INTUIÇÃO E COMPREENSÃO CRIADORA
(Prof. Maurício - www.agsaw.com.br)

Define-se intuição como sendo o conhecimento claro, direto, imediato da verdade sem o auxílio do raciocínio. A intuição é uma faculdade do ser que permite se chegar à verdade, de modo direto, sem passar pelo processo do raciocínio. Intuição é uma faculdade da alma de interpretação da verdade. Na lenta de intuição as coisas cósmicas, os fatos, os fenômenos e o até o próprio universo se refletem de modo simultâneo e interdependente. Pela intuição é possível fazer distinção entre o real e o ilusório, entre o bem e o mal. Intuição é um pré-entendimento de todas as coisas, faculdade de prever, o futuro, de ter uma visão clara das coisas de Deus. A compreensão se constitui numa faculdade da Seidade Interna que transcende  o entendimento, que´´e muito superficial, enquanto que a compreensão é mais profunda, uma vez que emerge da consciência, enquanto que o entendimento advém do ego. Por isso que dizem popularmente: "Estou entendendo, mas não estou compreendendo;" "entendi, mas não compreendi". No nosso curso de Iniciação ao Conhecimento Gnóstico, apresentamos uma didática concreta que nos dá o VM. Samel Aun Weor, para ampliação das nossas faculdades de Intuição, Compreensão, imaginação e Inspiração, por intermédia de práticas com os Três Fatores de Revolução da Consciência, de desdobramentos e de meditação. 

"O mundo da intuição é o mundo das matemáticas. O gnóstico que quiser se elevar ao mundo da intuição deve ser matemático ou, pelo menos, ter noções de aritmética. As fórmulas matemáticas conferem o conhecimento intuitivo. As fórmulas de Kepler e de Newton podem servir para nos exercitar no desenvolvimento do conhecimento intuitivo. Se algum gnóstico prática, com tenacidade e suprema paciência, o seu próprio Ser interno, catexe ligada, o ensinará e o instruirá na Grande Obra. Então, estudará aos pés do Mestre e se elevará ao conhecimento intuitivo.

Imaginação, inspiração e intuição são os três passos obrigatórios da Revolução da Dialética. Aquele que deu estes três passos do conhecimento direto conseguiu a supraconsciencia.

No mundo da intuição só achamos onisciência. O mundo da intuição é o mundo do Ser, é o mundo do Íntimo.

Nesse mundo o eu, o Ego, a catexe solta, não pode entrar. O mundo da intuição é o mundo do Espírito Universal da Vida" (VM. Samel Aun Weor ).

"A Compreensão -Nesse mundo, no da compreensão, tudo é abstrato e aparentemente incoerente. Isto da incoerência aparece quando se dá os primeiros passos no mundo da compreensão.

A mente e o universo psicológico encontram-se num grande caos. Por isso, não há concatenação de idéias, sentimentos, etc.

Nos 49 níveis do subconsciente, encontra-se uma grande quantidade de arquivos com poderosa informação, porém, lamentavelmente, em desordem e anarquia.

Quando se trabalha no mundo da compreensão, as imagens e palavras surgem na forma de koans.

No primeiro trabalho sobre a compreensão dos defeitos, faz-se necessária a ajuda do sonho. Nesta ação compreensiva, chega-se a níveis confusos onde as imagens não têm coerência e onde a cor ainda não possui nitidez, isto é, não possui muito brilho.

Um dos principais obstáculos na compreensão de um defeito é o de não se poder fixar os elementos psicológicos em estudo porque a mente tende a distração.

No mundo da compreensão, quando se trata de trabalhar sobre um eu, tudo se torna obscuro, não se consegue ver absolutamente nada e a consciência perde, por momentos, sua lucidez, caindo rapidamente na fascinação.

A corrente de pensamentos e sentimentos é um obstáculo para se chegar a compreender um defeito.

Ao querer compreender um eu, caímos num vazio obscuro, em uma espécie de amnésia, na qual não sabemos o que estamos fazendo, quem somos nós e onde estamos.

A força de Eros e a energia criadora são os ajudantes mais perfeitos para a compreensão.

A energia criadora, transmutada ou sublimada durante a magia sexual – em que não há a ejaculação da entidade do sêmen abre os 49 níveis do subconsciente fazendo sair deles todos os eus que temos escondidos. Esses agregados psíquicos surgem na forma de dramas, comédias, tragédias e através de símbolos e parábolas.

Está escrita que a chave da compreensão está nestes três graus psicológicos: imaginação, inspiração e intuição"(VM. Samel Aun Weor)

"Imaginação - Para o sábio, imaginar é ver. A imaginação é o translúcido da alma.Para se conseguir a imaginação, é preciso se aprender a concentrar o pensamento numa única coisa. Aquele que aprende a concentrar o pensamento numa única coisa faz maravilhas e prodígios.

O gnóstico que quiser alcançar o conhecimento imaginativo tem de aprender a se concentrar e saber meditar. O gnóstico deve provocar o sono durante a prática de meditação.

A meditação deve ser correta. A mente deve ser casta. Precisamos de pensamento lógico e de conceito exato a fim de que os sentidos internos se desenvolvam totalmente perfeitos.

O gnóstico precisa de muita paciência porque qualquer ato de impaciência o leva ao fracasso.

No caminho da Revolução da Dialética, necessitamos de paciência, vontade e fé totalmente conscientes.

Um dia qualquer, entre sonhos, surge durante a meditação uma cena longínqua, uma paisagem, um rosto, um número, um símbolo, etc. este é o sinal de que já estamos progredindo.

O gnóstico eleva-se pouco a pouco até o conhecimento imaginativo. O gnóstico vai rasgando o véu de Ísis pouco a pouco.

Aquele que desperta a consciência chegou ao conhecimento imaginativo e movimenta-se num mundo de imagens simbólicas.

Aqueles símbolos que via quando sonhava, quando tratava de compreender o Ego durante a meditação, agora os vê sem sonhar. Antes os via com a consciência adormecida, porém agora se movimenta entre eles com consciência de vigília, ainda que seu corpo continue profundamente adormecido" "( VM. Samel Aun Weor ).

"Inspiração -Ao chegar ao conhecimento imaginativo, o gnóstico vê os símbolos, mas não os entende. Compreende que toda a natureza e o Ego são uma escritura vivente que ele não conhece. Precisa então elevar-se ao conhecimento imperativo para interpretar os símbolos sagrados da natureza e a linguagem abstrata do Ego.

O conhecimento inspirado confere-nos o poder de interpretar os símbolos da natureza e a linguagem confusa do Ego.

A interpretação de símbolos é muito delicada. Os símbolos devem ser analisados friamente, sem superstição, malícia, desconfiança, orgulho, vaidade, fanatismo, preconceitos, prejulgamentos, ódio, inveja, cobiça, ciúmes, etc., já que todos esses fatores são do eu.

Quando o eu intervém traduzindo e interpretando os símbolos, altera o significa da escritura secreta e a orientação que o Ser nos quer dar simbolicamente sobre o nosso estado psicológico interior.

A interpretação deve ser tremendamente analítica, altamente científica e essencialmente mística. Há que se aprender a ver e a interpretar na ausência da catexe solta, o Ego, o mim mesmo.

Há que se saber interpretar os símbolos da natureza e os da catexe ligada, o Ser, na absoluta ausência do eu. Porém, a autocrítica deve ser multiplicada porque, quando o eu do gnóstico julga que sabe muito, se sente infalível e sábio e até supõe que vê e interpreta na ausência do eu.

Para saber interpretar, temos de nos basear na lei das analogias filosóficas, na lei das correspondências e na cabala numérica. Recomendamos os livros A CABALA MÍSTICA de Dion Fortune e o de minha autoria TAROT Y KABALA. Estudem-nos.

Aquele que tem ódio, recentemente, ciúmes, inveja, orgulho, etc., não conseguirá elevar-se até o conhecimento inspirado.

Quando nos elevamos ao conhecimento inspirado, entendemos e compreendemos que a acumulação acidental de objetos não existe. Realmente, todos os fenômenos psicológicos da natureza e de todos os objetos acham-se intimamente ligados entre si, dependendo internamente uns dos outros e condicionando-se entre si mutuamente. Realmente, nenhum fenômeno psicológico e da natureza pode ser compreendido integralmente se o considerarmos isoladamente.

Tudo está em incessante movimento, tudo muda, nada está parado. Em todo objeto existe uma luta interna. O objeto é positivo e negativo ao mesmo tempo. O quantitativo se transforma em qualitativo.

O conhecimento inspirado permite que conheçamos a inter-relação entre o que foi, o que é e o que será.

A matéria não é senão energia condensada. As infinitas modificações da energia são completamente desconhecidas tanto para o materialismo histórico como para o materialismo dialético.

Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. Nós gnósticos nos afastamos da luta antiética que existe entre a metafísica e o materialismo dialético. Esses são os dois pólos da ignorância, as duas antíteses do erro.

Nós vamos por outro caminho. Somos gnósticos e consideramos a vida como um todo. O objeto é um ponto no espaço que serve de veículo a determinadas somas de valores.

O conhecimento inspirado permite-nos estudar a íntima relação existente entre todas as formas, os valores psicológicos e a natureza.

O materialismo dialético não reconhece os valores; só estuda o objeto. A metafísica não conhece os valores e tampouco conhece o objeto.

Nós gnósticos nos afastamos das duas antíteses da ignorância e estudamos o homem e a natureza integralmente, buscando a revolução integral.

O gnóstico que quiser chegar ao conhecimento inspirado deve se concentrar profundamente na música. A FLAUTA ENCANTADA de Mozart, que nos lembra uma iniciação egípcia, as nove sinfonias de Beethoven, o PARSIFAL de Wagner e muitas outras grandes composições clássicas nos elevarão ao conhecimento inspirado.

O gnóstico, profundamente concentrado na música, deverá se absorver nela como a abelha no mel, produto de todo seu trabalho.

Quando o gnóstico tenha chegado ao conhecimento inspirado, deve se preparar para o conhecimento intuitivo"( VM. Samel Aun Weor ).

"Meditação - A técnica da meditação permite que cheguemos até as alturas da iluminação e da revolução da dialética.

Devemos distinguir entre uma mente que está quieta e uma mente que foi aquietada a força.

Quando a mente foi aquietada à força, realmente não está quieta, esta amordaçada com violência e nos níveis mais profundos do entendimento há toda uma tempestade.

Quando a mente foi violentamente silenciada, na realidade não está em silêncio e no fundo clama, grita e se desespera.

É preciso se acabar com as modificações do princípio pensante durante a meditação. Quando o princípio pensante fica sob nosso controle, a iluminação vem a nós espontaneamente.

O controle mental permite-nos destruir os grilos criados pelo pensamento. Para se conseguir a quietude e o silêncio da mente, é necessário se saber viver de instante a instante, saber aproveitar cada momento; não dosificar o momento.

Tomai tudo de cada momento porque cada momento é filho da gnose, cada momento é absoluto, vivo e significativo. A momentaneidade é característica especial dos gnósticos. Nós amamos a filosofia da momentaneidade.

O Mestre Ummom disse aos seus discípulos: Se caminham, caminhem. Se se sentam, se sentem. Não vacilem!

Um primeiro estudo na técnica da meditação é a ante-sala dessa paz divina que supera todo conhecimento.

A forma mais elevada de pensar é não pensar".(Samael Aun Weor).

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse www.agsaw.com.br, assista aos vídeos do tema 50 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo a intuição e a compreensão.