Na Física aprendemos que o movimento pendular se expressa através do Movimento Harmônico Simples ( MHS ). Daí tiramos belas equações matemáticas que nos permitem determinar o período, a freqüência e a sua velocidade. Entretanto, na Metafísica vamos encontrar no pêndulo um belo referencial para análise de muitos fenômenos e acontecimentos naturais, sociais, culturais, históricos, etc, conforme  nos ensina o VM. Samael Aun Weor, no texto transcrito, abaixo, que vamos vamos analisá-lo, refletir, praticar, etc:

“Vamos começar a nossa cátedra desta noite. Certamente a humanidade vive entre o batalhar das antíteses entre a luta cruenta dos opostos. Algumas vezes, nos encontramos muito alegres e contentes outras vezes nos achamos deprimidos e tristes. Temos épocas de progresso e bem estar, uns mais que outros, de acordo com a Lei do Karma; também temos épocas críticas no lado econômico, social, etc. Às vezes nos encontramos otimistas com relação à vida, e às vezes nos sentimos pessimistas. Sempre se viu que a toda época de alegria e contentamento segue uma temporada depressiva, dolorosa, etc. Ninguém ignora que sempre estamos submetidos a muitas alternâncias no terreno prático da vida.

Normalmente, as épocas que chamamos de “felizes” são seguidas por épocas angustiosas.Esta é a Lei do Pêndulo, que governa, realmente, nossa vida. Vocês já viram, por exemplo, o pêndulo de um relógio; assim como sobre peladireita, logo se precipita para subir pela esquerda.
Não dúvida de que a Lei do Pêndulo governa também as nações. Por exemplo, na época em que o Egito florescia às margens do Nilo, o povo judeu vivia como nômade no deserto. Muito mais tarde, quando o povo egípcio decaiu, o povo hebraico se levantou vitorioso; é a Lei do Pêndulo. Uma Roma triunfante se sustenta sobre os ombros de muitos povos, mas depois cai, com a Lei do Pêndulo, e estes povos se levantam vitoriosos.

A Rússia, por exemplo, se apaixonou terrivelmente pela dialética materialista, mas agora o pêndulo começa a mudar, está passando para o outro lado, e, como resultado, a dialética materialista está ficando ou já ficou completamente ultrapassada, já não tem valor algum. Hoje em dia, devemos à Rússia a maior produção em termos de Parapsicologia.Já está comprovado, por dados, que a União Soviética está produzindo a maior quantidade de estudos relacionados com a parapsicologia. Usa-se o hipnotismo nas clínicas, a parapsicologia nos hospitais, etc. Continuando assim, dentro de pouco tempo a Rússia terá passado exatamente para o lado oposto do materialismo, se tornará absolutamente mística e espiritual. E isto já vai acontecendo, muitos paladinos místicos estão se destacando na Rússia.

 E a Dialética de Marx? Pois ficou encostada, está praticamente caindo no fosso do esquecimento, para dar lugar à parapsicologia e posteriormente ao Esoterismo Científico, ao Ocultismo, Yoga, etc., porque o pêndulo está mudando, está passando para o outro lado, da tese à antítese.Todos os seres humanos dependem da Lei do Pêndulo, isto é óbvio. Temos bons amigos e, se sabemos compreendê-los, é claro que podemos conservar sua amizade; seria absurdo exigir que nossos amigos não estivessem submetidos à Lei do Pêndulo. Portanto, não deve nos parecer estranho que um amigo, com o qual sempre tivemos boas relações, nos apareça de um dia para o outro com o cenho franzido, iracundo, espinhoso, de mal humor, com palavras duras, etc. Neste caso, é melhor fazer uma vênia respeitosa e retirar-nos, para que o amigo tenha tempo de desafogar-se. E só porque nos fechou a cara um dia, nós não devemos desanimar, mas sim compreendê-lo, porque não há ser humano que não esteja submetido à Lei do Pêndulo. Assim, vale a pena sermos reflexivos.

Entendo que a Lei do Pêndulo se faz muito evidente especialmente entre os nativos de Gêmeos (de 21 de Maio a 21 de Junho). Estes nativos de Gêmeos têm, como se diz, dupla personalidade. Como amigos, são extraordinários, maravilhosos, chegam até a se sacrificar por suas amizades; mas, quando muda a personalidade, então se tornam o oposto e todo o mundo fica desconcertado.Este é precisamente um exemplo do que é a Lei do Pêndulo. Não quero dizer que isto seja exclusivo deles, esta questão da Lei do Pêndulo. Mas pelo menos a especificam, a evidenciam, servem como padrão de medidas e nos indicam o que é, em realidade e de verdade, esta Lei. Quando conhecemos os nativos de Gêmeos, sabemos manejá-los.
Quando se manifesta a personalidade fatal ou negativa, não colocamos nenhuma resistência e, pacificamente, aguardamos que a personalidade simpática volte à atividade..Tudo isto é interessante, mas a Lei do Pêndulo não é demonstrada apenas pelos nativos de Gêmeos; podemos também evidenciá-la em nosso organismo. Existe uma diástole e uma sístole no coração, esta é a lei do Pêndulo. “Diástole” vem de uma palavra grega que significa “reorganizar”, “preparar”, “acumular”, etc. “Sístole” significa “contração”, “impulso”, “direção”, de acordo com certas palavras gregas. Durante a diástole, o coração se abre para receber o sangue, mas também organiza, prepara, etc., até que toma uma nova iniciativa, se contrai e lança o sangue a todo o organismo; este lançamento é importante, por ele existimos.Mas me dou conta de que as pessoas compreendem que há uma sístole e uma diástole, mas não entendem que entre a diástole e a sístole existe uma terceira posição, a da preparação, ordenamento, acumulação de potências vitais, etc.Podem dizer que muito breve o intervalo entre a sístole e a diástole e isto eu aceito, são milésimos de segundo.

 Para nós é muito fugaz, mas, para o mundo maravilhoso do infinitamente pequeno, para o mundo extraordinário do microcosmos, é suficiente para realizar prodígios. Olhando as coisas deste ângulo, parece-me que nós deveríamos nos orientar através desta questão da sístole, da diástole e sua síntese organizativa, isso é óbvio.As pessoas, em suas relações ou inter-relações, vivem completamente escravizadas pela Lei do Pêndulo. Tão logo sobem com uma alegria transbordante, cantando vitória, como vão para o outro lado, deprimidas, pessimistas, angustiadas, desesperadas.Todas se complicam com a Lei do Pêndulo. Os altos e baixos das finanças, as épocas de maravilhosa harmonia entre os familiares, os tempos de conflitos e problemas, tudo sucede, inevitavelmente, de acordo com a Lei do Pêndulo.Em nosso modo de ver as coisas, podemos assegurar, de forma enfática, que a Lei do Pêndulo é cem por cento mecânica. Temos a Lei do Pêndulo em nossa mente, em nosso coração e também no centro motor-instintivo- sexual. É óbvio que em cada centro existe a Lei do Pêndulo.

Na mente, está perfeitamente definida pelo batalhar das antíteses, as opiniões contrárias, etc. No coração, com as emoções opostas, os estados de angústia e de felicidade, de otimismo e depressão.No centro motor-instintivo-sexual, se manifesta nos hábitos, costumes e movimentos. Franzimos o cenho, ficamos adustos quando estamos deprimidos; ou sorrimos alegres sob o impulso do centro motor quando estamos contentes, etc.  Pulamos de alegria com uma boa notícia, ou os joelhos tremem na iminência do perigo. Tese e antítese do centro motor, a Lei do Pêndulo no centro motor. Conclusão: somos escravos de uma mecânica; se alguém nos dá uns tapinhas no ombro, sorrimos tranqüilos; se alguém nos dá uma bofetada, respondemos com outra; se alguém nos diz umas palavras de elogio, nos sentimos felizes, mas se alguém nos fere com uma palavra agressiva, nos sentimos terrivelmente ofendidos. Realmente, somos maquininhas submetidas à Lei do Pêndulo, cada qual pode fazer de nós o que bem quiser. Querem ver-nos contentes? É só nos dar uma quantas palmadinhas no ombro, alguns elogios ao ouvido e estamos felicíssimos.

Querem ver-nos cheios de ira? Basta que digam uma palavra que nos fira o amor próprio, qualquer palavra dura, e nos verão ofendidos, iracundos. Assim, a psique de cada um de nós, em realidade de verdade, está submetida ao que os outros querem. Não somos (e é triste dizer) donos de nossos próprios processos psicológicos, qualquer um pode controlar nossos processos psicológicos, somos verdadeiras marionetes que qualquer pessoa controla. Se quero vê-los contentes, basta adoçar o ouvido de vocês, elogiá-los, e os verei felizes. Se eu quero que vocês fiquem desgostados comigo, me ponho a ofendê-los e vocês então franzem o cenho, já não me olham “com doces olhos” como estão me olhando agora, mas de forma iracunda, com “olhos de pistola”. Mas se quero tornar a vê-los contentes, volto e digo umas palavrinhas doces e vocês voltam a estar contentes e a me olhar docemente. Conclusão: vocês se convertem para mim em um instrumento onde posso tocar melodias doces, graves, agressivas, românticas, como quiser.

Onde está então a individualidade das pessoas? Pois se não são donos de seus próprios processos psicológicos, não a possuem. Quando alguém não é dono de seus próprios processos psicológicos, não pode dizer, realmente, que tem individualidade. Vocês saem, por exemplo, à rua; vão muito contentes, enquanto não haja nada que os desgoste. Talvez estejam dirigindo seu carrinho e vem um louco desses que andam pela cidade e lhes dá uma fechada; e vocês ficam terrivelmente ofendidos. Se neste momento não protestam com a palavra, pelo menos protestam com a buzina, mas sem protestar é que não ficam. Quer dizer, quem estava no outro carro nos fechou, nos aborreceu, nos incomodou, nos fez mudar totalmente. Se estavam felizes, se encheram de ira; então, quem estava no carro pôde mais que vocês, pode controlar a psique de vocês, e vocês não puderam.
Vão vendo, então, o que é a Lei do Pêndulo. E haveria alguma maneira de escapar desta terrível lei mecânica do pêndulo?  Vocês acham que há alguma maneira de escapar? Se não houvesse, estaríamos condenados a viver uma vida mecânica, “per secula seculorum, amén”. Obviamente, tem que haver algum sistema que nos permita evadir esta lei, ou controlá-la. Existe, realmente; temos que aprender a tornar-nos compreensivos, aprender a ver as coisas na vida tal e como são.  Obviamente, qualquer coisa na vida tem duas caras. Uma superfície qualquer nos está indicando a existência de uma face oposta, isso é inquestionável.

O anverso de uma medalha nos sugere o reverso da mesma. Tudo tem duas caras, as trevas são o oposto da luz. Nos mundos supra-sensíveis, pode-se evidenciar que ao lado de um Templo de Luz existe sempre um Templo tenebroso, isso é claro.Mas porque cometemos o erro de alegrar-nos diante de algo positivo e de protestar contra algo negativo, se são duas caras de uma mesma coisa? Penso que nosso erro mais grave consiste precisamente em não saber olhar as duas caras de qualquer coisa ou qualquer circunstância, etc. Sempre vemos apenas uma face, nos identificamos com ela, sorrimos, mas quando se nos apresenta a antítese da mesma, protestamos, rasgamos nossas vestes, “trovejamos e relampejamos”. Não queremos, em verdade, cooperar com o inevitável e este é precisamente o nosso maior erro. Há vezes em que nos apaixonamos por um prato da balança e outras vezes pelo outro prato; há vezes que vamos a um extremos do pêndulo e há vezes em que vamos ao outro, e, por este motivo, não existe paz em nós, nossas relações são péssimas, conflituosas.

A toda época de paz sucede uma época de guerra e a toda época de guerra sucede uma época de paz. Somos vítimas da Lei do Pêndulo e isso é doloroso.A isto se deve, precisamente, a “tempestade de todos os exclusivismos”, a luta de classes, os conflitos entre o capital e os trabalhadores, etc. Se pudéssemos ver as duas caras de qualquer questão, realmente tudo seria diferente; mas infelizmente nos falta compreensão. Se queremos ver as duas caras de qualquer questão se faz necessário (no meu modo de entender as coisas) viver, não dentro da Lei do Pêndulo, mas dentro de um círculo fechado, um Círculo Mágico. Imaginemos um círculo mágico ao redor de nós mesmos. Por este círculo vão passando todos os pares de opostos da Filosofia, as teses e antíteses, as circunstâncias agradáveis e desagradáveis, as épocas de triunfo e fracasso, o otimismo e o pessimismo, o que chamam de “bom” e o que as pessoas chama de “mau”, etc.Ao redor deste Círculo Mágico podemos ver um desfile muito interessante.

Descobriremos, por exemplo, que a toda alegria sucede, em seguida, estados depressivos, angustiosos, dolorosos. Quando as pessoas mais dão gargalhadas, maiores serão as lágrimas e o pranto. Observem, vocês já devem ter visto na vida instantes em que todo o mundo ri, na família todos estão contentíssimos, não há senão gargalhadas e alegria... Mau sinal... Quando alguém vê isso em uma família, pode profetizar (seguro de que não vai falhar), que para essa família vem um sofrimento e que todos vão chorar.Isto é certo, porque tudo é dual na vida. A expressão facial da gargalhada é seguida por outra expressão facial fatal,  de suprema dor e pranto. Aos gritos de alegria sucedem os gritos de dor. Tudo tem duas caras, a positiva e a negativa, isso é óbvio. Vejam por exemplo este signo esotérico.

Observem o reflexo no solo, a sombra. O que se vê? O Diabo, e, no entanto, é o signo do Esoterismo; mas sua sombra, obviamente, tem a cara do Diabo. Tudo é dual na vida, não há nada que não seja dual. Quando alguém se acostuma a ver as coisas desde o centro de um Círculo Mágico, tudo muda, e a pessoa se libera da Lei do Pêndulo. Em certa ocasião, tive o corpo físico de Tomas de Kempis, e escrevi em uma obra chamada “Imitação de Cristo”, a seguinte frase: “Não sou mais porque me elogiem, nem menos porque me critiquem, porque sempre sou o que sou”. Isso é claro, tudo tem duas caras; o elogio e o vitupério, o triunfo e a derrota... Tudo tem duas caras.

Quando alguém se acostuma a ver qualquer coisa, qualquer circunstância, qualquer acontecimento, de forma íntegra, uni-total, com suas duas caras, pois evita muitos desenganos na vida, muitas frustrações, muitas decepções. Se alguém tem um amigo, deve compreender que este amigo não é perfeito, que tem seus agregados psíquicos,, que em qualquer momento poderia passar de amigo a inimigo (o que é inclusive normal). E no dia em que isso aconteça de verdade, quando este acontecimento se realize, já não passará por nenhuma desilusão, está “curado na saúde”, isso é  óbvio. Recordo quando comecei com o Movimento Gnóstico. Umas três ou quatro pessoas me seguiam, eu havia posto todo meu coração nelas, lutando por ajudá-las, para que saíssem em corpo astral, na meditação, no estudo da Gnose, etc. Consegui formar um grupinho, e esperava tudo, menos que alguém do grupo se retirasse, pois eu estava totalmente dedicado a formar este grupo com muito amor.
Claro, quando alguém do grupo se retirou, senti com se tivessem me cravado um punhal no coração. Disse: “Mas eu lutei tanto por este amigo, queria que ele avançasse pelo Caminho, não lhe fiz nenhum mal, porque me traiu?” Afiliou-se a outra escola. Eu poderia pensar tudo, menos que alguém que estivesse recebendo os ensinamentos se afiliasse a outra escolinha. No entanto, resolvi continuar estoicamente meu trabalho. O grupo foi aumentando e chegou o dia em que havia muita gente. Naquela época me foi dito, nos Mundos Superiores, que o Movimento Gnóstico era um trem em marcha, que uns passageiros desciam e uma estação e que outros subiam em outra estação, mais adiante desciam outros e muito mais adiante subiam outros. Conclusão, era um trem em marcha e eu era o maquinista que ia conduzindo a locomotiva. Portanto, não deveria preocupar-me. Foi o que entendi e mais tarde pude comprovar isto.. Uns passageiros subiam em uma estação e desciam mais à frente, e assim sucessivamente. Desde então me tornei estóico. E também vi que se retirava um e chegavam dez. E disse: “bem, então não há porque preocupar-me tanto”.

Desde aquela época, depois de um grande sofrimento por causa de um que se retirou, aprendi que raro é aquele que chega à estação final. Isso me custou muita dor. Hoje, quando um irmão se retira, pois que vá bem. Já não sou aquele que se enchia de terrível angústia, desesperado por causa do irmãozinho. Esta época já passou. Se um se retira, chegam dez, chegam vinte. O que é uma pessoa, quando há tanta gente? Não devemos brigar por causa das pessoas, isso é claro.  Todos estão submetidos à Lei do Pêndulo. Os que hoje se entusiamam pela Gnose, amanhã se desiludem. Isso é normal, todos vivem dentro desta mecânica. Então, aprendi a ver as duas caras de cada pessoa. Alguém se afilia à Gnose, o ajudo e tudo o mais, mas estou absolutamente certo de que esse alguém não vai permanecer conosco durante toda a vida, que esse alguém não vai chegar à estação final. Como sei disso antecipadamente, estou “curado na saúde”.

Me coloco exatamente no centro do Círculo Mágico, para ver tudo o que vai passando pelo círculo, cada circunstância, cada pessoa, cada acontecimento com suas duas caras, a positiva e a negativa,. Se alguém se situa no centro e vê passar tudo ao seu redor, sem tomar partido pela parte positiva ou pela parte negativa de qualquer coisa,, pois evita muitos desenganos, muitos sofrimentos. O erro mais grave na vida consiste em querer ver apenas uma cara de qualquer questão, uma cara de uma amizade, uma cara de uma circunstância, uma cara de um objeto qualquer, uma cara de um acontecimento. Isso é grave, porque tudo é dual. Quando vem a parte negativa, então a pessoa sente como se lhe cravassem sete punhais no coração. Há que aprender a viver, meus amigos, há que saber viver, se vocês querem chegar longe, não como muitos.

Porque se vocês vêem unicamente uma cara, e não vêem a antítese, a outra cara, a fatal, terão que passar por muitos desenganos, por muitos desencantos, por muitos sofrimentos, acabam doentes e ao fim morrem. Mataram, por ex., a pobre Blavatsky. Quem a matou? Todos os seus caluniadores, detratores e inimigos secretos, e amigos (esses que se dizem “amigos”). Simplesmente a assassinaram, não com pistolas, ou com facas, não, não, não; falaram mal dela, a caluniaram publicamente, a traíram, etc., etc., e outras coisas mais. O resultado foi que a pobre morreu cheia de sofrimento.Eu, francamente, lamento muito, mas esse gosto não vou dar a todos os irmãozinhos do Movimento.

Eu vejo, em cada irmãozinho, duas caras Um irmão que hoje está conosco, que estuda nossa doutrina, o aprecio, o amo, mas no dia em que se retira, para mim é normal que se retire, o que acho estranho é que alguém dure muito tempo. Mas para entender essa horrível lição, tive que sofrer fortemente. Os primeiros, foi como se me cravassem um punhal no coração. Depois, me tornei melhor, parece que me formou um calo no coração. Assim, o que aconteceu com Blavatsky não vai acontecer comigo, porque eu estou olhando as duas caras de qualquer questão, estou em uma terceira posição.

Na posição que fica o coração quando está se preparando para a sístole. Ele está em estado de alerta, absorvendo (em suas profundidades), preparando, organizando, para depois recolher-se, comprimir-se e lançar o sangue em todo o organismo. Este terceiro aspecto é muito útil. Melhor dizendo, considero que o melhor é viver no centro do Círculo Mágico que nos extremos do Pêndulo. Este centro, no Oriente, especialmente na China, se chama Tao. Tao é o Trabalho Esotérico Gnóstico, Tao é o Caminho Secreto, Tao é INRI, Tao é o Ser.

 

Quando alguém vive no centro do círculo, não está submetido a esse joguinho mecânico da Lei do Pêndulo, não está submetido às alternâncias de angústia e alegria, de triunfo e fracasso, de prazer e dor, otimismo e pessimismo, etc., não, se liberou da Lei do Pêndulo, isso é óbvio.Mas, repito, há que aprender a ver as duas caras de cada coisa, a positiva e a negativa, e não identificar-nos nem com uma nem com outra, porque ambas são passageiras, tudo passa na vida, tudo passa... Dentro do mundo que poderíamos chamar de “intelectual”, sempre senti certa aversão às opiniões. Porque tenho entendido que uma opinião emitida não é mais que uma exteriorização intelectual de um conceito, com temor de que outro seja o verdadeiro. Isso, naturalmente, acusa extrema ignorância, isso é grave, aí estão as antíteses.Ainda não entendo, não compreendo, porque motivo certa pitonisa sagrada disse a Sócrates que “havia algo entre a Sabedoria e a ignorância”, e que “esse algo, era a opinião”. Francamente, ainda que essa pitonisa seja muito sagrada, não posso aceitar sua tese, porque a opinião vem da Personalidade, e não do Ser.

A Personalidade, realmente, conduz os seres humanos à involução submersa dos Mundos Infernos. Como lhes dizia em certa ocasião, a Personalidade é múltipla, tem muitos transfundos, é artificial, é formada pelos costumes que nos ensinaram, pela falsa educação recebida nas escolas e colégios, que nos separou do Ser, e que não guarda nenhuma relação com as diferentes partes do Ser.A Personalidade é artificial. E como nos afasta de nosso próprio Ser Interior Profundo, obviamente nos conduz pelo caminho equivocado que nos leva até a involução do Reino Mineral Submerso. De modo que penso (estou pensando alto) que quando alguém sabe de alguma coisa, é melhor calar-se que opinar, porque a opinião é o produto da ignorância. Alguém opina porque ignora, se não, não opinaria.

Alguém emite um conceito com o temor de que outro seja o verdadeiro. Vejam esse dualismo da mente essa lei terrível do pêndulo; a uma opinião se contrapõe outra.A Personalidade se move dentro da Lei do Pêndulo, vive no mundo das opiniões contrapostas, dos conceitos contrários, do batalhar das antíteses. Então a Personalidade não sabe nada e a opinião é produto da ignorância. Se analisamos o que é a Personalidade (que é a que produz a opinião), chegamos à conclusão de que a opinião é o resultado da ignorância. De modo que o que a pitonisa disse a Sócrates me parece equivocado.A pergunta de Sócrates à pitonisa de Delfos (Diotima, se chamava) sobre o Amor, disse Sócrates que “o Amor é belo, inefável, sublime”... A pitonisa lhe responde que “propriamente, não é belo”... E Sócrates então diz, assombrado: ”se não é belo, então é feio”? “Não podes ver senão o feio, como se não existisse mais que o feio?

 Não podes conceber que entre o belo e o feio há alguma coisa diferente? O Amor não é nem belo nem feio, é diferente, isso é tudo”. Sócrates, como era um Sábio, teve que guardar silêncio. Claro, como estou pensando aqui em voz alta com vocês, os convidaria à reflexão. Como vêem vocês o Amor? Como? Não como alguém disse que é, mas como vocês o sentem? Belo ou feio? Algum de vocês pode me dar uma resposta? Quem ousaria responder?” ( Samael Aun Weor).

QUESTÃO DE ESTUDO

Após a leitura deste texto, acesse a página www.agsaw.com.br/vc.htm, assista aos vídeos do tema 31 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo as A Lei do Pêndulo .

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