O RESGATE FINAL DOS ASSINALADOS 
(Profº. Maurício da Silva)

O Movimento Gnóstico Samaeliano, assim como qualquer outro movimento místico esotérico, ao longo da história, teve o propósito de direcionar as almas para três lugares distintos: Absoluto, Nirvana e para a ARCA de Resgate.

Os Veneráveis Mestres Samael e Rabolú, assim como Jesus Cristo, tiveram um programa de ensino do Colégio de Iniciados dirigido para os três círculos do conhecimento gnóstico: Esotérico, Mesotérico e Exotérico. O círculo esotérico é composto pelos iniciados, o mesotérico se compõe dos estudantes que estão a caminho da iniciação, e o exotérico é formado pelo grande público externo. A palavra judeu significa iniciado do círculo mesotérico de conhecimento e a palavra gentil significa pessoa externa aos círculos do conhecimento gnóstico. Jesus veio para os judeus (iniciados), porém estes o rejeitaram, então ele foi para os gentios. Seu evangelho, que antes estava previsto no programa para os judeus, foi liberado para os gentios. Da mesma forma ocorreu com a programação de ensino do quinto evangelho samaeliano.

A doutrina samaeliana visava formar um exército de salvação mundial, mediante a aplicação prática dos Três Fatores de Revolução da Consciência. Porém, por falta de práticas por parte dos estudantes, não foi possível formar tal exército. O V.M. Rabolú lutou para resgatar os ensinamentos samaelinanos, promovendo profundas reformas no Movimento Gnóstico. Entretanto não conseguiu tirar ninguém para o círculo mesotérico. Mediante ao fracasso dos estudantes gnósticos rabuluanos, que não conseguiram dar a nota, o V.M. Rabolú, a exemplo de Jesus Cristo, fechou o Movimento Gnóstico instituído e se dirigiu para o público externo, levando o seu ensinamento através do livro Hercólubus.

Antes de fechar o Movimento Gnóstico o V.M. Rabolú examinou a estudantada gnóstica, nos mundos internos, e constatou que infelizmente não havia ninguém no mudo todo, que estivesse fazendo a prática mais elementar das práticas, que é auto-observação de si mesmo. Desta forma, como Juiz da Justiça Divina, que é, o V.M. Rabolú legislou didaticamente no sentido de levar os estudantes à prática, passando-lhes tarefas, com o objetivos de que estes dessem a nota e se qualificassem, pelos menos para serem instrutores. A tarefa foi prorrogada por algum tempo, entretanto somente alguns poucos estudantes deram a nota esperada.

Mediante este panorama, diante da realidade dos fatos, o V.M. Rabolú, mais uma vez legislou, com a autoridade judicial que possui, no sentido de promover o fechamento do Movimento Gnóstico, que estava instituído em mais de 156 países. Primeiramente ele mandou-nos uma circular interna decretando o fim esotérico do Movimento Gnóstico. Por meio desta circular ele dizia textualmente que o Movimento Gnóstico Cristão Universal se tornaria, a partir dali, uma Instituição Pseudo-esotérica como qualquer outra, como as ordens religiosas e místicas existentes naquela época do ano de 1998.

Então a partir desta circular tanto fazia ao membro estudante gnóstico ficar ali ou migrar para qualquer outra instituição mística. Em qualquer lugar ele estaria num instituição falsa, desconectado dos círculos esotérico e mesotérico do ensinamento gnóstico. Mesmo assim muitos estudantes gnósticos ficaram lá, mas a maioria debandou-se, voltando para as suas regiões de origem. Muitos foram para o Chá Ayasca, outros para o espiritismo e até para a macumba.

Nesta época o V.M. Já estava bastante doente, mas devido a sua grande preocupação com a humanidade, ele ainada arrumou forças para reescrever a doutrina samaelina para os fins dos tempos, já dirigida à humanidade em geral, num livro chamado Hercólubus.

Neste livro ele passa as informações necessárias ao público da humanidade que, ainda por ventura, anele espiritualidade a esta altura do Era de Ferro. Desta forma o V.M. Rabolú cumpriu a sua missão de advogado da humanidade ante ao Tribunal do Carma e passou a ser Juiz, a partir de então. Ele destituiu o movimento gnóstico, no momento certo, quando já tinha absoluta certeza que não teria mais nenhum Mestre, nesta dispensação, que pudesse ser seu sucessor e dirigir o Movimento Gnóstico. Se houvesse apenas um, entre seus milhares de discípulos, a altura do mestrado Venusta ele lhe confiaria o comando do Movimento Gnóstico e promoveria a edição e a distribuição do livrinho Hercólubus dentro próprio Movimento Gnóstico, onde já havia toda uma estrutura para tal. Porém isto não foi possível e a edição, distribuição e comercialização do livrinho passaram a ser dirigida pela Função V.M. Rabolú. Uma fundação civil de cunho filantrópico, sem nenhuma conexão com o Movimento Gnóstico Cristão Universal, que acabara de ser destituído, por vontade da Lei Divina.

E todos os veneráveis mestres fulano de tal, que já apareceram e que ainda vão aparecer por ai, dizendo-se sucessor do V.M. Rabolú, não passam de doentes mentais, cuja pisocopatia já está num estágio avançado de mitomania e fabulação psíquica.

O livro Hercólubus do V.M. Rabolú se constitui numa pérola de grande valor, por conter todas as informações necessárias aquelas pessoas que ainda queiram se transformar de última hora e se qualificarem para travessia da noite para o amanhecer da galáxia. Ainda está aberta esta possibilidade aos humildes da humanidade, que não tiveram a dita de ter recebido o conhecimento diretamente do mestre, no Movimento Gnóstico, na época em que estava instituído. Da mesma forma ainda continua aberta a porta do arrependimento, a possibilidade de reintegração, para todos os regressos da ordem gnóstica instituída, mesmo para aqueles que tenham sido expulsos, mas queiram trabalhar instintivamente sobre si mesmo, nestes últimos momentos que ainda nos restam.

Nossa situação de liberação, por meio das iniciações gnósticas, é a seguinte: Já perdemos a oportunidade de nos libertarmos da Roda do Sansara, ao longos dos tempos de exigência da quinta Raça-raiz, para ingressar no círculo esosotérico da humanidade, da mesma forma também perdemos a oportunidade de ingresso no círculo mesotérico. Agora estamos restritos às iniciações do círculo exotérico. Isto significa dizer que: não seremos a semente da sexta Raça-raiz, semente esta que já fora selecionada; não conseguimos se liberar para o absoluto, pois não nos cristificamos; não conseguimos se liberar para o nirvana, pois não nos tornamos hierarquias angelicais; e não conseguimos, até agora, garantir presença na Arca de resgate para a Ilha Sagrada do Pacífico, pois precisamos para tal de dissolver 50% de nosso ego.

A situação de cada um de nós ante a possibilidade de liberação pode ser comparada a um time de futebol que participou de um campeonato e foi muito mal. O time perdeu a chance de ser campeão, perdeu a chance de ser vice-campeão, perdeu a chance de permanecer entre os outros times da Divisão Especial e caiu para a repescagem. Isto se deu porque o time não se esforçou o suficiente para tal ou não deu a nota necessária. Agora, entre os times da repescagem, ele tem a chance, se jogar bem, de voltar à Divisão Especial. Mas isto só ocorrerá se lutar muito. Se não conseguir será rebaixado pra as divisões inferiores.

Assim cada um de nós está no jogo da existência, preso à Roda da Vida, pelas leis mecânicas. Cada um de nós já perdeu as chances de ir para o Absoluto, de ir para o Nirvana e de ir para o Êxodo, em direção à Ilha. Cada um de nós foi devidamente orientado, recebeu os Três Fatores de Revolução da Consciência, no devido tempo; porém não os praticou, por um ou outro motivo. Agora cada um de nós foi colocado na repescagem. Se lutar intensivamente para erradicar o mal que está dentro de cada um de nós mesmo, em curto espaço de tempo, ainda vai poder participar com sucesso da travessia em direção ao amanhecer da galáxia. Para tal vamos ter de fazer num só jogo o que não fizemos durante o campeonato todo. Vamos ter que dissolver o mal, que está dentro de cada um de nós mesmo, na forma dos sete pecados capitais.

Nesta perspectiva, consciente do nosso fracasso, dos nossos pecados, é que humildemente vamos emendar o nosso último esforço, usando a prerrogativa do arrependimento verdadeiro de nossos pecados, fazendo uso da misericórdia divina para se obter o perdão. Fato que nos coloca de volta à Divisão Especial e que nos enche de esperanças.

Como vimos não há mais nada a ser feito pelo time do coletivo da humanidade, que possa levá-lo a ser campeão, ser vice-campeão ou para mantê-lo na categoria especial, pois o mesmo já fora rebaixado. Mas há ainda um caminho para tal, via repescagem.

Nestas alturas dos acontecimentos e daqui para frente, já não há e não haverá nenhum lugar seguro para o coletivo da humanidade. Não há nenhum ponto em especial, nenhum lugar específico, no planeta Terra, onde possamos nos refugiar, como fizeram os misteriosos maias, quando estiveram na mesma situação que estamos hoje, na transição planetária daquela época, na passagem da quarta para a quinta Raça-raiz. O único ponto seguro não está mais externo e sim internamente ao homem, dentro de si mesmo, dentro de sua alma. Este ponto chama-se consciência. Conciência é luz, que precisa ser despertada de última hora, para se poder obter a luminosidade necessária, na travessia da noite para o amanhecer da galáxia.

Não há mais nenhum mestre que venha dar instrução coletiva, neste instante de transição planetária. Mas cada um de nós pode usar as orientações, que eles nos deixaram escritas, e salvar ainda a nossa alma. Estas orientações finais, para o trabalho individual interno de cada um, fora deixadas por todos os mestres, desde Rama até ao V.M. Rabolú, passando por Jessus Cristo. Todavia se cada um de nós não puder se orientar e encontrá-lo por si mesmo, podemos dirigir ainda ao Projeto ARCAS e pedir ajuda. Para saber como encontrar ainda apoi poderemos ler no próximo capítulo.

 

Livros do Prof. Maurício