Deste modo quando o estudante chegar ao curso em andamento, em qualquer uma das três fases, ele deverá acompanhar os temas a partir de aonde chegou. Porém deverá fazer o Curso De Introdução ao Conhecimento Gnóstico para adquirir base, a fim de prosseguir o estudo dos temas, com entendimento e compreensão.
Para prosseguir no curso, com entendimento didático, o quê o estudante preciso, em síntese? Precisa saber: a origem e a etimologia da palavra gnose; a movimentação da gnose através dos tempos; a acomodação da gnose sobre as Quatro Colunas do Conhecimento; os tipos de abordagens e os tipos de conhecimento; como estudar gnose e os cinco livros básicos da Gnose Samaeliana.
A palavra gnose é um substantivo feminino grego do verbo gignósko, que significa conhecer. Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. Na realidade, holisticamente falando, a palavra gnose é muito mais antiga do que se imagina, ela vem do watan, língua Atlântida, passando pelo sânscrito, como jinana ou gnana. A palavra gnose é a forma latinizada do vocábulo grego gnosis, que deriva do verbo gignósko, cujo significado etimológico é conhecer. No latim, gnosis também toma o sentido de Scientia,ciência.Estudar gnose significa estudar o conhecimento.Gnóstico significa aquele que conhece.
Os gregos dividiram o conhecimento, que era uno, em dois ramos principais: Episteme e Gnosis. Episteme passou a ser o designativo do conhecimento de natureza material e gnosis o designativo do conhecimento de natureza espiritual. No Grego clássico e no grego popular, usam-se os termos koiné e gignósko para designação de conhecimento. Koiné possui o significado de epistéme e é usado para designar o conhecimento inferior ou intelectual. Gignósko possui o significado de gnosis e é utilizado para denominar o conhecimento superior ou espiritual.
Vamos encontrar o termo gnose, no dicionário da língua portuguesa, na composição de outras palavras designativas de conhecimento, como em diagnóstico e prognóstico.
Do grego o prefixo holos significa todo, inteiro, integral, totalidade, realidade. Este prefixo é usado na formação de palavras que traduzem o significado de tudo do todo, como holística, holismo, holosótica, holosótico, etc. Holos = todo; óptico = visão.
A gnose, que é o conhecimento de todas as coisas, sempre esteve presente no seio da humanidade, desde princípio do mundo até nossos dias, hora de modo velado, como conhecimento ocultado do grosso da massa humana, hora como conhecimento desvelado, mas para poucos, através de grandes mestres da humanidade. Como ocorreu em 1950, ano em que o Dr. Samael Aun Weor restaurou a gnose, fundando o Movimento Gnóstico Cristão Universal, configurando-o como um movimento filosófico, científico, místico, sem fins lucrativos. Após a morte do Dr. Samael, o Sr. Joaquim Henrique Amortegui Valbuena, o VM. Rabolú, o sucedeu na condução do Movimento Gnóstico até sua morte no ano 2000, quando então foi desativado o Movimento gnóstico, no plano físico.
O Movimento da Gnose se deu de modo contínuo e gradativo ao longo dos tempos da história da humanidade. A Gnose é algo dinâmico, que se movimentou no passado, movimenta-se no presente e movimentar-se-á no futuro em três círculos: Na exotérica para o grande público, na mesotérica para poucos iniciados e na esotérica entre os raros e grandes mestres da humanidade, segundo o paradigma hermético. Hermes Trismegistro assim dizia: “o conhecimento está para a massa, mas a massa não está para o conhecimento”. Leonardo da Vince, com relação ao conhecimento, assim expressou: “Alguns veem, sem que alguém lhes mostre, outros veem, quando alguém lhes mostra e muitos não veem nunca, nem que alguém lhes mostre".
O movimento da Gnose se dá em todo o cosmos. A gnose enquanto conhecimento, no sentido de sabedoria, é infinita, eterna está presente em todo o cosmos, através de Deus, que é supremo Criador e conhecedor de todas as coisas.
O movimento da gnose se dá ao longo das sete raças-raízes. A gnose esteve e estará presente ao longo das sete raças- raiz. Na Lemúria houve uma intensa movimentação do conhecimento gnóstico, conforme podemos pesquisar na Antropognose do V.M. Samael Aun Weor. Da mesma forma ocorreu na Atlântida, o que está devidamente documentado na Bíblia Sagrada, nos escritos de Platão e de Samael Aun Weor. Desta forma ela se movimentou ao longo da existência das quatro raças raízes que nos antecederam, está se movimentando ao longo da nossa atual quinta raça-raiz e se movimentará na sexta e na sétima raças-raiz.
O movimento da gnose se deu na Antiguidade. Na antiguidade, a gnose se movimentou através de diversas escolas iniciáticas. Entre elas podemos citar o bramanismo, o zoroastrismo; o budismo, a escola egípcia, a escola grega, a romana, etc.
Como se movimentou a gnose um pouco antes de Cristo? A gnose se movimentou por meio da escola dos Nazarenos, Essênios e outros. Como se deu o movimento da gnose na época de Cristo? Na época de Jesus Cristo a gnose se movimentou com todo o seu esplendor. Pois estava presente, na Terra, o mestre dos mestres em sabedoria.
Como se movimentou a gnose depois de Cristo? Depois da ida do Redentor, a gnose se movimentou entre os gnósticos da catacumba, por meio dos alquimistas, das cruzadas, da maçonaria, da rosacruz, da teosofia, da antroposofia, etc.
Como se dá o movimento da gnose modernamente? Modernamente, em 1950, o V.M. Samael Aun Weor restaurou a gnose, que se movimentou em quais todos os países do mundo até 1977 por meio do Movimento Gnóstico Cristão Universal, quando veio a deixar este mundo. Em seu lugar ficou um dos seus discípulos prediletos, o V.M. Rabolú. O V.M. Rebulo esteve à frente do Movimento Gnóstico Cristão na Nova Ordem até o ano de 2000, quando deixou este mundo.
Como está o movimento da gnose na atualidade? Atualmente o Movimento Gnóstico Cristão da Nova Ordem foi desativado por meio do V.M. Rabolú. Existem ainda grupos de estudos gnósticos independentes, que ainda estudam a gnose, por iniciativa particular. Ao desativar o movimento da gnose o V.M. Rabolú retirou-o dos grupos de estudos institucionalizados e o levou para o público externo, por meio do livrinho Hercólubus. No livro Hercólubus, veiculado pela Fundação V.M. Rabolú da Colômbia, o V. M. Rabolú já se dirigiu ao grande público da humanidade e não mais para o pequeno grupo de estudantes gnósticos pertencentes aos grupos de estudos do Movimento Gnóstico Cristão Universal na Nova Ordem.
Ao longo da história da humanidade o conhecimento gnóstico se expressou através de quatro pilares, denominados de Quatro Colunas do Conhecimento. As Quatro Colunas do Conhecimento, em ordem alfabética, são: arte, ciência, filosofia e mística.
A Gnose, o conhecimento espiritual, se expressa através das Quatro Colunas, que conhecemos como as Quatro Colunas do Conhecimento, que são representadas na Loja Maçônica pelas Quatro Pilastras.
Aqui em Santos há muitos templos de maçonaria, por ser aqui o berço dela, onde desde o tempo de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, a Maçonaria mantém domínio.
Na Prefeitura de Santos, S.P, olhando do lado direito, há a figura de um anjo com o símbolo do Caduceu de Mercúrio e uma espada. É o lado masculino, representado por Jakin, que é o guardião do templo. Do outro lado, é a parte feminina chamada, na literatura grega, de Bohas. A Maçonaria foi uma corrente, como muitas outras importantes, um movimento que passou a gnose autêntica, no seu devido tempo.
Os movimentos espirituais, que passam o conhecimento gnóstico, sofrem os impactos da lei da entropia e se deterioram, ao longo dos tempos. À medida que a lei da entropia vai agindo nas instituições espirituais elas vão se tornando instituições sociais, na prática, filosóficas, etc.
Existem alguns tipos ou maneiras de se abordar o conhecimento. Podemos abordá-lo em suas partes, por parte, numa parte ou no todo. Podemos fazer uma abordagem do conhecimento de natureza material ou epistêmico. Podemos abordar o conhecimento de natureza espiritual ou gnóstico. Quando abordamos o conhecimento gnóstico ou o epistêmico, em suas partes fragmentadas, estamos fazendo uma abordagem antropocêntrica ou mecanicista. Quando abordamos pelo seu todo, estamos fazendo uma abordagem holística, holista ou holosótica.
Do grego holos significa todo, inteiro, integral, totalidade, realidade. O prefixo holos integra o novo paradigma holístico, representa uma resposta inteligente à crise de fragmentação dos saberes, que embasa a dissociação dos componentes da realidade, que impõem a ignorância à humanidade, ameaçando a sua própria continuidade.
O modelo holístico leva em conta o movimento dinâmico entre o todo e as partes, reconstituindo a dialética real da verdade de todas as coisas sustentadas na binaridade dos fenômenos e leis da mecânica do Universo Relativo, onde a realidade, a totalidade, a verdade, se configura sobre o substrato da complementaridade.
A lógica antropocêntrica fragmentou a verdade, proporcionado dificuldade na leitura da verdade, o que possibilitou o aparecimento das enumeras religiões, partidos políticos, ordens, seitas, etc, que no âmago de buscarem a verdade e a paz, acabaram criando confusão e contribuído ainda para cultura da violência.
O novo paradigma gnoseolístico vem surgindo, à medida que o paradigma antropocêntrico revelou-se insatisfatório perante a nova realidade dos novos tempos. Os erros provocados pelo antropocentrismo provocaram uma crise humana perigosa. Vivenciamos uma crise multidimensional em sua abrangência e sem precedentes na história humana. Esta crise é decorrente da fragmentação do conhecimento e da desvinculação dos valores de sustentabilidade da vida.
O conhecimento integrado fragmentou-se em disciplinas estanques, fragmentando a inteireza da vida. O ego hipertrofiado ampliou os conflitos internos e externos, em função das fronteiras artificiais gestadas pela ação antropocêntrica, que ameaça rotundamente, a continuidade biológica da espécie humana.
A visão holística ou holosótica apresenta uma resposta inteligente à crise global gerada pela visão antropocêntrica. O paradigma holístico teve como ponto de partida o postulado evidenciado por Jan Smuts (1926) do continuum matéria-vida-mente. A abordagem holística é inclusiva, integrativa, ao considerar a interdependência entre as partes e o todo, numa integrativa cosmovisão, que considera a dinâmica todo-e-as-partes.
A consciência é o nosso instrumento de percepção, registro e compreensão dos fatos, fenômenos e acontecimentos de todas as coisas que se passam interna e externamente a todos nós.
Compreensão é um atributo da nossa alma, diretamente proporcional ao grau de consciência que possuímos. A compreensão resulta da prática do conhecimento teórico elevado à prática.
Do conhecimento teórico se extrai o entendimento e da prática do conhecimento teórico se chega à sabedoria. Então sabedoria é o resultado do conhecimento praticado. Na leitura de um texto gnóstico devemos ler como se estuda a Bíblia, não devemos passar ao versículo seguinte sem haver compreendido integralmente o versículo anterior.
O conhecimento gnóstico é veiculado à consciência para configuração da compreensão e o conhecimento epistêmico é veiculado à subconsciência para configuração do entendimento. Entendimento é superficial e a compreensão é profunda. Por isto se diz popularmente: “Estou entendendo, mas não estou compreendendo”.
Nos estudos de um texto gnóstico devemos ler pouco e praticar muito o pouco que foi lido, para configurarmos o verdadeiro saber gnóstico. Consta que o VM Samael ao se aproximar da morte pediu aos seus discípulos para queimarem todos os seus livros! Atônitos eles humildemente pediram-lhe, por misericórdia, para deixar alguns. O V.M. Samael atendeu-lhes o pedido, nomeando os seus cinco últimos livros, por terem sido escritos no ápice de sua consciência e por conterem a síntese da doutrina samaeliana. Destes cinco livros, com a leitura de apenas um deles podemos obter a auto-realização, conforme nos asseverou o V.M. Rabolu, se o praticarmos na integra.
Nestes cinco livros o VM Samael retifica os erros contidos em suas outras obras antigas, conforme podemos notar numa leitura atenta. Como exemplo, podemos citar o caso da Ayahuasca também conhecida por caapi, yagé, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, 'vinho da alma, etc'. No seu segundo livro “A Revolução de Belzebu”, escrito em 1950, o V.M. Samael faz menção positiva aos artifícios usados para desdobramento, entre estes o uso da Ayohuasca, pois tava interessado em “pescar peixinhos”. Já no seu livro As Três Montanhas, escrito em 1973, ele retifica isto, enfatizando que o verdadeiro discípulo do Caminho Reto deverá fazer a revolução da consciência, em si próprio, sem artifícios nenhum.
O Venerável Mestre Samael Aun Weor escreveu dezenas de livros a fim de que todo ser humano tivesse o direito de conhecer meios para trilhar o caminho da autêntica sabedoria, da Auto-realização Íntima do Ser. A sua doutrina foi sintetizada nestes seus cinco livros básicos.
Dentre estes há os Cinco Livros Básicos do VM Samael Aun Weor. Estes cinco livros contêm a síntese fundamental das obras destes dois Veneráveis Mestres. Eles nos oferecem todo o embasamento teórico e as práticas necessárias á iniciação ao saber gnóstico; permite-nos a comprovação direta. Nestes livros se entregam ao estudante gnóstico as chaves secretas, para abertura do Templo da Sabedoria, que está apoiado nas quatro colunas do conhecimento: Arte, Ciência, Filosofia.