e de noite lhe sugeria o desonesto e, até, quando não dormia procedeu com ela como um íncubo, pelo que não era, de modo algum, um sonho o que padecia."
"Mas não logrou obter sua conformidade, permanecendo ela inquebrantável. Assim, o exorcista não teve mais do que pronunciar o "Praeceptum Leviticum" contra o demônio, e daí em diante, ela se viu livre dele."

"Neste caso − diz Waldemar − vemos que, quando a consciência de um obsesso a tal ponto imaginou como subterfúgio a violação pelo demônio, ou seja, quase uma tomada de possessão contra sua vontade, pode superar−se o estado mediante o processo de uma expulsão do espírito lascivo pelas forças morais, ainda não tiranizadas."

"Mas se o íncubo (o Eu lascivo), a imagem luxuriosa criada pela própria fantasia, se afirma sem oposição até o fim, o próprio indivíduo convertido em íncubo executa cindido em dois seres, uma autocopulação. Neste caso, a obsessão acaba, geralmente, na demência total."
"Assim intentou Brognoli, na primavera de 1643, liberar, em vão, de um íncubo a uma moça de vinte anos."

"Fui, diz, com seu confessor, a sua casa. Apenas penetramos nela, o demônio que estava entregue a sua tarefa, escapuliu. Falei então à moça e ela me contou nos mínimos detalhes o que fazia o demônio com sua pessoa."


"De seu relato não tardei em compreender que, ainda que ela o negasse, havia dado, não obstante, uma conformidade indireta ao demônio. Pois, quando notava sua aproximação pela dilatação e vivo formigamento nas partes afetadas, não buscava refúgio na oração, nem invocava a Deus e a Santa Virgem em auxílio, nem ao Anjo da Guarda, senão que ia correndo a sua habitação e se estendia na cama, a fim de que o maligno pudesse executar sua tarefa mais cômoda e agradavelmente."

"Quando tratei de despertar nela, em conclusão, uma firme confiança em Deus para liberar−se, permaneceu indiferente e sem eco, notando-me, então, uma resistência, como se não quisesse ser liberada."

"Deixei−a, pois, não sem antes haver dado algumas prescrições a seus pais sobre disciplinas e repressão do corpo de sua filha, mediante jejuns e abluções."
"Mas não só eram visitadas, assim, as mulheres, diz o sábio Waldemar. Brognoli foi conduzido, em Bérgamo, a um jovem comerciante de uns vinte e dois anos de idade que havia enfraquecido até ficar em puro esqueleto, porque o atormentava um súcubo."

"Fazia vários meses, ao estender−se em sua cama, apareceu−lhe o demônio na figura de uma moça extraordinariamente bela, à qual amava."
"Ao gritar, contemplando aquela figura, ela lhe havia instado para que se calasse, assegurando−lhe que era, em verdade, ela moça e porque sua mãe lhe batia, havia fugido de casa, recorrendo à de seu amado."

"Ele sabia que aquela não era a sua Tereza, senão algum diabrete; não obstante, após alguma conversa e uns abraços, levou−a consigo para a cama."
"Depois lhe disse a figura que, em efeito, não era a moça, senão um demônio que o queria, um de seus eus−diabos e que, por isso, se unia a ele dia e noite."
"Isto durou vários meses, até que Deus o liberou por meio de Brognoli e ele fez penitência por seus pecados."

Através deste insólito relato, resulta completamente evidente e manifesta a autocopulação com um eu−diabo que havia tomado a forma da mulher amada.
É inquestionável que aquele mancebo de ardente imaginação e espantosa luxúria havia utilizado, inconscientemente, a faculdade ideoplástica para dar forma sutil à sua adorada.

Assim, veio à existência um eu súcubo, um demônio passionário de cabelos longos e ideias curtas. É óbvio que dentro desse diabo feminino ficou engarrafada uma boa parte de sua consciência. Paracelso diz a respeito, em sua obra "De originem morborum invisibilium Lit.III":

"Íncubos e súcubos se formaram do esperma daqueles que realizam o ato antinatural imaginativo da masturbação (em pensamentos ou desejos)."

"E, pois, só procede da imaginação, não é um esperma autêntico (material), senão um sal corrompido."


"Só o sêmen que procede de um órgão indicado pela Natureza para seu desenvolvimento pode germinar em corpo."

"Quando o esperma não provém de apropriada matéria (substrato nutrício), não produzirá nada de bom, senão que gerará algo inútil."

"Por isto, íncubos e súcubos, que procedem de sêmen corrompido, são prejudiciais e inúteis, segundo a ordem natural das coisas."

"Estes germens formados na imaginação nasceram de Amore Heress, o qual significa uma espécie de amor no qual um homem se imagina uma mulher, ou vice−versa, para realizar a cópula com a imagem criada na esfera de seu ânimo."

"Deste ato resulta a evacuação de um inútil fluído etéreo, incapaz de gerar uma criatura; porém, em situação de trazer larvas à existência."
"Uma tal imaginação é a mãe de uma exuberante impudicícia, a qual, continuada, pode tornar impotente um homem e estéril, uma mulher, já que, na freqüente prática de uma tal imaginação enferma, se perde muito da verdadeira energia criadora."

"Os eus−larva da lascívia são verdadeiros entes pensantes autônomos, dentro dos quais fica enfrascada uma boa porcentagem de Consciência."

“As larvas, das que fala Paracelso, não são outra coisa que aquelas cultivadas formas de pensamentos que devem sua força e sua existência, unicamente, à imaginação desnaturalizada.”

V.M. Samael Aun Weor