TÉCNICAS DE MEDITAÇÃO GNÓSTICA
(Profº Maurício da Silva)
A prática de meditação é aplicada pelo ser humano para os mais diversos fins, para a obtenção do equilíbrio físico, psicológico, espiritual, etc. Para o estudante de gnose a meditação é empregada para ativação da essência liberada no processo da morte mística, para transformar essência em consciência, para fabricação da nossa própria alma. Neste sentido a meditação é uma prática que se relaciona com a morte de modo intedependente e se configura como prática objetiva.A morte mística do ego usa a auto-observação para detecta os agregados e a meditação para ativar a essência liberada no processo, transformando-a em consciência.
Há dados históricos comprovando que a meditação é tão antiga quanto a humanidade. Assim ela não é originária de um povo ou região, em particular. Ela desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes. Ela esteve present no Egito, na Índia, entre o povo Maia, etc.
Apesar da relação, históricamente verificada, entre meditação e espiritualidade, ela pode, deve e vem sendo muito praticada, como um instrumento para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso, em empresas, academias, esportes, etc.
Etmologicamente falando a palavra meditação vem do latim meditare, que significa "voltar-se para o centro. Desligar-se do mundo exterior e conectar-se aos mundos internos, movendo a atenção para dentro de si. Em sânscrito, a meditação é chamada dhyana e é obtida pelas técnicas de dharana (concentração), mediate ceratas asanas (posições). Na língua chinesa, a meditação, dhyana, tornou-se Ch'anna, termo que sofreu uma contração e tornou-se Ch'an (Zen, em japonês). Em páli, é jhana. Significa concentrar intensamente o espírito em algo.
Costumam dar o mnome de meditação equivocadamente a muitos outros estados psicológicos. Porém do ponto vista da gnose saameliana o estado meditação somente é vivenciado quando a mente se torna vazia, sem pensamentos, isto é sem a atução do ego. Muitos chamam de mditação a prática de focar a mente em um único objeto, em uma estátua religiosa, na própria respiração, no coração, em uma música, em um mantra, etc. Porém isto é um estado de concentração, porque equanto na meditação há zero pensamento, na concentração há uma somente um pensamento.
Pelo auto-observar podemos ver que nossas mentes encontram-se continuamente pensando no passado (memórias) e no futuro (expectativas). Com aplicação da concentração é possível colocarmo a devida atenção em uma só coisa, diminuir a velocidade dos pensamentos, chegar à meditação, para se observar um silêncio mental em que o momento presente é vivenciado.
Através da concentração é possível cessar os pensamentos do ego, para atuação da essência, que escapa vai ao mundo casal, sexta dimensão, para mediante experimentos reais se transforma em consciência, materia que amplia a nossa capacidade de percepção, registro e compreensões de fatos, fenômenos, acontecimentos, eventos, etc...
Para meditação, apesar de afirmações contrárias, não há uma posição específica. Depende de cada um, o importante é estar bem relaxado.
A prática da meditação gnóstica, que requer o sono, para não danificar a mente, precisa que se durma.
Pela lei física da impenetrabilidade dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, ao mesmo tempo. Então para que a essência possa atuar é preciso que ego cesse. A prática da meditação guarda uma relação de interdependência com as práticas de respiração, relaxamento e concentração, onde uma depende da outra e todas entre si. Isto significa que sem respiração correta não se chega ao relaxamneto pleno; sem o relaxamento não consgue a plena concentração e sem contração não se obtém a meditação.
Para a meditação não há um tempo mínimo pre-estabelecido. Pode-se iniciar com um período de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, esse tempo pode aumentar até para horas, dias, etc. Quando entramos em meditação vamos para 6ª dimensão, que está além da eternidade. Ai estamos fora do tempo, perdemos toda a noção de tempo, porque não há o passado nem o futuro e sim um eteno agora, o presente. Assim pode passar um minuto no nosso tempo físico, uam hora, dias, meses, anos, que é tudo igual. Só nos damos conta de quanto tempo se passou quando retornarmos ao nosso corpo físico, na terceira 3ª dimensão.
A prática da meditação nos leva ao Nirvana, melhora a nossa concentração, amplia a nossa consciência. Na divulgação das práticas de meditação, no mundo contemporâneo, está a contribuição das técnicas milenares de meditação, preservadas pelas diversas culturas tradicionais do oriente.
Na gnose moderna,no Sufismo, nas filosofias religiosas do oriente, como o bramanismo, budismo (e suas variações, como o budismo tibetano e o zen), o tantra e o jainismo, bem como nas artes marciais, como o i-chuan e o tai chi chuan, a meditação é vista como um estado que ultrapassa o intelecto, onde a mente é posta em silêncio para dar lugar à contemplação espiritual. Esse "calar a mente" induz uma volta ao centro ("meio", daí "meditar"), para o vazio interior.
“A meditação é quando se chega à quietude e ao silêncio total da mente. Ou seja, que não há nenhum pensamento, nem bom nem mau (isto vem a ser a meditação) e é o que nos permite abrir as portas à essência, para que ela se libere de seus corpos inferiores e penetre nos mundos superiores, ou seja, nos mundos eletrônicos, como é o causal, Búdico e àtimico. De modo que, pois, para a concentração já lhes dei os métodos. Qualquer objeto nos serve de concentração, qualquer lugar, uma pessoa, o que seja!” (V.M. Rabolú).
"Os gnósticos deveriam praticar a meditação pelo menos quatro ou seis horas diárias; praticar pela manhã, à tarde e quase toda a noite, até que amanheça... Isto deveria fazer durante toda a vida, e se assim procedem, viverão uma vida profunda e se AUTO-REALIZARÃO. Por não fazê-lo, levarão uma vida superficial, vazia, uma vida de crônicas, diríamos algo assim, como uma poça de pouca profundidade” (Samael Aun Weor).
"Purifica primeiro tua mente e teu coração através da prática de uma conduta reta, e logo te dedica à prática da concentração. A concentração sem a pureza da mente e do coração não tem sentido. Alguns estudantes tolos e impacientes optam imediatamente pela concentração sem de modo algum submeter-se a um treinamento ético preliminar. Este é um sério equivoco. Alguns ocultistas tem concentração, porém não tem bom caráter. Essa é a razão pela qual não conseguem nenhum progresso no sendeiro espiritual” (Sivananda).
"Existem dois aspectos principais, dois fatores decisivos em nossos estudos. O primeiro é a recordação de si mesmo, o outro, é o relaxamento do corpo. Recordar-se a si mesmo, de seu próprio Ser Interior Profundo e relaxar-se em profunda meditação: assim advém a nós o novo, e pouco a pouco iremos nos auto-explorando..." (Samael Aun Weor).
"Nós necessitamos estudar a Gnose profundamente. Para isso existem os livros e as conferências, etc.; porém não basta a simples leitura das obras, deve-se ir mais longe irmãos...Quando nós, através da meditação, tratamos de conhecer o sentido íntimo daquilo que temos depositado na memória, então tais conhecimentos passam às partes superiores do centro intelectual, e se tratamos de ser mais conscientes do ensinamento, finalmente tal conhecimento será absorvido definitivamente pelo centro emocional”. (Samael Aun Weor).
"Quando as distintas forças ou potências de ordem psíquica e física, coincidem num mesmo ponto de um dado espaço, lhe denominamos concentração." (Rafael Vargas).
"Se concentras os raios do Sol através de uma lente, estes podem queimar um pedaço de algodão ou de papel. Porém os mesmos raios dispersos não podem fazer o mesmo. Da mesma forma, se reúnes os raios dispersos da tua mente e os concentra num ponto, obterá uma maravilhosa concentração. A mente concentrada lhe servirá como um potente farol para descobrir os tesouros da alma." (Sivananda).
"Para o neófito, a prática da concentração terá como resultado no principio, cansaço e desalento". Têm que ir abrindo novas capas da mente e no cérebro. Porém com alguns meses de prática, desenvolverá um grande interesse na concentração e desfrutar de um novo tipo de felicidade: a dita da concentração, ou Ananda. O ponto vital da concentração é atrair a mente para o mesmo objeto uma e outra vez, limitando no principio seus movimentos a um pequeno círculo. Esse é o objetivo principal. Assim chegará o momento em que a mente se mantenha em um só ponto. "A concentração só pode conseguir-se quando estamos livres de toda distração." (Sivananda).
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