A VINDA DA MÔNADA DO ABSOLUTO
O Raio de Criação representa a manifestação do Absoluto por intermédio do Criador. As mônadas, são as chispa virginais que saem do Absoluto para animar a criação. Mônada, monada ou Mônade é um termo usado pelo filósofo alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz para designar substância simples, ativa, indivisível, de que todos os entes são formados. A Mônada de Leibniz corresponde ao Átomo Primordial de Demócrito de Abdera.
As Mônadas ao saírem do Absoluto, no raiar do Mahavantar, vão se fracionando em subpartículas menores, que são as partículas constituintes do nosso Real Ser Interno, Deus. Dentre estas subpartículas emanadas da Mânada há uma partícula essencial ou essência que vai permear e dar vida a todos os componentes do Raio de Criação, desde os seres mais evoluídos e complexos até o menor dos átomos. A essência é Deus presente em nós e em toda criação. Deus é vida, viva a vida! E a vida é algo que está presente em todos nós e em todos seres vivos componentes da Teia da Vida. A essência monádica está em todos níveis de criação está relacionada com a origem de todos os seres. Essa Essência, apesar de possuir a mesma natureza, em qualquer um dos níveis da criação, possui uma expressão diferente em cada nível: a essência elementar de um mineral do Reino Mineral recebe o nome de Elemental Gnômono; do Reino Vegetal, Elemental Fada; do Reino Animal, Elemental Alma;do ser humano, Alma.
Ao findar o Mahavantara ou Grande Dia Cósmico que, segundo o VM.Samael Aun Weor, corresponde a um período de tempo de 311.040.000.000.000 anos do nosso sistema, as mônadas realizam a operação de absorção e integração de suas subpartículas, inversamente à emanação fracionamento ocorridos no início da criação, para se recolherem ao Absoluto, durante a Grande Noite Cósmica ou Mahapralaya, que equivale em tempo ao Mahavantara.
As Mônadas saem do mundo de somente uma Lei, que é o Absoluto, onde possuem a mais pura expressão da Essência Divina, a mais pura expressão do próprio Criador, para animar a criação se submetendo-se a um número cada vez mais crescente de leis, de complexidade, de mecanicidade e de infelicidade, por irem se afastando cada vez mais da vontade única do Absoluto.
Na organização funcional do meio ambiente há uma força inteligente, ordenadora, que coordena as interações e as transformações entre os cinco reinos de seres vivos, que coexistem em perfeita conexão holística com os demais componentes do meio.
Entre os componentes vivos do nosso Planeta encontramos muitas formas de vida, desde seres microscópicos até gigantescas árvores e animais de organismos complexos. Estes seres interagem com os fatores dos ambientes em que vivem.
Ao conjunto formado pelo Ambiente e pelos seres vivos que nele encontrados damos o nome de ECOSSISTEMA. O n nosso planeta, ao se abrigar as plantas, os animais e os diversos fatores abióticos, se constitui num enorme ecossistema vagando pelo espaço junto com outro astros do Sistema Solar de ORS. Daí é muito importante para todos nós conhecermos O Sistema Solar, a Terra e os ecossistemas que ela contém.
Ao interagirmos com o Ambiente através dos sentidos, percebemos a forças ordenadora e a inteligência da criação, que fazem com que tudo ao nosso redor acontecem simultaneamente de maneira sincronizada. Vemos a água e sua ação, enxergamos relâmpagos, sentimos o ar e a transferência de calor de um corpo a outro, enxergamos os vegetais verdes, seres autótrofos, estabelecendo conexão da energia luminosa entre o Sol e os seres heterótrofos. Na natureza, nos ecossistemas, os fenômenos, o componentes abióticos e os seres vivos, atuam simultânea e sincronizadamente, de maneira holística, sem que hajam divisões.
Desde muito tempo homem se interessa pela observação desta maravilhas cósmica e estudo os astros que vê no céu, o que o leva a certeza de uma causa universal inteligente que impulsiona toda a criação cósmica. Primeiramente o homem observou-os a olho nu, posteriormente, estudou-os com instrumentos ópticos primitivos, e hoje os estuda com modernos e possantes telescópios que facilitam a identificação dos astros, dando oportunidade para se conhecer um pouco mais do universo.
Devemos enfatizar a grandiosidade do universo, não só pelos infinitos corpos celestes existentes, mas pela força criadora que há tudo isto. Esta maravilhosa obra do criador podemos observar olhando para o céu em noite sem lua, perguntando se somos capazes de contar com facilidade o número de pontos brilhantes que existem ali no céu. É importante sabermos que estes corpos se movimentam e, por este motivo, suas posições variam. Como os movimentos são periódicos, de tempo em tempo, voltam às posições originais. A rotação da Terra determina a sucessão de dias e noites, enquanto que o movimento de translação, os anos, as mudanças de estação. Devemos destacar o fato de que as gigantescas distâncias explicam por que corpos maiores do que outros podem nos parecer menores.
Todos nós temos o nosso endereço nesta maravilha de criação chamada cosmos. Naturalmente todos nós moramos em uma casa que está inserida em uma rua, a rua pertence a um bairro, o bairro está contido na cidade que, por sua vez, pertence ao estado; o estado está contido no país; o país está contido no continente e o continente está dentro do Planeta. E o Planeta onde está? Nosso Planeta pertence ao Sistema Solar de ORS. O Sistema Solar está contido na Galáxia de Gutembergque é a Via Láctea. A Via Láctea está contida no Universo. O Universo não é o fim de tudo. Como disse Einstein: Depois de cada Universo há um espaço vazio..... e, depois do espaço vazio, vem outro Universo e assim sucessivamente; e o conjunto de todos os universos compõe o cosmos. E o que é o cosmos? É que veremos a seguir.
Os Sete Cosmos - O Dr. Samael Aun Weor, em sua cosmologia transcendental nos ensina acerca de um universo extraordinário, composto por um conjunto de sete mundos emanantes, transcendentes: Protocosmos, Ayocosmos, Macrocosmos, Deuterocosmos, Mesocosmos, Microcosmos, Tritocosmos. O vocábulo gregocosmos tem o significado de beleza. Por exemplo, quando um mulher quer ficar bela utiliza cosmético. Por outro lado, na dialética dos contrários, caos é o oposto de cosmos.
Nosso texto até aqui tem o objetivo de nos colocar em contato direto com a obra do Grande Maestro do assunto, que é o VM. Saimael Aun Weor. Portanto, fiquemos com ele, para ler e reler incansavelmente as suas explicações, reflexionar, meditar, colocar os seus ensinamentos em prática e, ao mesmo tempo agradecermos a Deus por ter nos enviado tão honroso Ser para ministrar tão belo ensinamento acerca do Cosmos!-, conforme podemos ver no texto abaixo:
"OS SETE COSMO- Bem, amigos, estamos aqui reunidos novamente, com o propósito de estudar o Raio da Criação.
É urgente, indispensável, inadiável, conhecer, de forma clara e precisa, o lugar que ocupamos no raio vivíssimo da criação.
Antes de tudo, prezados cavalheiros, distintas damas, suplico-lhes encarecidamente seguir meu discurso com infinita paciência.
Quero que os senhores saibam que existem sete cosmos, a saber:
1 – Protocosmos - Inquestionavelmente, o primeiro cosmos é formado por múltiplos sóis espirituais, transcendentais, divinais.
Muito se falou sobre o Sagrado Sol Absoluto e é óbvio que todo Sistema Solar é governado por um desses espirituais sóis.
Isto quer dizer que nosso jogo de mundos possui seu Sagrado Sol Absoluto solar próprio, igual a todos os outros sistemas solares do inalterável infinito.
2º - Ayocosmos - A segunda ordem de mundos é formada, realmente, por todos os milhões de sóis e planetas que viajam através do espaço.
3º - Macrocosmos - O terceiro jogo de mundos é formado por nossa galáxia, por esta grande Via Láctea, que tem como capital cósmica central o Sol Sírio.
4º - Deuterocosmos - A quarta ordem é representada por nosso Sistema Solar de Ors.
5º - Mesocosmos - A quinta ordem corresponde ao planeta Terra.
6º - Microcosmos - A sexta ordem é o microcosmos Homem.
7º - Tritocosmos - A sétima ordem está nos mundos Infernos.
Ampliemos um pouco mais esta explicação. Quero que vocês, senhores e senhoras, entendam, com plena claridade, o que é realmente a primeira ordem de mundos. Sóis espirituais extraordinários, cintilantes, com infinitos esplendores no espaço. Radiantes esferas que jamais poderiam ser percebidos pelos astrônomos através de seus telescópios.
Pensai, agora, no que são os bilhões e trilhões de mundos e estrelas que povoam o espaço sem fim.
Recordai, agora, as galáxias; qualquer destas, tomada em separado, é certamente um Macrocosmos; e a nossa, a Via Láctea, não é uma exceção.
Que diremos do Deuterocosmos? Inquestionavelmente, todo sistema solar, não importa a galáxia à qual pertença, seja esta de matéria ou de antimatéria, obviamente é um Deuterocosmos.
Terras do espaço são tão numerosas como as areias do imenso mar. Indubitavelmente, qualquer uma destas, todo planeta, não importa qual seja seu centro de gravitação cósmica, é, por si mesmo, um Mesocosmos.
Muito se tem dito sobre o microcosmos homem. Nós enfatizamos a idéia transcendental de que cada um de nós é um autêntico e legítimo microcosmos. Não obstante, não somos os únicos habitantes do infinito; é claro que existem muitos mundos habitados. Qualquer habitante do cosmos ou dos cosmos é um autêntico microcosmos.
Por último, convém saber que dentro de todo planeta existe o reino mineral submerso com seus próprios infernos atômicos. Estes últimos sempre se acham situados no interior de qualquer massa planetária e nas infradimensões da natureza, debaixo da zona tridimensional de Euclides.
Entenda-se, portanto, senhores e senhoras, que a primeira ordem de mundos é completamente diferente da segunda e que cada cosmos é absolutamente desigual, radicalmente distinto.
A primeira ordem de mundos é infinitamente divina, inefável; não existe nela nenhum princípio mecânico; é governada pela única lei.
A segunda ordem é inquestionavelmente controlada pelas três forças primárias que regulam e dirigem toda a criação cósmica.
A terceira ordem de mundos, nossa galáxia, qualquer galáxia do espaço sagrado, é indubitável que é controlada por 6 leis.
A quarta ordem de mundos, nosso sistema solar ou qualquer sistema solar do espaço infinito, sempre é controlada por 12 leis.
A quinta ordem, nossa Terra ou qualquer planeta similar ao nosso, girando ao redor de qualquer sol, acha-se absolutamente controlada por 24 leis.
Na sexta ordem cósmica, qualquer organismo humano encontra-se definitivamente controlado por 48 leis, e isto vemos totalmente comprovado na célula germinal humana, constituída, como é sabido, por quarenta e oito cromossomos.
Por último, a sétima ordem de mundos está sob o controle total de 96 leis.
Quero que vós saibais, de forma precisa, que o número de leis nas regiões abismais se multiplica escandalosamente.
É evidente que o primeiro círculo dantesco está sempre sob o controle de 96 leis. Entretanto, no segundo se duplica esta quantidade, dando 192 leis; no terceiro se triplica; no quarto se quadruplica; de tal forma que se pode multiplicar a quantidade de 96 x 2, x 3, x 4, x 5, x 6, x 7, x 8 e x 9. Assim, no nono círculo, multiplicando as 96 x 9, nos darão 864 leis.
Se refletirdes profundamente sobre o primeiro cosmos, vereis que lá existe a mais plena liberdade, a mais absoluta felicidade, porque tudo é governado pela única lei.
No segundo cosmos ainda existe a felicidade plena, porque é completamente controlado pelas três leis primárias de toda a criação.
Entretanto, no terceiro cosmos já se introduz um elemento mecânico, porque estas três leis primitivas divinais, dividindo-se em si mesmas, convertem-se em seis. Obviamente, neste já existe certo automatismo cósmico. Já não são as três forças únicas as que trabalham, pois estas, ao se dividirem em si mesmas, originaram o jogo mecânico de qualquer galáxia.
Vejam os senhores o que é um sistema solar. É claro que, nele, já as seis leis se dividiram novamente, para se converterem em doze, aumentando a mecanicidade, o automatismo, a complicação, etc., etc.
Limitemo-nos agora a qualquer planeta do infinito, e muito especialmente a nosso mundo terrestre. Obviamente, é mais heterogêneo e complicado, porque as doze leis do sistema solar se converteram em vinte e quatro.
Olhemos agora francamente o microcosmos homem. Examinemos a célula germinal e encontraremos os quarenta e oito cromossomos, viva representação das quarenta e oito leis que controlam todo nosso corpo.
Obviamente, ao se dividirem estas quarenta e oito leis em si mesmas e por si mesmas, originam as noventa e seis do primeiro círculo dantesco.
Quero, que vocês compreendam o lugar que ocupamos no Raio da Criação.
Alguém disse que Inferno vem da palavra enfermos, que em latim significa região inferior. Assim, enfatizou a idéia de que o lugar que nós ocupamos na região tridimensional de Euclides é o Inferno, por ser, segundo ele, o lugar inferior do cosmos.
Infelizmente, aquele que fez tão insólita afirmação desconhecia realmente o Raio da Criação. Se ele tivesse tido maior informação, se tivesse estudado os sete cosmos, saberia que o lugar inferior não é este mundo físico em que vivemos, mas o sétimo cosmos, situado exatamente no interior do planeta Terra, nas infradimensões naturais, sob a zona tridimensional de Euclides.
P. – Venerável Mestre, depois de escutar com toda atenção e paciência a científica exposição sobre o Raio da Criação, observamos que, ao se referir à primeira ordem, ou seja, ao Protocosmos, menciona que o movimento, a vida corresponde à primeira lei, onde impera a liberdade absoluta. De acordo com as palavras do Grande Kabir Jesus: "Conhecereis a Verdade e ela vos fará livres", devemos entender, seguindo a lei das analogias e das correspondências, que, sendo nós os homens que nos movemos e temos nosso ser na sexta ordem de mundos, o Microcosmos, para vivenciarmos a Verdade e, portanto, sermos completamente livres, devemos pugnar para chegarmos a ser habitantes desses mundos regidos pela única lei ?
V.M. – Com o maior prazer responderei a pergunta do cavalheiro.
Distintos senhores e senhoras! É indispensável compreender que a maior número de leis, maior grau de mecanicidade e dor; a menor número de leis, menor grau de mecanicidade e dor.
Inquestionavelmente, no Sagrado Absoluto Solar, no sol central espiritual deste sistema no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser, não existe mecanicidade de nenhuma espécie; portanto, é óbvio que ali reina a mais plena bem-aventurança.
Evidentemente, devemos lutar de forma incansável por nos libertar das 48, 24, 12, 6 e 3 leis, para regressarmos realmente ao Sagrado Sol Absoluto do nosso sistema.
P. – Mestre, deduz-se, pelo que foi explicado anteriormente, que os mundos com mais leis são mais mecânicos e, portanto, logicamente mais densos e materiais. Isto quer dizer que os mundos infradimensionais ou infernais ocasionarão maior sofrimento e que, por esta razão, os chamamos a região das penalidades e dos castigos?
V.M. – Esta pergunta do auditório me parece bastante interessante e é claro que me apresso a respondê-la com o maior agrado.
Distinto senhor! Quero que o senhor saiba e que todos entendam que a maior número de leis, maior grau de mecanicidade e dor.
As 96 leis da primeira zona infernal são terrivelmente dolorosas. Sem dúvida, conforme o número de leis se multiplica em cada uma das zonas infradimensionais, também se multiplica a dor, a mecanicidade, a materialidade e o pranto.
P. – Venerável Mestre, observamos que anteriormente o senhor falou dos nove círculos concêntricos na região das infradimensões, as quais correspondem aos nove círculos das supradimensões do cosmos. Não obstante, ao referir-se ao Raio da Criação, somente enumera e explica sete cosmos. Não há nisso alguma incongruência?
V.M. – Honorável senhor! É indispensável que o senhor faça uma clara diferenciação entre os sete cosmos, os nove céus e os nove círculos dantescos das infradimensões naturais.
Obviamente, os nove céus se encontram relacionados, como já dissemos, com as nove regiões submersas sob a epiderme da Terra. Isto foi o que viu Enoque, em estado de êxtase, no Monte Mória, lugar onde edificaria, mais tarde, um templo subterrâneo com nove pisos interiores, para alegorizar o realismo transcendental de sua visão.
É inquestionável que os nove céus se acham plenamente concretizados nas esferas da Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. É claro que todos estes nove céus correspondem ao Deuterocosmos.
Fica, pois, esclarecido em sua mente o fato de que os sete cosmos não são os nove céus?
P. – Mestre, ao nos dizer o senhor que, conforme se vai baixando a maior número de leis, desde o primeiro cosmos até as regiões infernais, a mecanicidade, o automatismo, a materialidade se faz cada vez maior, nos faz pensar que, ao irmos nos afastando das três leis primárias, apartamo-nos também da vontade direta do Pai, ficando à nossa própria e miserável sorte. É este o caso?
V.M. – Distinto cavalheiro, honoráveis damas que neste auditório me escutam! Quero que saibam, de forma clara e precisa, que além de todo este jogo de mundos que forma nosso Sistema Solar, resplandece, glorioso, o Sagrado Absoluto Solar.
É indubitável que no sol central espiritual, governado pela única lei, existe a felicidade inalterável do eterno Deus vivo. Infelizmente, conforme nós nos afastamos mais e mais do Sagrado Sol absoluto, penetramos em mundos cada vez mais e mais complicados, onde se introduz o automatismo, a mecanicidade e a dor.
Obviamente, no cosmos de três leis, a felicidade é incomparável, porque a materialidade é menor. Nesta região, qualquer átomo possui dentro de sua natureza interior, tão somente três átomos do Absoluto.
Quão distinto é o terceiro cosmos! Lá a materialidade aumenta, porque qualquer de seus átomos possui, em seu interior, seis átomos do Absoluto.
Penetremos no quarto cosmos. Ali encontramos mais densa a matéria, devido ao fato concreto de que qualquer de seus átomos possui, em si mesmo, doze átomos do Absoluto.
Concretizemos um pouco mais. Se examinamos cuidadosamente o planeta Terra, veremos que qualquer de seus átomos possui, em sua natureza íntima, 24 átomos do Absoluto.
Especificando cuidadosamente, estudemos em detalhe qualquer átomo do organismo humano e perceberemos dentro dele, mediante a divina clarividência, 48 átomos do absoluto.
Baixemos um pouco mais e entremos no reino da mais crua materialidade, nos mundos infernos, sob a crosta do planeta em que vivemos, e descobriremos que, na primeira zona infradimensional, a densidade aumentou espantosamente, porque qualquer átomo inumano possui, dentro de sua natureza íntima, 96 átomos do Absoluto.
Na segunda zona infernal, todo átomo possui 192 átomos; na terceira, todo átomo possui em seu interior 384 átomos do Absoluto, etc., etc., aumentando, assim, a materialidade de forma espantosa e aterradora...
Ao submergir-nos dentro de leis cada vez mais complexas, obviamente nos independentizamos de forma progressiva, da Vontade do Absoluto e caímos na complicação mecânica de toda esta grande natureza. Se queremos reconquistar a liberdade, devemos liberar-nos de tanta mecânica e de tantas leis e voltar ao Pai.
P. – Querido Mestre, se não se faz a vontade divina no microcosmos homem, então por que se diz que "não se move a folha de uma árvore sem a vontade de Deus"?
V.M. – Distinto cavalheiro! No Sagrado Absoluto Solar, como já dissemos, só reina a única lei. No cosmos das três leis ainda se faz a Vontade do Pai, porque tudo é governado pelas três leis fundamentais.
Entretanto, no mundo das seis leis já existe, fora de toda dúvida, uma mecanicidade que, em certo sentido, a faz independente da vontade do Absoluto. Pense agora nos mundos de 24, 48, e 96 leis.
É óbvio que em tais ordens de mundos a mecanicidade se multiplica independentemente do Sagrado Absoluto Solar. Isto, claro, daria espaço como para dizer que o Pai fica excluído de toda criação. Entretanto, é bom que todos saibam que toda mecanicidade é previamente calculada pelo Sagrado Sol Absoluto, já que não poderiam existir as distintas ordens de leis e os diversos processos mecânicos, se assim não tivesse sido disposto pelo Pai.
Este Universo é um todo dentro da inteligência do Sagrado Absoluto Solar e estes fenômenos se vão cristalizando de forma sucessiva, pouco a pouco. Entendido?
P. – Venerável Mestre! O senhor poderia nos dizer a razão pela qual relaciona o sete nas leis da criação, no organismo humano e nos mundos? É uma tradição ou é realmente uma lei?
V.M. – A pergunta do cavalheiro merece uma resposta imediata. Quero que todos vocês, senhores e senhoras, compreendam com toda clareza o que são as Leis do Três e do Sete. É urgente que saibam que os Cosmocratores, criadores deste universo no qual vivemos, nos movemos e temos nosso ser, cada um, sob a direção de sua Divina Mãe Kundalini cósmica particular, trabalhou na aurora da criação, desenvolvendo no espaço as Leis do Três e do Sete, a fim de que tudo tivesse vida em abundância. Só assim pôde existir nosso mundo. Assim, não é estranho que todo processo cósmico natural se desenvolva de acordo com as Leis do Três e do Sete. De modo algum nos deve parecer algo insólito que tais leis se achem correlacionadas no infinitamente pequeno e no infinitamente grande, no microcosmos e no macrocosmos, em tudo o que é, em tudo o que foi e em tudo o que será.
Pensemos, por um momento, nos sete chacras da espinha dorsal, nos sete mundos principais do sistema solar, nas sete rondas de que fala a Teosofia antiga e moderna, nas sete raças humanas, etc., etc.
Todos estes gigantescos processos setenários, toda sétupla manifestação de vida tem por base sempre as três forças primárias: positiva, negativa e neutra. Entendido?
P. – Mestre, por que, quando fala da criação dos mundos, seres ou galáxias, se expressa em termos tais como é claro, indubitável, é óbvio, é natural, etc.? Em que se baseia para dizer isso com tal segurança?
V.M. – Vejo ali, no auditório, que alguém fez uma pergunta bastante interessante e sinto agrado em responder-lhe.
Senhores e senhoras! Quero que vocês saibam, de forma concreta, clara e definitiva, que existem duas classes de razão. A primeira, denominaremos de subjetiva; a segunda qualificaremos como objetiva.
Inquestionavelmente, a primeira tem por fundamento as percepções sensoriais externas. A segunda é diferente, e só se processa de acordo com as vivências íntimas da Consciência.
É óbvio que por trás dos termos citados pelo cavalheiro, encontram-se, realmente, os diversos processos de minha própria Consciência. Utilizo tais palavras da linguagem como veículos específicos de meus conceitos de conteúdo.
Com outras palavras, ponho certa ênfase para dizer ao cavalheiro e ao honorável auditório que me escuta o seguinte: jamais utilizaria as palavras citadas pelo senhor, se antes não tivesse verificado com meus poderes conscientivos, com minhas faculdades cognitivas transcendentais, a verdade de tudo o que estou afirmando. Gosto de usar termos precisos, com o propósito de fazer conhecer idéias exatas. Isso é tudo!
P. – Venerável Mestre, o senhor mencionou, em sua anterior exposição, a aurora da criação. Poderia explicar-nos em que época aconteceu e de quem foi a obra?
V.M. – Distinto cavalheiro! Na eternidade não há tempo. Quero que todos os que nesta noite assistem a nossa conferência compreendam perfeitamente que o tempo não tem um fundo real, uma origem autêntica, legítima.
Certamente e em nome da verdade devo dizer-lhes que o tempo é algo meramente subjetivo, que não possui uma realidade objetiva, concreta e exata.
O que existe realmente é a sucessão de fenômenos. Sai o sol e exclamamos: "São seis da manhã ". Oculta-se e dizemos: "São seis da tarde. Transcorreram doze horas". Porém, em que parte do cosmos estão essas horas, esse tempo? Podemos segurá-lo com a mão e colocá-lo sobre uma mesa de laboratório? De que cor é esse tempo, de que metal ou substância é feito? Reflitamos, senhores, reflitamos um pouco.
É a mente a que inventa o tempo, porque o que verdadeiramente existe de forma objetiva é a sucessão de fenômenos naturais. Infelizmente, nós cometemos o erro de pôr tempo a cada movimento cósmico.
Entre o sair e o ocultar-se o Sol pomos nossas queridas horas. Inventamo-las, anotamo-las ao movimento dos astros; mas estas são uma fantasia da mente.
Os fenômenos cósmicos se sucedem uns aos outros, dentro do instante eterno da grande vida em seu movimento. No Sagrado Sol Absoluto, nosso Universo existe como um todo íntegro, unitotal, completo. Nele se processam todas as mudanças cósmicas dentro de um momento eterno, dentro de um instante que não tem limites.
É patente e manifesto que ao se cristalizarem os distintos fenômenos sucessivos deste universo, vem à nossa mente, infelizmente, o conceito tempo. Tal conceito subjetivo é sempre posto entre fenômeno e fenômeno.
Realmente, o Logos Solar, o Demiurgo Arquiteto do Universo, é o verdadeiro autor de toda esta criação. Não obstante, não podemos pôr uma data à sua obra, à sua cosmogênese, porque o tempo é uma ilusão da mente e isto está muito além de todo o meramente intelectual. Inferno ou os mundos Infernos existem desde toda a eternidade. Recordemos aquela frase de Dante em sua Divina Comédia: "Por mim se vai à cidade do pranto; por mim se vai à eterna dor; por mim se vai para a raça condenada; a justiça animou meu sublime Arquiteto; fez-me a Divina Potestade, a Suprema Sabedoria e o Primeiro Amor. Antes de mim não houve nada criado, à exceção do imortal, e eu duro eternamente. Ó! Vós que entrais, abandonai toda a esperança!"
P. – Venerável Mestre, segundo pude perceber, o Mestre G coloca o mundo das 96 leis na Lua. Ao contrário, o senhor afirma que essa região se encontra debaixo da epiderme do organismo planetário em que vivemos. Poderia explicar-me a razão desta divergência de conceitos?
V.M. – Honorável senhor! Apresso-me a dar resposta a sua pergunta.
Certamente, o Mestre G pensa que o Raio da Criação termina na Lua; e eu afirmo, de forma enfática, que este conclui nos mundos submersos, no Inferno.
A Lua é algo diferente, distintos senhores, pertence ao passado Dia da Criação. É um mundo morto, é um cadáver.
As viagens dos astronautas a nosso satélite demonstraram, de forma contundente e definitiva, o fato irrefutável de que a Lua é um mundo morto. Não sei como o Mestre G se equivocou em seus cálculos. Qualquer lua do infinito espaço é sempre um cadáver. Infelizmente, o Mestre G acreditou firmemente que em nosso sistema a Lua era um mundo novo que surgia do caos, que nascia.
Num passado dia cósmico, a Lua teve vida em abundância, foi uma maravilhosa terra do espaço; porém, já morreu e num futuro haverá de desintegrar-se totalmente. Isso é tudo!
P. – Querido Mestre, de acordo com o Mestre G, nosso satélite, a Lua, originou-se por um desprendimento de matéria terrestre, devido a forças magnéticas de atração tremendas, dentro das leis de gravidade, formando um mundo novo, onde seguramente ingressam as almas perdidas, para sofrer nestas regiões infradimensionais do Averno. Quer dizer, Mestre Samael, que o Mestre G chegou a esta conclusão porque suas faculdades cognoscitivas eram pobres?
V.M. – Escuto a pergunta do senhor e é claro que sinto prazer em responder-lhe. De modo algum quero subestimar as faculdades psíquicas do Mestre G. Obviamente, cumpriu uma missão maravilhosa e seu trabalho é esplêndido. Não obstante, o homem tem direito de se equivocar. É possível que ele tomasse essa informação relacionada com Selene de alguma lenda, de alguma fonte, de alguma alegoria, etc., etc. Em todo caso, nós afirmamos, de forma enfática o que nos consta, o que pudemos verificar por nós mesmos, diretamente, sem menosprezar o trabalho de nenhum outro mestre.
Que de alguma colisão entre a Terra e outro planeta tenha partido a Lua ou que ela tenha emergido do Pacífico, como sustenta outro respeitável mestre, são conceitos que respeitamos, porém que nós não evidenciamos praticamente.
Afirmo, de forma contundente e com certa ênfase, e me limito exclusivamente a expor, com minha razão objetiva, o que por mim mesmo pude ver, ouvir, tocar e palpar.
Jamais, em todo o cosmos, chegamos a saber que alguma lua se converta em mundo habitável. Qualquer iniciado bem desperto sabe, por experiência direta, que os mundos, como os homens e as plantas e tudo o que existe, nascem, crescem, envelhecem e morrem.
É evidente que qualquer planeta que falece, de fato e por direito próprio se converte num cadáver, numa lua.
Nosso planeta Terra não será uma exceção e podem estar seguros, senhores e senhoras, que depois da sétima raça humana se converterá também em uma nova lua.
Sejamos, pois, exatos. Eu sou matemático na investigação e exigente na expressão. Temos métodos, sistemas e procedimentos, mediante os quais podemos e devemos pôr-nos em contato com esses mundos Infernos; então reconheceremos o realismo da Divina Comédia de Dante, que situa o Inferno debaixo da epiderme do planeta Terra".
( VM. Samael Aun Weor ).
QUESTÃO DE ESTUDO
Após a leitura deste texto assista às vídeo aulas e vídeos textos do tema 86 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo o tema A VINDA DA MÔNADA DO ABSOLUTO.