Também eles nos advertiram de que jamais o conhecimento gnóstico e a compreensão poderão ser debatidos, como se debate o conhecimento epistêmico nos meios convencionais. O conhecimento gnóstico e a sua compreensão se constituem em algo muito particular e individual em cada um de nós. “Alguns poucos veem, outros veem quando lhe mostram e muitos nunca veem, mesmo que lhes mostrem” (Leonardo da Vince).
O conhecimento epistêmico ou escolar comum aceita debates, por se tratar de estruturas cognitivas, formada a base de conceitos, ao centro intelectual inferior do ente humano, isto é no subconsciente. O conhecimento gnóstico não admite debate em torno dele, por se tratar de estruturas cognitivas configuradas na consciência, no centro intelectual superior.
Debater o conhecimento gnóstico e a compreensão é profanar a sabedoria. Pois existem infinitos níveis de ser, portanto infinitas compreensões. Além disto, é o ego quer o debate, a discussão, o impasse, a contenda, o confronto de ideias, etc. Uma pessoa de nível de ser inferior não compreende a outra do nível de ser superior. Porque seu grau de compreensão é menor.
Ela não poderá compreender tudo no todo analisado. Uma pessoa de Nível de Ser maior possui o dever de compreender as outras pessoas de Nível de Ser menor. Para evitar o robustecimento do ego o VM Rabolú ordenou que as conferências gnósticas nunca pudessem passar de 40 minutos entre a exposição teórica do instrutor e as perguntas dos ouvintes.
Na construção do conhecimento epistêmico das escolas convencionais há todo um processo científico, que já foi elucidado pelos construtivistas Piaget, Vygotsky, Wallon, Emília Ferrero, etc. Na construção do conhecimento gnóstico há todo uma caminho plenamente delineado pelos Veneráveis Mestres do Colégio de Iniciados.
Sempre se discute a questão da teoria, da relação entre teoria e prática, na construção do conhecimento gnóstico: uns dizem que só a prática é interessante, outros dizem que a teoria também é importante, outros se põem a ler, a estudar numa velocidade espantosa, tentando apreender as mais de 100 obras do VM. Samael. O que seria correto?
O correto é sabermos que há uma correlação de interdependência entre teoria e prática e vice-versa, que se movimenta dialeticamente. Isto quer dizer a prática depende da teoria e vice-versa e que há uma relação direta entre elas. Isto quer dizer que cada teoria demanda uma prática e vice-versa.
O desequilíbrio se dá pela não correlação entre teoria e prática. Quanto mais teoria tivermos mais difícil se torna a sua prática. Por exemplo, se soubermos a 10 exercícios físicos, os executamos com facilidade, com 20 já teremos dificuldade de pratica, com 100 já se torna quase impossível.
Na construção do conhecimento gnóstico há uma movimentação dialética da informação (teoria) em direção à prática, para comprovação, na configuração da compreensão. Como exemplo, poderemos citar a dinâmica do desdobramento astral: podemos receber informações acerca da quinta dimensão e das técnicas de desdobramento, como teoria, em livros, em conferências, com instrutores, etc.
Ao fazermos as práticas de projeciologia, usando as técnicas apreendidas, poderemos obter êxito na prática, vislumbrar a realidade daquela dimensão e abrir caminhos para uma verdadeira aprendizagem gnóstica.
A consciência é o nosso instrumento de percepção, registro e compreensão dos fatos, fenômenos e acontecimentos de todas as coisas que se passam interna e externamente a todos nós.
Compreensão é um atributo da nossa alma, diretamente proporcional ao grau de consciência que possuímos. A compreensão resulta da prática do conhecimento teórico elevado à prática.
Do conhecimento teórico se extrai o entendimento e da prática do conhecimento teórico se chega à sabedoria. Então sabedoria é o resultado do conhecimento praticado.
QUESTÃO DE ESTUDO Após a leitura deste texto clique aqui, assista aos vídeos da aula 05 e faça uma síntese conceitual do assunto, descrevendo o Conhecimento e a Sabedoria. |