Karma é uma palavra de origem sânscrita que traz o significado, em si mesma, de ação-reação, causa-se, ocorrência e consequência, dente por dente-olho por olho. Qualquer ato, seja bom ou mal, consiste numa ação, numa causa, demanda uma reação e uma consequência. Assim, podemos tornar protagonista da cultura da paz ao praticarmos o bem como ação, cuja reação virá como uma consequência que será boa para nós (Darma).
Podemos nos tornar construtor da cultura da violência ao praticarmos o mau como ação, cujas consequências serão ruins para nós (Karma). Quando praticamos o bem, passamos a ter um crédito junto à Divina Lei e quando praticamos o mau, passamos ter um débito. Vivemos num universo relativo de causa e efeito, onde não existe efeito sem causa e nem causa sem efeito. Causa e efeito são fenômenos que guardam a relação de interdependência holística.
Para julgar nossas ações, boas e más, é que existe nos mundos superiores o Tribunal da Justiça Divina, que também chamamos de Lei Divina. O Tribunal da Justiça Divina é composto por seres superiores, por mestres de consciência desperta, que possuem como função analisar nossas boas e más ações e, levando em conta as atenuantes e agravantes, aplicar de forma justa a sentença, o veredicto final.
O Tribunal da Justiça Divina, ao qual pertencem os Veneráveis Mestres Rabolú e Litelantes, é regido por Anúbis e seus 42 juízes. O Tribunal da Justiça se faz plenamente representado nas pirâmides do Egito, onde foram encontradas várias ilustrações do Regente Anúbis, representado por um homem com a cabeça de chacal e dos seus 42 juízes, simbolizados por diversos animais. A Lei Divina se processa dentro dos princípios da justiça e da misericórdia. O VM. SAW afirma que a justiça sem misericórdia é tirania e que a misericórdia sem justiça é tolerância, complacência com o delito.
Os componentes da Justiça Divina estão também presentes no interior de cada uma de nós, na forma de sub-partículas da nossa Mônada, do nosso Real Ser.Cada um de nós tem internamente uma sub-partícula do Real Ser chamado Kaon, responsável pela anotação de tudo que fazemos no chamado Livro da Vida. À medida que vamos praticando boas ou más ações, Kaon vai registrando em nosso Livro da Vida, para servir de base para que a Lei Divina julgue os nossos atos e aplique a sentença. Ao pesar nossas ações em uma balança, teremos créditos, saldos positivos (Darma), se o prato das boas ações estiver mais pesado. Se, ao contrário, o prato das más ações estiver mais pesado, teremos um débito, um saldo negativo, cujo resultado será uma dívida (Carma), que trará como consequência tristeza, sofrimento, dor, adversidades, etc. O VM SAW ressalta que nem todo sofrimento ou acontecimento ruim resulta de um carma, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso sofrimento. (Ex: uma pessoa que atravessa uma rua sem a devida atenção e é atropelada).
O Darma consiste numa recompensa divina pelas boas obras que efetuamos. Há dois tipos de darmas: material e espiritual. No material se ganha coisas materiais por algo que fez de bem através de algum meio material, ao praticarmos a caridade universal em todos os sentidos, da forma como bem nos ensinou Jesus Cristo: dar de comer a quem tem fome, de beber a quem cede... Já o Darma consiste em praticarmos o Terceiro Fator de Revolução da Consciência, isto é, trabalharmos voluntária e gratuitamente para ensinarmos aos semelhantes a Doutrina dos Três Fatores de Revolução da Consciência, conforme ordenou Jesus Cristo. Os tipos de Carmas são: carma individual, familiar, regional, nacional, mundial, planetário, cósmico, karmasaya, kamaduro e katância.
O Carma Individual se caracteriza pelo tipo de castigo, que é aplicado especificamente a uma pessoa, onde o sofrimento, a dor é só para ela. No carma familiar, o castigo é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. Por exemplo, no caso de se ter um membro da família que é viciado em drogas. Isto traz sofrimento para todos ao redor.
O Carma Regional é aquele que é aplicado em determinada região. Por exemplo, as secas, enchentes ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares. O carma nacional: é uma extensão do carma regional. Há de países. Em que há intenso sofrimento em seus habitantes, que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.
O Carma Mundial é aquele que é aplicado a todos os habitantes da Terra, que de uma forma ou de outra praticam ação de agravo à Terra, que, por sua vez, reage, na mesma intensidade da agressão a ela praticada. Temos como exemplos as guerras mundiais, os problemas econômicos mundiais, as grandes catástrofes naturais, como os terremotos, Tsunames, iminência da chegada de Hercólubus, que causará terríveis cataclismos, maremotos e desastres naturais por todo o planeta. Isto já está ocorrendo lentamente e se intensificando cada vez mais. Por estas épocas, os tempos do fim já começaram, para que nós possamos pagar a nosso carma mundial. A única forma de escapar da catástrofe é pagando nossas dívidas para com a Lei Divina, eliminando a causa de nossos erros, nossos defeitos psicológicos. Isto é conseguido praticando intensamente a morte dos nossos defeitos. A Katância é o carma dos deuses, é o mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e ser penalizados.
O Kamaduro é o carma aplicado a erros graves: perversidade, abuso sexual, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. O kamaduro é inegociável, quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais, com tristeza, sofrimento e dores extremas.
O Karmasaya também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério. Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos os pecados contra o Espírito Santo”, e esse pecado é o adultério. Mas o que é considerado adultério perante a Justiça Divina? Perante a Lei Divina quando duas pessoas se unem sexualmente elas estão casadas nos mundos internos (independente de serem casadas pelas leis físicas). Portanto se a pessoa tem mais de um/a parceiro sexual em um determinado espaço de tempo (menos que um ano), essa pessoa comete adultério e lança carma sobre suas costas.
Através da relação sexual o adúltero, ao mesmo tempo em que transmite para o parceiro (a) o karma seu e o karma de todas as pessoas com quem se relacionou no período de um ano. O mais grave que a pessoa, as vezes, não consegue suportar o seu próprio carma e ainda acaba adquirindo os dos outros. No momento que a pessoa adultera, recebe uma marca astral, na forma de chifre. Então, na verdade, "chifrudo", não é que traído e sim, quem trai que aos pouco se vai configurando com o sinal apocalíptico da besta em si mesmo.
Quando duas pessoas se unem sexualmente, por estarem internamente casados, seus carmas se somam e tornam-se comum as duas pessoas. E se uma dessas duas pessoas tiver outra relação sexual com uma terceira pessoa, essa última terá o carma das três pessoas iniciais e assim sucessivamente. Como hoje, nos tempos de degeneração, se relacionam com Raimundo e todo mundo, é fácil deduzir aonde vamos parar. Também convém ressaltar, os carmas, que como já vimos se transmitem através do liquido seminal, cujo castigo se redunda na AIDS ou no Câncer, também são transmitidos através da doação de sangue, quando se recebe ou doa sangue a outra pessoa, já que o sangue é um fluído muito peculiar. Deste modo, podemos então imaginar como é grave a situação carniça de toda a humanidade. Convém ressaltar, que não se pega carma pelo mau que se faz, mas também pelo bem que se deixa de fazer, quando se pode fazer.
Os negócios com a Lei Divina- Sabemos que a Lei Divina se constitui de justiça e a misericórdia, o que significa que, por mais duro que seja nosso carma, podemos pagá-lo com boas ações, boas obras e então não necessitaremos sofrer. Uma maneira legal de transcender a lei do karma, é praticar os Três Fatores de Revolução da Consciência, as leis da alteridade e exercer o milagre do perdão.
Quando perdoamos alguém com sinceridade, os anjos fazem coro nos Céus, pois se quebram os elos da corrente carniça, evitam-se recorrências absurdas; uma vez mudando-se as causas, mudam-se os efeitos.
Jesus Cristo nos advertiu que devemos perdoar uns aos outros, por setenta vezes sete. Isto significa, cabalisticamente falando, que o pecado perdura até a morte de sua causa, isto é, até a eliminação dos seus agentes causadores, que são os eus. 70 x 7 = 490, que decomposto cabalisticamente em 4+9, se redunda em 13, que é o arcano da morte.
“Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior.” “Faze boas obras para que pagues tuas dívidas. Ao leão da lei se combate com a balança.” “Quem tem com que pagar paga e sai bem em seus negócios; quem não tem com que pagar, pagará com dor.” (V.M. Samael).
Se num dos pratos da balança cósmica colocamos as boas obras e no outro as más, é evidente que o resultado final do carma dependerá de qual prato estará mais pesado.
Em verdade, todos nós somos grandes devedores, seja devido aos nossos atos nessa ou em passadas existências. Assim, se faz urgente mudarmos a nossa conduta diária. Ao invés de protestarmos por estarmos em dificuldades, praticarmos a alteridade e a solidariedade, fazendo aos outro aquilo que queremos que os outros nos façam; devemos procurar sempre ajudar aos demais.
Ao invés do protesto por estarmos doentes, devemos sim dar medicamentos aos que não podem comprá-los, levar ao médico os que não podem ir, etc. Ao invés de reclamarmos das pessoas que nos caluniam, devemos sim aprender a ver o ponto de visto alheio e abandonar de uma vez a calúnia, as intrigas, as reclamações, etc.
Devemos aceitar com agrado as manifestações desagradáveis dos nossos semelhantes. O nosso carma pode ser perdoado se eliminarmos a causa de nossos erros, de nossa ira, de nossa inveja, de nosso orgulho, etc. A causa de nossos erros e, por conseguinte, de nosso sofrimento é o ego, nosso defeitos psicológicos.
O ego é que nos torna infelizes, perversos e desgraçados. O mundo seria um paraíso se as pessoas eliminassem de si mesma essas abominações inumanas. Conforme vamos eliminando nossos próprios defeitos, o carma referente a tal ou qual defeito vai sendo perdoado. Isto é o que se chama de misericórdia.
Ao protestarmos contra a nossa situação cármica, estamos em realidade agravando-a, pois o carma se constitui numa medicina que nos aplicam, para que vejamos nossos maiores defeitos (a causa de nosso sofrimento), para que então passemos a elimina-los através da aplicação dos Três Fatores de Revolução da Consciência.
QUESTÃO DE ESTUDO
Após a leitura deste texto, acesse a página www.agsaw.com.br/vc.htm, assista aos vídeos do tema 29 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo as LEIS DE CARMA E DARMA.
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