FANATISMO:  Se configura pela paixão cega que leva alguém a excessos em religião, doutrina, partido, time de futebol, etc. O fanatismo se caracteriza pela  dedicação excessiva a uma determinada coisa seja ela qual for. Qualquer coisa que façamos em excesso redunda num fanatismo.

O fanatismo é uma doença psicológica. O fanático é ser desequilibrado que não serve nem para o bem e nem para o mal. Da identificação com determinada coisa, nasce a fascinação, da fascinação vem o fanatismo e do fanatismo a mitomania.

Todos nós temos fanatismo, mitomania e fabulação em grau maior ou menor, porém quem anela conquistar o seu Mundo Interno, tem que descobrir e erradicar de dentro de si mesmo os agentes, os eus que causam tais anomalias psicológicas. A palavra se constitui numa redução do termo fanático.

MITOMANIA: Defini-se como a mania de grandeza, que se caracteriza pela tendência patológica para a mentira, para a fantasia desenfreada. Mito significa grande, poderoso, etc. e o mitômano se constitui num indivíduo que se acha o maioral  de todos, o todo poderoso. É comum vermos por ai, mitômanos se intitulando ser reencarnação de Napoleão Bonaparte, Jesus Cristo, etc.

FABULAÇÃO:  Se define como sendo a ação de fabular, de substituir a verdadeira realidade por uma fantasia. Como exemplos, podem-se ver os fatos reais sendo substituídos por aventuras imaginárias, através dos contos ou das novelas. Do ponto de vista psicológico temos que o mitômano se caracteriza como sendo um doente que inverte o sentido das coisas, acreditando piamente nas mentiras como sendo verdades.

Para aprofundar-se no assunto vamos analisar o texto abaixo extraído dos escritos do V.M. Samael Aun Weor:

“Ao chegar a este capítulo da Mensagem de Natal 1971-1972, não é demais enfatizar algo muito penoso que pudemos verificar através de muitíssimos anos de constante observação e experiência. Quero referir-me, sem rodeios, à mitomania, tendência muita marcada entre pessoas afiliadas a diversas escolas de tipo metafísico. Sujeitos aparentemente muito simples, da noite para o dia, depois de umas quantas alucinações, convertem-se em mitômanos.Inquestionavelmente, tais pessoas de psique subjetiva quase sempre logram surpreender muitos incautos que, de fato, se fazem seus seguidores. O mitômano é como um paredão sem alicerce; basta um leve empurrão, para convertê-lo em miúdo sedimento. O mitômano crê que isto de ocultismo é algo assim como soprar e fazer garrafas e, de um momento para o outro, declara-se Mahatma, Mestre Ressurrecto, Hierofante, etc.O mitômano tem, comumente, reclamações impossíveis; sofrem, invariavelmente, disso que se chama delírios de grandeza. Essa classe de personagens costuma apresentar-se como reencarnação de Mestres ou de heróis fabulosos, legendários, fictícios.Entretanto, é claro que estamos dando ênfase sobre algo que merece ser explicado. Centros egóicos da subconsciência animalesca que, nas relações de intercâmbio, seguem determinados grupos mentais, podem provocar, mediante associações e reflexos fantásticos, algo assim como espíritos que, quase invariavelmente, são só formas ilusórias, personificações do próprio eu pluralizado. Não é, pois, estranho que qualquer agregado psíquico assuma forma jesuscristiana, para ditar falsos oráculos...

Qualquer destas tantas entidades, que, em seu conjunto constituem isso que se chama ego, pode, se assim o quiser, tomar forma de Mahatma ou Guru e, então, o sonhador, ao voltar ao estado de vigília, dirá de si mesmo: "Estou auto-realizado! Sou um Mestre!" Deve-se observar a respeito que, de todos os modos, no subconsciente de toda pessoa, acha-se latente a tendência à tomada de partido para a personificação. Este é, pois, o clássico motivo pelo qual muitos gurujis asiáticos, antes de iniciar seus discípulos no magismo transcendental, previnem-nos contra todas as formas possíveis de auto-engano. Não é tão fácil Despertar Consciência. É necessário liberar a Essência, tirá-la de seus habitáculos subconscientes; destruir tais habitáculos; transformá-los em pó. Este é um processo gradativo, muito lento, penoso, difícil.  Conforme a Essência vai se liberando, a porcentagem de Consciência vai aumentando.Os humanóides intelectuais, equivocadamente chamados homens, possuem, em verdade, tão só uns três por cento de Consciência; se tivessem sequer uns dez por cento, as guerras seriam impossíveis sobre a face da terra.A Essência primigênia que se libera ao iniciar-se o processo do morrer é inquestionável que se converte na Pérola Seminal, esse ponto matemático da Consciência, citado pelo Evangelho do Tao. Assim se inicia o Mistério do Áureo Florescer.O mitômano se presume de iluminado, sem haver liberado a Essência, sem possuir, nem sequer, a Pérola Seminal.

As pessoas de psique subjetiva são utópicas cem por cento; supõem, equivocadamente, que se pode ser iluminado sem haver logrado a morte do ego de forma radical e definitiva.Não querem entender essas pessoas que, havendo auto-aprisionamento, a iluminação objetiva, autêntica é completamente impossível.
É óbvio que, quando a Essência está engarrafada no eu pluralizado, existe o auto-aprisionamento. A Essência engarrafada só funciona de acordo com seu próprio condicionamento.

O ego é subjetivo e infra-humano. É ostensível que as percepções que a Essência tenha através dos sentidos do eu pluralizado, resultem deformadas e absurdas.  Isto nos convida a compreender o difícil que é chegar à iluminação verdadeira, objetiva.

O preço da iluminação se paga com a própria vida. Na terra sagrada dos Vedas, há chelas-discípulos que, depois de trinta anos de intenso trabalho, encontram-se tão só no começo, no prólogo de seu trabalho.  O mitômano quer ser iluminado da noite para o dia; presume-se de sábio, crê-se um Deus.”(VM. Samel Aun Weor ).

"O mitômano é um falso profeta que vai além do puro charlatanismo. É uma pessoa que, alucinada por seu próprio orgulho místico, acredita realmente ser um mestre, um grande iniciado, um mensageiro divino, etc., etc. Comumente falam sobre suas iniciações, virtudes, experiências místicas, etc., com extremo cuidado para não desmascarar sua falsa humildade, de forma que conseguem iludir a muitas pessoas, que se tornam fanáticas seguidoras e acabam auxiliando o mitômano a fundar escolas, organizações ou instituições pseudo-esotéricas, onde pregam ensinamentos que normalmente são baseados em doutrinas de verdadeiros Mestres, porém em boa parte adulteradas de acordo com seus caprichos, conceitos e intenções distorcidas.Atualmente existem incontáveis mitômanos espalhados e infiltrados em diversas instituições,organizações,escolas, seitas e religiões existentes. Esses alucinados são extremamente perigosos, pois conseguem arrastar milhares de seguidores em sua marcha involutiva e decadente rumo ao abismo. Por isso alertamos enfaticamente todas as pessoas para que sejam criteriosas e não se deixem iludir por esses falsos profetas, iniciados, mestres, mensageiros, etc. Rogamos a todos que não simplesmente acreditem no que estamos afirmando, mas comprovem essas informações por si mesmos, despertando consciência através da prática contínua da morte mística e do desdobramento astral".

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse www.agsaw.com.br, assista aos vídeos do tema 36 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo descrevendo a FANATISMO, MITOMANIA E FABULAÇÃO

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