LEI DO PÊNDULO
(Profº. Maurício da Silva) |
Na Física aprendemos que o movimento pendular se expressa através do Movimento Harmônico Simples ( MHS ). Daí tiramos belas equações matemáticas que nos permitem determinar o período, a freqüência e a sua velocidade. Entretanto, na Metafísica vamos encontrar no pêndulo um belo referencial para análise de muitos fenômenos e acontecimentos naturais, sociais, culturais, históricos, etc, conforme nos ensina o VM. Samael Aun Weor, no texto abaixo. Vamos analisá-lo, refletir, praticar, etc:
“Vamos começar a nossa cátedra desta noite. Certamente a humanidade vive entre o batalhar das antíteses entre a luta cruenta dos opostos. Algumas vezes, nos encontramos muito alegres e contentes outras vezes nos achamos deprimidos e tristes. Temos épocas de progresso e bem estar, uns mais que outros, de acordo com a Lei do Karma; também temos épocas críticas no lado econômico, social, etc. Às vezes nos encontramos otimistas com relação à vida, e às vezes nos sentimos pessimistas. Sempre se viu que a toda época de alegria e contentamento segue uma temporada depressiva, dolorosa, etc. Ninguém ignora que sempre estamos submetidos a muitas alternâncias no terreno prático da vida. Normalmente, as épocas que chamamos de “felizes” são seguidas por épocas angustiosas.Esta é a Lei do Pêndulo, que governa, realmente, nossa vida. Vocês já viram, por exemplo, o pêndulo de um relógio; assim como sobre pela direita, logo se precipita para subir pela esquerda.
Não a dúvida de que a Lei do Pêndulo governa também as nações. Por exemplo, na época em que o Egito florescia às margens do Nilo, o povo judeu vivia como nômade no deserto. Muito mais tarde, quando o povo egípcio decaiu, o povo hebraico se levantou vitorioso; é a Lei do Pêndulo. Uma Roma triunfante se sustenta sobre os ombros de muitos povos, mas depois cai, com a Lei do Pêndulo, e estes povos se levantam vitoriosos. A Rússia, por exemplo, se apaixonou terrivelmente pela dialética materialista, mas agora o pêndulo começa a mudar, está passando para o outro lado, e, como resultado, a dialética materialista está ficando ou já ficou completamente ultrapassada, já não tem valor algum. Hoje em dia, devemos à Rússia a maior produção em termos de Parapsicologia. Já está comprovado, por dados, que a União Soviética está produzindo a maior quantidade de estudos relacionados com a parapsicologia. Usa-se o hipnotismo nas clínicas, a parapsicologia nos hospitais, etc. Continuando assim, dentro de pouco tempo a Rússia terá passado exatamente para o lado oposto do materialismo, se tornará absolutamente mística e espiritual. E isto já vai acontecendo, muitos paladinos místicos estão se destacando na Rússia. E a Dialética de Marx? Pois ficou encostada, está praticamente caindo no fosso do esquecimento, para dar lugar à parapsicologia e posteriormente ao Esoterismo Científico, ao Ocultismo, Yoga, etc., porque o pêndulo está mudando, está passando para o outro lado, da tese à antítese.
Todos os seres humanos dependem da Lei do Pêndulo, isto é óbvio. Temos bons amigos e, se sabemos compreendê-los, é claro que podemos conservar sua amizade; seria absurdo exigir que nossos amigos não estivessem submetidos à Lei do Pêndulo. Portanto, não deve nos parecer estranho que um amigo, com o qual sempre tivemos boas relações, nos apareça de um dia para o outro com o cenho franzido, iracundo, espinhoso, de mal humor, com palavras duras, etc. Neste caso, é melhor fazer uma vênia respeitosa e retirar-nos, para que o amigo tenha tempo de desafogar-se. E só porque nos fechou a cara um dia, nós não devemos desanimar, mas sim compreendê-lo, porque não há ser humano que não esteja submetido à Lei do Pêndulo. Assim, vale a pena sermos reflexivos. Entendo que a Lei do Pêndulo se faz muito evidente especialmente entre os nativos de Gêmeos (de 21 de Maio a 21 de Junho). Estes nativos de Gêmeos têm, como se diz, dupla personalidade. Como amigos, são extraordinários, maravilhosos, chegam até a se sacrificar por suas amizades; mas, quando muda a personalidade, então se tornam o oposto e todo o mundo fica desconcertado.Este é precisamente um exemplo do que é a Lei do Pêndulo. Não quero dizer que isto seja exclusivo deles, esta questão da Lei do Pêndulo. Mas pelo menos a especificam, a evidenciam, servem como padrão de medidas e nos indicam o que é, em realidade e de verdade, esta Lei. Quando conhecemos os nativos de Gêmeos, sabemos manejá-los. Quando se manifesta a personalidade fatal ou negativa, não colocamos nenhuma resistência e, pacificamente, aguardamos que a personalidade simpática volte à atividade..Tudo isto é interessante, mas a Lei do Pêndulo não é demonstrada apenas pelos nativos de Gêmeos; podemos também evidenciá-la em nosso organismo.
Existe uma diástole e uma sístole no coração, esta é a lei do Pêndulo. “Diástole” vem de uma palavra grega que significa “reorganizar”, “preparar”, “acumular”, etc. “Sístole” significa “contração”, “impulso”, “direção”, de acordo com certas palavras gregas. Durante a diástole, o coração se abre para receber o sangue, mas também organiza, prepara, etc., até que toma uma nova iniciativa, se contrai e lança o sangue a todo o organismo; este lançamento é importante, por ele existimos.Mas me dou conta de que as pessoas compreendem que há uma sístole e uma diástole, mas não entendem que entre a diástole e a sístole existe uma terceira posição, a da preparação, ordenamento, acumulação de potências vitais, etc.Podem dizer que muito breve o intervalo entre a sístole e a diástole e isto eu aceito, são milésimos de segundo. Para nós é muito fugaz, mas, para o mundo maravilhoso do infinitamente pequeno, para o mundo extraordinário do microcosmos, é suficiente para realizar prodígios. Olhando as coisas deste ângulo, parece-me que nós deveríamos nos orientar através desta questão da sístole, da diástole e sua síntese organizativa, isso é óbvio.As pessoas, em suas relações ou inter-relações, vivem completamente escravizadas pela Lei do Pêndulo. Tão logo sobem com uma alegria transbordante, cantando vitória, como vão para o outro lado, deprimidas, pessimistas, angustiadas, desesperadas.Todas se complicam com a Lei do Pêndulo. Os altos e baixos das finanças, as épocas de maravilhosa harmonia entre os familiares, os tempos de conflitos e problemas, tudo sucede, inevitavelmente, de acordo com a Lei do Pêndulo.
Em nosso modo de ver as coisas, podemos assegurar, de forma enfática, que a Lei do Pêndulo é cem por cento mecânica. Temos a Lei do Pêndulo em nossa mente, em nosso coração e também no centro motor-instintivo- sexual. É óbvio que em cada centro existe a Lei do Pêndulo.Na mente, está perfeitamente definida pelo batalhar das antíteses, as opiniões contrárias, etc. No coração, com as emoções opostas, os estados de angústia e de felicidade, de otimismo e depressão.No centro motor-instintivo-sexual, se manifesta nos hábitos, costumes e movimentos. Franzimos o cenho, ficamos adustos quando estamos deprimidos; ou sorrimos alegres sob o impulso do centro motor quando estamos contentes, etc. Pulamos de alegria com uma boa notícia, ou os joelhos tremem na iminência do perigo. Tese e antítese do centro motor, a Lei do Pêndulo no centro motor. Conclusão: somos escravos de uma mecânica; se alguém nos dá uns tapinhas no ombro, sorrimos tranqüilos; se alguém nos dá uma bofetada, respondemos com outra; se alguém nos diz umas palavras de elogio, nos sentimos felizes, mas se alguém nos fere com uma palavra agressiva, nos sentimos terrivelmente ofendidos.
Realmente, somos maquininhas submetidas à Lei do Pêndulo, cada qual pode fazer de nós o que bem quiser. Querem ver-nos contentes? É só nos dar uma quantas palmadinhas no ombro, alguns elogios ao ouvido e estamos felicíssimos. Querem ver-nos cheios de ira? Basta que digam uma palavra que nos fira o amor próprio, qualquer palavra dura, e nos verão ofendidos, iracundos. Assim, a psique de cada um de nós, em realidade de verdade, está submetida ao que os outros querem. Não somos (e é triste dizer) donos de nossos próprios processos psicológicos, qualquer um pode controlar nossos processos psicológicos, somos verdadeiras marionetes que qualquer pessoa controla. Se quero vê-los contentes, basta adoçar o ouvido de vocês, elogiá-los, e os verei felizes. Se eu quero que vocês fiquem desgostados comigo, me ponho a ofendê-los e vocês então franzem o cenho, já não me olham “com doces olhos” como estão me olhando agora, mas de forma iracunda, com “olhos de pistola”. Mas se quero tornar a vê-los contentes, volto e digo umas palavrinhas doces e vocês voltam a estar contentes e a me olhar docemente. Conclusão: vocês se convertem para mim em um instrumento onde posso tocar melodias doces, graves, agressivas, românticas, como quiser. Onde está então a individualidade das pessoas? Pois se não são donos de seus próprios processos psicológicos, não a possuem.
Quando alguém não é dono de seus próprios processos psicológicos, não pode dizer, realmente, que tem individualidade. Vocês saem, por exemplo, à rua; vão muito contentes, enquanto não haja nada que os desgoste. Talvez estejam dirigindo seu carrinho e vem um louco desses que andam pela cidade e lhes dá uma fechada; e vocês ficam terrivelmente ofendidos. Se neste momento não protestam com a palavra, pelo menos protestam com a buzina, mas sem protestar é que não ficam. Quer dizer, quem estava no outro carro nos fechou, nos aborreceu, nos incomodou, nos fez mudar totalmente. Se estavam felizes, se encheram de ira; então, quem estava no carro pôde mais que vocês, pode controlar a psique de vocês, e vocês não puderam.
Vão vendo, então, o que é a Lei do Pêndulo. E haveria alguma maneira de escapar desta terrível lei mecânica do pêndulo? Vocês acham que há alguma maneira de escapar? Se não houvesse, estaríamos condenados a viver uma vida mecânica, “per secula seculorum, amén”. Obviamente, tem que haver algum sistema que nos permita evadir esta lei, ou controlá-la. Existe, realmente; temos que aprender a tornar-nos compreensivos, aprender a ver as coisas na vida tal e como são. Obviamente, qualquer coisa na vida tem duas caras. Uma superfície qualquer nos está indicando a existência de uma face oposta, isso é inquestionável. O anverso de uma medalha nos sugere o reverso da mesma. Tudo tem duas caras, as trevas são o oposto da luz. Nos mundos supra-sensíveis, pode-se evidenciar que ao ladfo de um Templo de Luz existe sempre um Templo tenebroso, isso é claro.Mas porque cometemos o erro de alegrar-nos diante de algo positivo e de protestar contra algo negativo, se são duas caras de uma mesma coisa? Penso que nosso erro mais grave consiste precisamente em não saber olhar as duas caras de qualquer coisa ou qualquer circunstância, etc.
Sempre vemos apenas uma face, nos identificamos com ela, sorrimos, mas quando se nos apresenta a antítese da mesma, protestamos, rasgamos nossas vestes, “trovejamos e relampejamos”. Não queremos, em verdade, cooperar com o inevitável e este é precisamente o nosso maior erro. Há vezes em que nos apaixonamos por um prato da balança e outras vezes pelo outro prato; há vezes que vamos a um extremos do pêndulo e há vezes em que vamos ao outro, e, por este motivo, não existe paz em nós, nossas relações são péssimas, conflituosas. A toda época de paz sucede uma época de guerra e a toda época de guerra sucede uma época de paz. Somos vítimas da Lei do Pêndulo e isso é doloroso.A isto se deve, precisamente, a “tempestade de todos os exclusivismos”, a luta de classes, os conflitos entre o capital e os trabalhadores, etc. Se pudéssemos ver as duas caras de qualquer questão, realmente tudo seria diferente; mas infelizmente nos falta compreensão. Se queremos ver as duas caras de qualquer questão se faz necessário (no me modo de entender as coisas) viver, não dentro da Lei do Pêndulo, mas dentro de um círculo fechado, um Círculo Mágico. Imaginemos um círculo mágico ao redor de nós mesmos.
Por este círculo vão passando todos os pares de opostos da Filosofia, as teses e antíteses, as circunstâncias agradáveis e desagradáveis, as épocas de triunfo e fracasso, o otimismo e o pessimismo, o que chamam de “bom” e o que as pessoas chama de “mau”, etc.Ao redor deste Círculo Mágico podemos ver um desfile muito interessante. Descobriremos, por exemplo, que a toda alegria sucede, em seguida, estados depressivos, angustiosos, dolorosos. Quando as pessoas mais dão gargalhadas, maiores serão as lágrimas e o pranto. Observem, vocês já devem ter visto na vida instantes em que todo o mundo ri, na família todos estão contentíssimos, não há senão gargalhadas e alegria... Mau sinal... Quando alguém vê isso em uma família, pode profetizar (seguro de que não vai falhar), que para essa família vem um sofrimento e que todos vão chorar.Isto é certo, porque tudo é dual na vida. A expressão facial da gargalhada é seguida por outra expressão facial fatal, de suprema dor e pranto. Aos gritos de alegria sucedem os gritos de dor. Tudo tem duas caras, a positiva e a negativa, isso é óbvio. Vejam por exemplo este signo esotérico. Observem o reflexo no solo, a sombra. O que se vê? O Diabo, e, no entanto, é o signo do Esoterismo; mas sua sombra, obviamente, tem a cara do Diabo. Tudo é dual na vida, não há nada que não seja dual. Quando alguém se acostuma a ver as coisas desde o centro de um Círculo Mágico, tudo muda, e a pessoa se libera da Lei do Pêndulo. Em certa ocasião, tive o corpo físico de Tomas de Kempis, e escrevi em uma obra chamada “Imitação de Cristo”, a seguinte frase: “Não sou mais porque me elogiem, nem menos porque me critiquem, porque sempre sou o que sou”. Isso é claro, tudo tem duas caras; o elogio e o vitupério, o triunfo e a derrota... Tudo tem duas caras.
Quando alguém se acostuma a ver qualquer coisa, qualquer circunstância, qualquer acontecimento, de forma íntegra, uni-total, com suas duas caras, pois evita muitos desenganos na vida, muitas frustrações, muitas decepções. Se alguém tem um amigo, deve compreender que este amigo não é perfeito, que tem seus agregados psíquicos,, que em qualquer momento poderia passar de amigo a inimigo (o que é inclusive normal). E no dia em que isso aconteça de verdade, quando este acontecimento se realize, já não passará por nenhuma desilusão, está “curado na saúde”, isso é óbvio. Recordo quando comecei com o Movimento Gnóstico. Umas três ou quatro pessoas me seguiam, eu havia posto todo meu coração nelas, lutando por ajudá-las, para que saíssem em corpo astral, na meditação, no estudo da Gnose, etc. Consegui formar um grupinho, e esperava tudo, menos que alguém do grupo se retirasse, pois eu estava totalmente dedicado a formar este grupo com muito amor. Claro, quando alguém do grupo se retirou, senti com se tivessem me cravado um punhal no coração. Disse: “Mas eu lutei tanto por este amigo, queria que ele avançasse pelo Caminho, não lhe fiz nenhum mal, porque me traiu?” Afiliou-se a outra escola. Eu poderia pensar tudo, menos que alguém que estivesse recebendo os ensinamentos se afiliasse a outra escolinha. No entanto, resolvi continuar estoicamente meu trabalho. O grupo foi aumentando e chegou o dia em que havia muita gente. Naquela época me foi dito, nos Mundos Superiores, que o Movimento Gnóstico era um trem em marcha, que uns passageiros desciam e uma estação e que outros subiam em outra estação, mais adiante desciam outros e muito mais adiante subiam outros. Conclusão, era um trem em marcha e eu era o maquinista que ia conduzindo a locomotiva. Portanto, não deveria preocupar-me. Foi o que entendi e mais tarde pude comprovar isto.. Uns passageiros subiam em uma estação e desciam mais à frente, e assim sucessivamente. Desde então me tornei estóico. E também vi que se retirava um e chegavam dez. E disse: “bem, então não há porque preocupar-me tanto”.
Desde aquela época, depois de um grande sofrimento por causa de um que se retirou, aprendi que raro é aquele que chega à estação final. Isso me custou muita dor. Hoje, quando um irmão se retira, pois que vá bem. Já não sou aquele que se enchia de terrível angústia, desesperado por causa do irmãozinho. Esta época já passou. Se um se retira, chegam dez, chegam vinte. O que é uma pessoa, quando há tanta gente? Não devemos brigar por causa das pessoas, isso é claro. Todos estão submetidos à Lei do Pêndulo. Os que hoje se entusiamam pela Gnose, amanhã se desiludem. Isso é normal, todos vivem dentro desta mecânica. Então, aprendi a ver as duas caras de cada pessoa. Alguém se afilia à Gnose, o ajudo e tudo o mais, mas estou absolutamente certo de que esse alguém não vai permanecer conosco durante toda a vida, que esse alguém não vai chegar à estação final. Como sei disso antecipadamente, estou “curado na saúde”. Me coloco exatamente no centro do Círculo Mágico, para ver tudo o que vai passando pelo círculo, cada circunstância, cada pessoa, cada acontecimento com suas duas caras, a positiva e a negativa,. Se alguém se situa no centro e vê passar tudo ao seu redor, sem tomar partido pela parte positiva ou pela parte negativa de qualquer coisa,, pois evita muitos desenganos, muitos sofrimentos.
O erro mais grave na vida consiste em querer ver apenas uma cara de qualquer questão, uma cara de uma amizade, uma cara de uma circunstância, uma cara de um objeto qualquer, uma cara de um acontecimento. Isso é grave, porque tudo é dual. Quando vem a parte negativa, então a pessoa sente como se lhe cravassem sete punhais no coração. Há que aprender a viver, meus amigos, há que saber viver, se vocês querem chegar longe, não como muitos. Porque se vocês vêem unicamente uma cara, e não vêem a antítese, a outra cara, a fatal, terão que passar por muitos desenganos, por muitos desencantos, por muitos sofrimentos, acabam doentes e ao fim morrem. Mataram, por ex., a pobre Blavatsky. Quem a matou? Todos os seus caluniadores, detratores e inimigos secretos, e amigos (esses que se dizem “amigos”). Simplesmente a assassinaram, não com pistolas, ou com facas, não, não, não; falaram mal dela, a caluniaram publicamente, a traíram, etc., etc., e outras coisas mais. O resultado foi que a pobre morreu cheia de sofrimento.Eu, francamente, lamento muito, mas esse gosto não vou dar a todos os irmãozinhos do Movimento. Eu vejo, em cada irmãozinho, duas caras Um irmão que hoje está conosco, que estuda nossa doutrina, o aprecio, o amo, mas no dia em que se retira, para mim é normal que se retire, o que acho estranho é que alguém dure muito tempo.
Mas para entender essa horrível lição, tive que sofrer fortemente. Os primeiros, foi como se me cravassem um punhal no coração. Depois, me tornei melhor, parece que me formou um calo no coração. Assim, o que aconteceu com Blavatsky não vai acontecer comigo, porque eu estou olhando as duas caras de qualquer questão, estou em uma terceira posição. Na posição que fica o coração quando está se preparando para a sístole. Ele está em estado de alerta, absorvendo (em suas profundidades), preparando, organizando, para depois recolher-se, comprimir-se e lançar o sangue em todo o organismo. Este terceiro aspecto é muito útil. Melhor dizendo, considero que o melhor é viver no centro do Círculo Mágico que nos extremos do Pêndulo. Este centro, no Oriente, especialmente na China, se chama Tao. Tao é o Trabalho Esotérico Gnóstico, Tao é o Caminho Secreto, Tao é INRI, Tao é o Ser. Quando alguém vive no centro do círculo, não está submetido a esse joguinho mecânico da Lei do Pêndulo, não está submetido às alternâncias de angústia e alegria, de triunfo e fracasso, de prazer e dor, otimismo e pessimismo, etc., não, se liberou da Lei do Pêndulo, isso é óbvio.Mas, repito, há que aprender a ver as duas caras de cada coisa, a positiva e a negativa, e não identificar-nos nem com uma nem com outra, porque ambas são passageiras, tudo passa na vida, tudo passa... Dentro do mundo que poderíamos chamar de “intelectual”, sempre senti certa aversão às opiniões. Porque tenho entendido que uma opinião emitida não é mais que uma exteriorização intelectual de um conceito, com temor de que outro seja o verdadeiro. Isso, naturalmente, acusa extrema ignorância, isso é grave, aí estão as antíteses.Ainda não entendo, não compreendo, porque motivo certa pitonisa sagrada disse a Sócrates que “havia algo entre a Sabedoria e a ignorância”, e que “esse algo, era a opinião”.
Francamente, ainda que essa pitonisa seja muito sagrada, não posso aceitar sua tese, porque a opinião vem da Personalidade, e não do Ser. A Personalidade, realmente, conduz os seres humanos à involução submersa dos Mundos Infernos. Como lhes dizia em certa ocasião, a Personalidade é múltipla, tem muitos transfundos, é artificial, é formada pelos costumes que nos ensinaram, pela falsa educação recebida nas escolas e colégios, que nos separou do Ser, e que não guarda nenhuma relação com as diferentes partes do Ser.A Personalidade é artificial. E como nos afasta de nosso próprio Ser Interior Profundo, obviamente nos conduz pelo caminho equivocado que nos leva até a involução do Reino Mineral Submerso. De modo que penso (estou pensando alto) que quando alguém sabe de alguma coisa, é melhor calar-se que opinar, porque a opinião é o produto da ignorância. Alguém opina porque ignora, se não, não opinaria. Alguém emite um conceito com o temor de que outro seja o verdadeiro.
Vejam esse dualismo da mente essa lei terrível do pêndulo; a uma opinião se contrapõe outra.A Personalidade se move dentro da Lei do Pêndulo, vive no mundo das opiniões contrapostas, dos conceitos contrários, do batalhar das antíteses. Então a Personalidade não sabe nada e a opinião é produto da ignorância. Se analisamos o que é a Personalidade (que é a que produz a opinião), chegamos à conclusão de que a opinião é o resultado da ignorância. De modo que o que a pitonisa disse a Sócrates me parece equivocado.A pergunta de Sócrates à pitonisa de Delfos (Diotima, se chamava) sobre o Amor, disse Sócrates que “o Amor é belo, inefável, sublime”... A pitonisa lhe responde que “propriamente, não é belo”... E Sócrates então diz, assombrado: ”se não é belo, então é feio”? “Não podes ver senão o feio, como se não existisse mais que o feio? Não podes conceber que entre o belo e o feio há alguma coisa diferente? O Amor não é nem belo nem feio, é diferente, isso é tudo”. Sócrates, como era um Sábio, teve que guardar silêncio. Claro, como estou pensando aqui em voz alta com vocês, os convidaria à reflexão. Como vêem vocês o Amor? Como? Não como alguém disse que é, mas como vocês o sentem? Belo ou feio? Algum de vocês pode me dar uma resposta? Quem ousaria responder? Mestre, quando alguém está enamorado, o Amor é belo, mas se alguém recebe uma desilusão, o que era belo se torna feio... Sempre se relacionou a beleza com o Amor, e o feio com a antítese do Amor.
Estes são aspectos psicológicos, porque nossas avós, quando nos falavam das fadas, por serem boas, as descreviam belas, e os ogros, porque eram maus, eram feios. Creio que a resposta está além desses conceitos. As respostas estão boas, mas devemos diferenciar entre o que é o belo e o que é o Amor. De modo que a coisa não está muito completa. Vamos ver outro...Pressinto que o Amor está além deste par de opostos, transcende o belo e o feio... A resposta está muito interessante. Vamos ver...O Amor é inefável porque não é uma questão intelectual, é uma emoção que poderíamos chamar de sublime... Esta resposta está mais transcendental. Mestre, eu considero que o Amor é indescritível, quando alguém sente Amor, não se pode manifestar com palavras. Mestre, eu diria que para nós é muito difícil dizer se o Amor é belo ou feio, porque nós não conhecemos o Amor. Estamos em vias de conhecer o Amor. Só um Ser superior sabe o que é o Amor. Bom, vamos ver a última das respostas... Penso que do ponto de vista de nossa personalidade humana, tudo é relativo, tudo depende das circunstâncias. Aprofundando, penso que isto pertence realmente ao Ser, e não à personalidade humana... O Amor é como o Ser, a única razão de ser do Amor é ele mesmo... Eu conceituo que o Amor consiste em se harmonizar com tudo e com todos...Está bem.
Mas, em realidade e de verdade, quando a pitonisa de Delfos falou com Sócrates, insinuou praticamente uma verdade. O Amor está além do belo e do feio. Que a beleza vem do Amor, isto é outra coisa. Por exemplo, quando se dissolve o Ego, fica em nós a Beleza interior, e dessa beleza surge isso que se chama Amor. De modo que o Amor, em si mesmo, está além dos conceitos existentes sobre a feiúra e a beleza. Não se pode definir, porque se o definimos, o desfiguramos. E então a pitonisa teria razão? Sim. O Amor está além dos conceitos de feiúra e beleza, ainda que o Amor venha da beleza e tenha como resultado a beleza. Onde existe verdadeiro Amor, existe beleza interior, isso é óbvio. Assim, irmãos, entre a tese e a antítese sempre existe uma síntese, que reconcilia os opostos. Vejamos isto. Sabemos que existe uma grande batalha entre os poderes da Luz e os poderes das Trevas. No mesmo Esperma Sagrado, existe uma luta entre os poderes atômicos da Luz e os poderes atômicos das Trevas. Em toda a criação existe esta grande luta, as colunas de Anjos e Demônios se combatem mutuamente em todos os rincões do Universo.
Quando alguém ainda não tem a Pedra Filosofal, vê como impossível a reconciliação dos opostos. Mas quando alguém consegue a Pedra dos Filósofos, a Pedra da Serpente (a base de muitos trabalhos conscientes e padecimentos voluntários), então, mediante a mesma, consegue reconciliar os opostos, os reconcilia em si mesmo, porque reconhece que tudo na criação tem duas caras, e só mediante uma terceira posição, isto é, só mediante o Tao ( no centro do Círculo Mágico), só mediante a síntese, podemos reconciliar os opostos dentro de nós mesmos, isso é óbvio. Assim, se faz necessário que aprendamos a reconciliar os opostos, se faz necessário libertar-nos da Lei do Pêndulo, e que vivamos melhor dentro de Lei do Círculo. Alguém se liberta da Lei do Pêndulo quando se coloca na Lei do Círculo, quando se coloca no Tao, que está no centro do Círculo Mágico. Porque então tudo passa ao seu redor, ao redor da Consciência da pessoa. Em círculo, pela Consciência redonda da pessoa, e passam os distintos acontecimentos com suas duas caras, as coisas, com suas duas posições, as circunstâncias, etc., os triunfos e as derrotas, os êxitos e fracassos. Tudo tem duas caras e alguém. Situado no centro, reconcilia os opostos, já não teme um fracasso econômico, já não seria capaz de dar um tiro na cabeça porque perdeu sua fortuna da noite para o dia, como fizeram muitos jogadores no Cassino de Montecarlo, perdem sua fortuna e se suicidam; já não vão sofre pela traição dos amigos, se tornam invulneráveis ao prazer e à dor.
Vejam como é extraordinário, maravilhoso. Mas se não aprendemos a viver dentro do círculo, se não nos situamos exatamente no Tao (ponto central do Círculo Mágico), continuaremos como estamos, expostos à Lei trágica e mutável do Pêndulo, que é completamente mecânica e dolorosa. Assim, meus queridos amigos, devemos aprender a viver inteligentemente, conscientemente, isso é óbvio. Infelizmente, toda a humanidade está submetida à Lei do Pêndulo. Vejamos como a mente passa de um lado para o outro, isso é fatal. Tenho visto que não há ninguém, em realidade de verdade, que não esteja submetido a essa questão das objeções Chega alguém e nos diz alguma coisa, alguma frase. Qual é a primeira coisa que nos ocorre? Objetar, colocar tal ou qual objeção! Esta é a Lei do Pêndulo. Diga-me que eu te direi. Me derrube que eu te derrubo depois. O resultado é a dor, e isto é terrível. Porque temos que estar colocando objeções, irmãos? Neste momento, me vem à mente um caso interessante. Há muitos, muitíssimos anos, encontrando-me no Mundo Astral, em Hod, no Sephirot Hod, internado neste Sephirot, invoquei um Deiduso, Anjo ou Elohim, ou como vocês queiram denominá-lo, ou Deva. Aquele Deiduso me disse algo, e imediatamente objetei, fiz reluzir a antítese; de forma mais vulgar diria a vocês que refutei. Eu esperava que aquele Deiduso discutisse comigo também, mas isso não aconteceu. Aquela Seidade me escutou com infinito respeito e profunda veneração. Coloquei muitíssimos conceitos e quando terminei, e pensava que ele ia tomar a palavra para refutar-me, com grande espanto vi que fez este signo, se inclinou reverentemente, deu as costas e se foi, deu meia volta e se foi. Deu-me uma lição extraordinária, não objetou nada.
Obviamente, aquele Deiduso havia passado além das objeções. É indubitável que as objeções pertencem à Lei do Pêndulo; enquanto alguém estiver objetando, está submetido à Lei do Pêndulo. Todo o mundo tem o direito de emitir sua opinião, cada quak é livre para dizer o que quiser. Nós devemos, simplesmente, escutar quem está falando, com respeito. Terminou de falar? Nos retiramos... Claro, alguns não procedem assim, ou não procederão desta forma. Por orgulho, dirão: “eu não me retiro”, tenho que dar o troco”. Eis aí o orgulho supino, intelectualóide. Se não eliminamos de nós mesmos o Eu do orgulho, é óbvio que tampouco jamais conseguiremos a Liberação Final.O melhor é que cada qual diga o que tem que dizer e que não ponhamos objeções, porque cada qual é livre para dizer o que quiser, simplesmente.
Mas as pessoas vivem sempre colocando objeções, objetam o interlocutor e objetam a si mesmas também. Claro, isto não significa que não exista agrado ou desagrado, é óbvio que existe. Suponhamos que alguém coloca a qualquer um de nós para limar uma pocilga, onde vivem os porcos, creio que este não seria precisamente um trabalho muito agradável. Teríamos direito a não considerar agradável, mas uma coisa é que o trabalho não nos pareça agradável, e outra coisa muito diferente é que ponhamos objeções, que comecemos a protestar: “Mas que porcaria, meu Deus, nunca pensei que fosse cair tão baixo; que desgraçado sou, etc., etc., limpando uma pocilga, onde foi que vim parar”...Com isto, a única coisa que a pessoa consegue é fortalecer tremendamente os eus da ira, do amor próprio, do orgulho, etc. Também o caso de uma pessoa que, em princípio, nos desagrada. “É que não vou com a cara desta pessoa”... Mas uma coisa é que não nos agrade, em princípio, e outra coisa é estarmos protestando contra esta pessoa: “É que não vou com a cara desta pessoa, esta pessoa é um problema”; e que fiquemos buscando subterfúgios para apunhalá-la, para eliminá-la. Com as objeções, a única coisa que conseguimos é multiplicar a antipatia em nós, robustecer o Eu do ódio, robustecer o Eu do egoísmo, o Eu da violência, o Eu do Orgulho, etc. Como fazer nestes casos em que uma pessoa não nos é grata?
É que todos nós devemos conhecer a nós mesmos, para ver porque não nos é grata uma tal pessoa. Pode acontecer que esta pessoa está exibindo alguns dos defeitos que nós também possuímos.Temos dentro de nós o Eu do amor próprio e, se alguém exibe alguns desses defeitos interiores, é óbvio que não vamos com a cara desse alguém. De modo que, em vez de estarmos colocando objeções à esta pessoa (protestando, brigando), mais vale nos auto-explorarmos, para conhecer qual é o elemento psíquico que carregamos interiormente e que origina esta antipatia. Pensemos em que se descobrimos tal “elemento” e o dissolvemos, a antipatia cessa. Mas se nós, em vez de investigar a nós mesmos, colocamos objeções, protestamos, “trovejamos”, “relampejamos”, contra a tal pessoa, fortaleceremos o Eu, isto é indubitável. Dentro do mundo do intelecto, não há dúvida de que estamos sempre colocando objeções. Isto produz a divisão intelectual, a mente se divide entre tese e antítese, se converte em um campo de batalha que destroça o cérebro. Observem como as pessoas que se dizem intelectuais são cheias de estranhas manias, alguns deixam o cabelo desalinhado, se coçam espantosamente, fazem mil palhaçadas; claro, é produto de uma mente mais ou menos deteriorada, destruída pelo batalhar das antíteses. Se a todo conceito colocamos uma objeção, nossa mente termina brigando sozinha. Como conseqüência, vêem enfermidades ao cérebro, as anomalias psicológicas, os estados depressivos da mente, o nervosismo, que destrói órgãos muito delicados como o fígado, o pâncreas, o baço, etc.
Mas se nós aprendemos a não ficar fazendo objeções, e deixar que cada qual pense como quiser, que diga o que quiser, terminarão as lutas dentro do intelecto e em seu lugar virá uma Paz verdadeira.A mente das pobres pessoas briga o tempo todo. Briga consigo mesma espantosamente, e isto nos conduz por um caminho muito perigoso, que leva a enfermidades do cérebro e de todos os órgãos, destruição da mente, muitas células são queimadas inutilmente. Há que viver em santa paz, sem fazer objeções, que cada qual diga o que quiser e pense o que quiser. Nós não devemos fazer objeções, assim andaremos como deve ser, conscientemente. Temos que aprender a viver. Infelizmente, não sabemos viver, estamos metidos dentro da Lei do Pêndulo. Mas reconheço aqui, conversando com vocês, que não é coisa fácil não colocar objeções. Saímos daqui, pegamos nosso carrinho e logo adiante alguém vem e nos dá uma fechada. Se não dizemos nada, pelo menos tocamos a buzina em sinal de protesto. Ainda que seja buzinando, mas protestamos. Se alguém nos diz algo, em um momento que abandonamos a guarda, é certo que protestamos, fazendo objeções.É muito difícil, espantosamente difícil, não fazer objeções.
No mundo oriental já se refletiu muito sobre este assunto, e também no mundo ocidental. Eu creio que há vezes em que é necessário apelar a um poder superior a nós mesmos, se é que queremos liberar-nos desta questão das objeções.Em certa ocasião, lá pelas terras do mundo oriental, um monge budista ia caminhando, em um inverso espantoso, cheio de gelo e de neve, de animais selvagens. Claro que isto proporcionava sofrimentos ao pobre monje, que, naturalmente, protestava e colocava objeções. Mas o pobre teve sorte. Quando estava quase desmaiando, lhe apareceu em meditação Amitaba (Amitaba em verdade é o Deus Interno de Gautama, O Buda Sakyamuni) e lhe entregou um mantram para que pudesse manter-se forte e não fazer objeções, uma ajuda para que ele não ficasse protestando toda hora, contra si mesmo, contra a neve, contra o mundo. Esse mantram é utilíssimo, vou vocalizar bem para que vocês o guardem na memória e para que fique também gravado nas fitas que vocês trazem em seus gravadores: GAAAATEEEE, GAAAATEEEE, GAAAATEEEE... É melhor soletrar, G – A - T – E. Entendo que este mantram permitiu àquele monge budista abrir o Olho de Dangma, e isso é interessante, se relaciona com a iluminação interior profunda e com o Vazio Iluminador...Houve necessidade dessa ajuda, porque não é tão fácil deixar de colocar objeções.
Um momento em que a pessoa se descuida da guarda, já está colocando objeções a tudo, à vida, ao dinheiro, à inflação, ao frio, ao calor, etc., etc. Muitos protestam porque está fazendo frio, ou porque está fazendo calor, protestam porque não têm dinheiro, protestam porque um mosquito lhes picou, protestam por tudo.Em realidade e de verdade, quando alguém vive fazendo objeções, se prejudica horrivelmente, porque o que ganha por um lado dissolvendo o Ego, está perdendo por outro lado, com as objeções. Se alguém está lutando por não sentir ira, mas está fazendo objeções, pois o demônio da ira volta a tomar força. Se está lutando terrivelmente para eliminar o demônio do orgulho, se coloca objeções à má situação, a isto ou aquilo, volta a fortalecer esse demônio. Se está fazendo um esforço para acabar com a abominável luxúria, mas se em um dado instante coloca objeções, “porque a mulher não quer Ter relações sexuais com ele”, ou a mulher, “porque o homem não a procura”, e cinqüenta mil objeções deste tipo, pois está fortalecendo o demônio da luxúria. Assim, se de um lado estamos lutando por eliminar os agregados psíquicos e por outro os estamos fortalecendo, simplesmente estancamos. Portanto, se vocês querem, em realidade e de verdade, eliminar os agregados psíquicos, têm que acabar com essa questão das OB- JE- ÇÕES. Se não procedem assim, se estancam inevitavelmente, não vão progredir de maneira alguma. Quero que compreendam isto de uma vez.
Bom, por hoje terminamos esta cátedra, mas deixamos a porta aberta para as perguntas que possam ter... Mestre, se diz que “o silêncio é a eloqüência da sabedoria”, e também se diz que “é tão mal calar quando se deve falar, quanto falar quando se deve calar”. Há vezes em que é necessário falar, talvez em um momento de defesa, quando nos estão atacando, talvez injustamente. Gostaria que me esclarecesse este aspecto. Alguém tem o direito de falar, porque não é mudo e a língua é dele. Mas o que não é conveniente jamais, para o nosso próprio bem,, é ficar fazendo objeções, ficar protestando, “trovejando” e “relampejando”, porque está fazendo calor, ou porque está fazendo frio, desgostado com tudo. Isto nos conduz, naturalmente, ao fracasso. É necessário, repito, não fazer objeções. Alguém deve dizer o que tem que dizer, a verdade e nada mais que a verdade, e deixar aos outros a liberdade de opinar como quiserem, porque cada qual é livre para dizer o que quiser. Se alguém não procede assim, se toda hora está fazendo objeções, destrói sua mente, destrói seu próprio cérebro e causa muito dano a si mesmo, fortalece o Ego em vez de dissolvê-lo. Alguma outra pergunta?Há pessoas que vivem convencidas de que a um momento de alegria segue um de tristeza. Isto é, se programa neste sentido, não se colocam dentro do círculo protetor. Evidentemente, isto sucede a essas pessoas, de uma forma infalível, matemática.Tanto é que não desfrutam dos momentos de alegria, porque já estão fatalmente temendo o momento de tristeza. Gostaria que esclarecesse um pouquinho isto. Estas pessoas se dão conta, realmente, de que tudo tem duas caras. Mas infelizmente não se colocam no centro do círculo, no Tao. Quando alguém está no Tao, sabe que vai passar ao redor de si mesmo, ao redor de sua própria consciência (dentro de si mesmo), todos os acontecimentos da vida com suas duas caras, e sabe que são passageiros. Então, não se identifica nem com uma cara nem com a outra. Reconcilia os opostos mediante a síntese.
Vejamos o caso de alguém que, por exemplo, está em uma grande festa (muito contente, muito alegre); mas esse alguém, sabe que todo momento de alegria é seguido por um de dor. Mas se essa pessoa está situada no centro, no Tao, então reconcilia os opostos dentro de si mesmo, em seu próprio Ser, em sua própria Consciência. Diz: “Sei que a toda alegria sucede uma tristeza, mas nada disso me afeta, porque tudo é passageiro, tudo passa; as pessoas passam, as coisas passam, as idéias passam, tudo passa”...Portanto, pode perfeitamente viver aquele acontecimento como deve ser. Uma reflexão assim permitirá a tal pessoa estar no evento sem preocupação alguma. Está consciente, sabe que está em um momento passageiro, não o alude, o entende, conhece suas duas caras; simplesmente, o vice com a Consciência. Quando uma pessoa reflete assim, atua da mesma forma em que atua o coração, quando na diástole se abre e recebe, acumula, organiza, elabora, para depois entrar em atividade com a sístole...É interessante ter um relógio de parede em casa, não só para saber as horas mas também para refletir um pouco. Sem o pêndulo o relógio não funciona.
O movimento do pêndulo é profundamente significativo.Nos tempos antigos, o dogma da evolução não existia, então os sábios entendiam que os processos históricos se desenvolvem sempre de acordo com a Lei do Pêndulo. Tudo flui e reflui, sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo com esta lei maravilhosa. Nada tem de estranho que tudo oscile, que tudo esteja submetido ao vai e vem do tempo, que tudo evolucione e involucione.Num extremo do pêndulo está a alegria e no outro a dor. Todas as nossas emoções, pensamentos, anelos, desejos oscilam com a Lei do Pêndulo. Esperança e desespero; pessimismo e otimismo; paixão e dor; triunfo e fracasso; lucro e perda correspondem certamente aos dois extremos do movimento pendular. Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio às margens do rio sagrado mas, quando o pêndulo foi para o outro lado, quando se levantou pelo extremo oposto, caiu o país dos faraós e se levantou Jerusalém, a cidade querida dos profetas. Quando o pêndulo mudou de posição caiu Israel e surgiu, no outro extremo, o Império Romano.O movimento pendular levanta e derruba impérios; faz surgir poderosas civilizações e logo as destrói, etc. Podemos colocar no extremo direito do pêndulo as diversas escolas pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas, religiões e seitas. Podemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas as escolas materialistas, marxistas, ateístas, cépticas, etc.
Antíteses do movimento pendular, mutantes, sujeitas à permutação incessante .O fanático religioso, devido a qualquer acontecimento insólito ou decepção, pode ir ao outro extremo do pêndulo, converter-se em ateu, materialista, cético. O fanático materialista ateu, devido a qualquer fato inusitado, talvez um acontecimento metafísico transcendental ou um momento de terror indizível, pode ser levado ao extremo oposto do movimento pendular e converter-se num reacionário religioso insuportável. Exemplos: um sacerdote, vencido numa polêmica por um esoterista, desesperado, tornou-se incrédulo e materialista. Conhecemos o caso de uma senhora ateísta e incrédula que, devido a um fato metafísico concludente e definitivo, converteu-se numa expoente magnífica do esoterismo prático. Em nome da verdade, devemos declarar que o ateísta materialista verdadeiro e absoluto é uma farsa, não existe.Ante a proximidade de uma morte inevitável, em um instante de terror indizível, os inimigos do Eterno, os materialistas e incrédulos passam instantaneamente ao outro extremo do pêndulo e acabam orando, chorando e clamando com fé infinita e enorme devoção. O mesmo Karl Marx, autor do Materialismo Dialético, foi um fanático religioso judeu e, depois de sua morte, renderam-lhe honras fúnebres de grande rabino. Karl Marx elaborou sua Dialética Materialista com um só propósito: "criar uma arma para destruir todas as religiões do mundo por meio do ceticismo."É um caso típico dos ciúmes religiosos levados ao extremo.
De modo algum Marx poderia aceitar a existência de outras religiões e preferiu destruí-las mediante sua Dialética. Karl Marx cumpriu com um dos protocolos de Sion que diz textualmente "Não importa que enchamos o mundo de materialismo e de repugnante ateísmo; no dia em que triunfarmos, ensinaremos a religião de Moisés, devidamente codificada e em forma dialética, e não permitiremos nenhuma outra religião no mundo."É muito interessante que na União Soviética as religiões sejam perseguidas e ao povo se ensine dialética materialista, enquanto nas sinagogas se estuda o Talmud, a Bíblia e a religião, e trabalham livremente, sem problema algum. Os amos do governo russo são fanáticos religiosos da lei de Moisés; mas eles envenenam o povo com essa farsa do Materialismo Dialético.
Jamais nos pronunciaríamos contra o povo de Israel; só estamos nos declarando contra certa elite de jogo duplo que, perseguindo fins inconfessáveis, envenena o povo com a Dialética Materialista enquanto pratica, em segredo, a religião de Moisés. Materialismo e espiritualismo, com toda sua seqüela de teorias, dogmas e preconceitos de toda espécie, processam-se na mente de acordo com a Lei do Pêndulo e mudam de moda de acordo com os tempos e os costumes. Espírito e matéria são dois conceitos muito discutíveis e espinhosos, que ninguém entende.A mente nada sabe sobre o espírito, nada sabe sobre a matéria. Um conceito não é mais que isso: um conceito. A realidade não é um conceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade. O espírito é espírito (o Ser) e só a si mesmo pode conhecer. Escrito está: "O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o mesmo Ser."Os fanáticos do deus matéria, os cientistas do Materialismo Dialético são cem por cento empíricos e absurdos. Falam sobre matéria com uma auto-suficiência deslumbrante e estúpida, quando realmente nada sabem sobre a mesma.Que é matéria? Qual destes tontos cientistas o sabe? A tão cacarejada matéria é também um conceito demasiado discutível e bastante espinhoso. Qual é a matéria? O algodão? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? O cobre? Uma nuvem ou o que? Dizer que tudo isto é matéria seria tão empírico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano é um fígado, um coração ou um rim. Obviamente, uma coisa é uma coisa e outra coisa‚ outra coisa; cada órgão é diferente e cada substância é distinta. Então, qual de todas estas substâncias é a tão cacarejada matéria?Muita gente joga com os conceitos do pêndulo; porém, em realidade, os conceitos não são a realidade. A mente só conhece formas ilusórias da natureza, porém nada sabe sobre a verdade contida em tais formas. As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o que aprendemos na escola depois já não serve. Conclusão: ninguém sabe nada.
Os conceitos da extrema direita ou da extrema esquerda do pêndulo, passam como a moda das mulheres; todos esses são processos da mente; coisas que sucedem na superfície do entendimento; tolices, vaidades do intelecto.A qualquer disciplina psicológica opõe-se outra disciplina; a qualquer processo psicológico logicamente estruturado opõe-se outro semelhante, e depois de tudo, o que resta? O que nos interessa é o Real, a Verdade; mas isto não é questão do pêndulo, não se encontra entre o vai e vem das teorias e crenças. A Verdade é o desconhecido de instante a instante, de momento a momento. A Verdade está no centro do pêndulo, não na extrema direita, nem tampouco na extrema esquerda. Quando perguntaram a Jesus: "Que é a Verdade?" guardou profundo silêncio. E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e se retirou. A Verdade não é questão de opiniões, nem de teorias, nem sequer de preconceitos de extrema direita ou de extrema esquerda. O conceito que a mente possa forjar sobre verdade, jamais é a Verdade. A idéia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca é a Verdade. A opinião que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitável que seja, de modo algum é a Verdade. Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, pode jamais conduzir-nos à Verdade. A Verdade é algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos água e nos afogamos.
O centro do pêndulo está dentro de nós mesmos e é ali onde devemos descobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade. Necessitamos auto-explorar-nos diretamente para auto-descobir-nos e conhecermos profundamente a nós mesmos. A experiência da verdade só advém quando eliminamos os elementos indesejáveis que em seu conjunto constituem o mim mesmo.Só eliminando o erro, advém a verdade. Só desintegrando o eu mesmo, meus erros, meus preconceitos e temores, minhas paixões e desejos, crenças e fornicações, encastelamentos intelectuais e auto-suficiências de toda espécie, advém a nós a experiência do real. A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; com o que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advém a nós quando o mim mesmo morreu. A mente não pode buscar a verdade, porque não a conhece. A mente não pode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu. A verdade advém a nós de forma espontânea, quando eliminamos todos os elementos indesejáveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo. Enquanto a Consciência continue engarrafada entre o eu mesmo, não poderá experimentar isso que é o Real, isso que não é do tempo, isso que está maisalém do corpo, dos afetos e da mente, isso que é a Verdade. Quando o mim mesmo fica reduzido a poeira cósmica, a Consciência se libera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, a Verdade. Com justa razão disse o Grande Kabir Jesus: "Conhecei a Verdade e ela vos fará livres." De que serve ao homem conhecer cinqüenta mil teorias se jamais experimentou a Verdade? O sistema intelectual de qualquer homem é muito respeitável, mas a qualquer sistema se opõe outro e nem um, nem outro é a verdade. Mais vale auto-explorar-nos para autoconhecer-nos e chegar a experimentar, um dia, em forma direta, o Real, a Verdade" ( VM. Samael Aun Weor ).
"É interessante ter um relógio de parede em casa, não só para saber as horas, mas também para refletir um pouco. Sem o pêndulo o relógio não funciona. O movimento do pêndulo é profundamente significativo. Nos tempos antigos, o dogma da evolução não existia, então os sábios entendiam que os processos históricos se desenvolvem sempre de acordo com a Lei do Pêndulo.
Tudo flui e reflui, sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo com esta lei maravilhosa. Nada tem de estranho que tudo oscile, que tudo esteja submetido ao vai e vem do tempo, que tudo evolucione e involucione. Num extremo do pêndulo está a alegria e, no outro, a dor. Todas as nossas emoções, pensamentos, anelos, desejos oscilam com a Lei do Pêndulo. Esperança e desespero; pessimismo e otimismo; paixão e dor; triunfo e fracasso; lucro e perda correspondem, certamente, aos dois extremos do movimento pendular.
Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio às margens do rio sagrado; mas, quando o pêndulo foi para o outro lado, quando se levantou pelo extremo oposto, caiu o país dos faraós e se levantou Jerusalém, a cidade querida dos profetas. Quando o pêndulo mudou de posição caiu Israel e surgiu, no outro extremo, o Império Romano. O movimento pendular levanta e derruba impérios; faz surgir poderosas civilizações e logo as destrói, etc. Podemos colocar no extremo direito do pêndulo as diversas escolas pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas, religiões e seitas. Podemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas as escolas materialistas, marxistas, ateístas, cépticas, etc. Antíteses do movimento pendular, mutantes, sujeitas à permutação incessante.
O fanático religioso, devido a qualquer acontecimento insólito ou decepção, pode ir ao outro extremo do pêndulo, converter-se em ateu, materialista, cético. O fanático materialista ateu, devido a qualquer fato inusitado, talvez um acontecimento metafísico transcendental ou um momento de terror indizível, pode ser levado ao extremo oposto do movimento pendular e converter-se num reacionário religioso insuportável. Exemplos: um sacerdote, vencido numa polêmica por um esoterista, desesperado, tornou-se incrédulo e materialista.
Conhecemos o caso de uma senhora ateísta e incrédula que, devido a um fato metafísico concludente e definitivo, converteu-se numa expoente magnífica do esoterismo prático. Em nome da verdade, devemos declarar que o ateísta materialista verdadeiro e absoluto é uma farsa, não existe. Ante a proximidade de uma morte inevitável, em um instante de terror indizível, os inimigos do Eterno, os materialistas e incrédulos passam instantaneamente ao outro extremo do pêndulo e acabam orando, chorando e clamando com fé infinita e enorme devoção.
O mesmo Karl Marx, autor do Materialismo Dialético, foi um fanático religioso judeu e, depois de sua morte, renderam-lhe honras fúnebres de grande rabino. Karl Marx elaborou sua Dialética Materialista com um só propósito: "criar uma arma para destruir todas as religiões do mundo por meio do ceticismo." É um caso típico dos ciúmes religiosos levados ao extremo. De modo algum Marx poderia aceitar a existência de outras religiões e preferiu destruí-las mediante sua Dialética.
Karl Marx cumpriu com um dos protocolos de Sion que diz textualmente "Não importa que enchamos o mundo de materialismo e de repugnante ateísmo; no dia em que triunfarmos, ensinaremos a religião de Moisés, devidamente codificada e em forma dialética, e não permitiremos nenhuma outra religião no mundo." É muito interessante que na União Soviética as religiões sejam perseguidas e ao povo se ensine dialética materialista, enquanto nas sinagogas se estuda o Talmud, a Bíblia e a religião, e trabalham livremente, sem problema algum.
Os amos do governo russo são fanáticos religiosos da lei de Moisés; mas eles envenenam o povo com essa farsa do Materialismo Dialético. Jamais nos pronunciaríamos contra o povo de Israel; só estamos nos declarando contra certa elite de jogo duplo que, perseguindo fins inconfessáveis, envenena o povo com a Dialética Materialista enquanto pratica, em segredo, a religião de Moisés. Materialismo e espiritualismo, com toda sua seqüela de teorias, dogmas e preconceitos de toda espécie, processam-se na mente de acordo com a Lei do Pêndulo e mudam de moda de acordo com os tempos e os costumes.
Espírito e matéria são dois conceitos muito discutíveis e espinhosos, que ninguém entende. A mente nada sabe sobre o espírito, nada sabe sobre a matéria. Um conceito não é mais que isso: um conceito. A realidade não é um conceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade. O espírito é espírito (o Ser) e só a si mesmo pode conhecer. Escrito está: "O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o mesmo Ser."
Os fanáticos do deus matéria, os cientistas do Materialismo Dialético são cem por cento empíricos e absurdos. Falam sobre matéria com uma auto-suficiência deslumbrante e estúpida, quando realmente nada sabem sobre a mesma. Que é matéria? Qual destes tontos cientistas o sabe? A tão cacarejada matéria é também um conceito demasiado discutível e bastante espinhoso. Qual é a matéria? O algodão? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? O cobre? Uma nuvem ou o que? Dizer que tudo isto é matéria seria tão empírico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano é um fígado, um coração ou um rim.
Obviamente, uma coisa é uma coisa e outra coisa‚ outra coisa; cada órgão é diferente e cada substância é distinta. Então, qual de todas estas substâncias é a tão cacarejada matéria? Muita gente joga com os conceitos do pêndulo; porém, em realidade, os conceitos não são a realidade. A mente só conhece formas ilusórias da natureza, porém nada sabe sobre a verdade contida em tais formas.
As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o que aprendemos na escola depois já não serve. Conclusão: ninguém sabe nada. Os conceitos da extrema direita ou da extrema esquerda do pêndulo, passam como a moda das mulheres; todos esses são processos da mente; coisas que sucedem na superfície do entendimento; tolices, vaidades do intelecto. A qualquer disciplina psicológica opõe-se outra disciplina; a qualquer processo psicológico logicamente estruturado opõe-se outro semelhante, e depois de tudo, o que resta? O que nos interessa é o Real, a Verdade; mas isto não é questão do pêndulo, não se encontra entre o vai e vem das teorias e crenças.
A Verdade é o desconhecido de instante a instante, de momento a momento. A Verdade está no centro do pêndulo, não na extrema direita, nem tampouco na extrema esquerda. Quando perguntaram a Jesus: "Que é a Verdade?" guardou profundo silêncio. E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e se retirou.
A Verdade não é questão de opiniões, nem de teorias, nem sequer de preconceitos de extrema direita ou de extrema esquerda. O conceito que a mente possa forjar sobre verdade, jamais é a Verdade. A idéia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca é a Verdade. A opinião que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitável que seja, de modo algum é a Verdade. Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, podem jamais conduzir-nos à Verdade. A Verdade é algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos água e nos afogamos.
O centro do pêndulo está dentro de nós mesmos e é ali onde devemos descobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade. Necessitamos auto-explorar-nos diretamente para auto-descobir-nos e conhecermos profundamente a A experiência da verdade só advém quando eliminamos os elementos indesejáveis que em seu conjunto constituem o mim mesmo. Só eliminando o erro, advém a verdade. Só desintegrando o eu mesmo, meus erros, meus preconceitos e temores, minhas paixões e desejos, crenças e fornicações, encastelamentos intelectuais e auto-suficiências de toda espécie, advém a nós a experiência do real.
A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; com o que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advém a nós quando o mim mesmo morreu. A mente não pode buscar a verdade, porque não a conhece. A mente não pode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu. A verdade advém a nós de forma espontânea, quando eliminamos todos os elementos indesejáveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo.
Enquanto a Consciência continue engarrafada entre o eu mesmo, não poderá experimentar isso que é o Real, isso que não é do tempo, isso que está mais além do corpo, dos afetos e da mente, isso que é a Verdade. Quando o mim mesmo fica reduzido a poeira cósmica, a Consciência se libera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, a Verdade.
Com justa razão disse o Grande Kabir Jesus: "Conhecei a Verdade e ela vos fará livres." De que serve ao homem conhecer cinqüenta mil teorias se jamais experimentou a Verdade? O sistema intelectual de qualquer homem é muito respeitável, mas a qualquer sistema se opõe outro e nem um, nem outro é a verdade. Mais vale auto-explorar-nos para auto-conhecer-nos e chegar a experimentar, um dia, em forma direta, o Real, a Verdade".
A liberdade é um produto construído com os fatores de revolução da consciência. Ela não nos vem gratuita e naturalmente pelas leis da evolução-involução. O que todos nós queremos em comum, independentemente da ordem mística ou religiosa a que pertencemos? Todos nós queremos a verdade, a liberdade; queremos nos libertar das leis, sair da Roda do Sansara, nos livrar das leis mecânicas da natureza. Se não nos libertarmos das leis mecânicas do pêndulo, ficaremos em algum lugar, presos na noite que antecede o amanhecer da galáxia. Para estarmos presentes ao amanhecer da galáxia temos que erradicar o ego e nos colocarmos no centro do pêndulo.
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