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Os símbolos possuem a função de proteger o conhecimento, ao revelá-lo para alguns seres humanos e ocultá-lo para outros. Cada ciência criou os seus símbolos próprios para contar a história do mundo, segundo a sua visão. Por tanto, ao estudarmos determinada área de conhecimento, vamos apropriando do saber, à medida que vamos decodificando os seus símbolos. Os símbolos permitem passagem do conhecimento aqueles que possuem afinidade com a aprendizagem, que amam o saber. Os símbolos, por sua vez escondem o conhecimento daqueles que não possuem interesse pela aprendizagem. Os segredos escondidos por detrás de cada símbolo são plenamente revelados aos auto-religiosos e ocultados ao alo-religiosos. Por isto Jesus e todos os mestres da Loja Branca transmitiram os seus ensinamentos por meio de parábolas, códigos e enigmas, que se constituem em modos didáticos de transmissão de mensagens por meio de símbolos. Na bíblia inteira há o verdadeiro conhecimento gnóstico ocultado por detrás dos símbolos.
Defini-se símbolo como sendo todo objeto físico a que se dá uma significação abstrata. Assim a balança é o símbolo da justiça, a pomba é o símbolo da paz, a cruz representa o nascimento. O símbolo se faz presente na forma de figura ou imagem que representa alguma coisa, a suástica é o símbolo do nazismo. Qualquer signo ou símbolo é convencional e figurativo. Símbolo é sinal, divisa, emblema, marca, indício, etc. Na Lógica e Matemática há signo figurativo de uma grandeza, de um número, de um ser lógico ou matemático. Na Química há simbologia na letra ou grupo de letras adotadas para designar a massa atômica de um elemento: "Hg" é o símbolo da prata. Na mística esotérica os símbolos estão presentes nos rituais de consagração, de sacramento, etc. Na Numismática os sinais ou símbolos estão representados nas medalhas ou moedas.
Símbolos é tudo aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui alguma coisa. Símbolo é tudo aquilo que, por sua forma e natureza, evoca, representa ou substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente. O valor de um símbolo não está em seu desenho, mas no que ele representa.
O símbolo representa uma Idéia inteligente que se revela uma realidade a seres humanos conscientes ou mascara, esconde aos inconscientes. Os símbolos são códigos inteligentemente elaborados. Eles se constituem em meios poderosos usados para revelar ou ocultar uma verdade. De modo que ao aprender o significado de um símbolo é o mesmo que decodificar um ensinamento, para se chegar a uma verdade, que por sua vez traz a liberdade.
Os símbolos estão presentes em todos os ramos de conhecimento, ocultando ou evidenciando significados, na matemática, nas Ciências Exatas, Econômicas, Médicas, no trânsito, comunicação em geral, na forma escrita e falada, etc. De maneira que só dominamos uma ciência qualquer, se aprendemos a fazer a leitura dos significados de seus símbolos. Assim ocorre com a gente ao dirigir, falar, escrever, etc.
Desta forma os símbolos esotéricos ocultam os ensinamentos das grandes verdades que representam, a quem não os conhece, aos alo-religiosos e revela-as aos auto-religiosos, a quem sabe fazer a leitura de seus reais significados.
Por isso que, ao tecer comentários, ao fazer julgamentos daquilo que desconhecemos, corremos o risco de cair no ridículo. Todo o símbolo tem um significado, representar alguma coisa. A balança é o símbolo da justiça; o sol é o símbolo da vida; a cruz é o símbolo do cristianismo.
Na linguagem simbólica o símbolo é o elemento fundamental da comunicação entre seres humanos. Isto se deve à sua dupla natureza, uma vez que o símbolo tem uma dimensão material (estrutura física) e uma dimensão espiritual (ou mental).
A dimensão material do símbolo tem o nome de significante e a dimensão espiritual o nome de significado. Assim, os símbolos permitem-nos expressar materialmente os nossos conteúdos mentais, as nossas idéias, as nossas crenças, os nossos sentimentos, a nossa vontade, o nosso estado de espírito, etc.
A linguagem humana é um sistema simbólico que se destaca dos outros (de fato, existem muitos outros sistemas simbólicos) porque utiliza símbolos específicos e completamente convencionais, uma vez que não têm, pelo menos no caso das línguas alfabéticas, qualquer relação com os objetos que representam, e porque esses símbolos estão interligados num sistema coerente, cujas regras permitem construir um número praticamente infinito de mensagens.
É por isso que através da linguagem, podemos explicar todos os outros símbolos ou sistemas simbólicos. Por exemplo, como poderíamos aprender os sinais de trânsito (que são símbolos) sem que eles nos sejam explicados por palavras?
Ao símbolo lingüístico (à palavra) chama-se signo. E o signo tem, por sua vez, enquanto símbolo, duas dimensões: o significante e o significado. O significante corresponde aos sons (fonemas) ou aos sinais gráficos (grafemas) através dos quais o signo é expresso; o significado corresponde ao conceito que a nossa mente associa aos fonemas ou aos grafemas que constituem a dimensão material do signo.
De acordo com o Zohar, principal livro de Kabbalah, todas as histórias da Bíblia existem para nos ensinar algum segredo interno. Estes segredos internos são comunicados por meio de símbolos, perfeitamente desvelado ao auto-religioso e velado ao alo-reliogioso.
Os alo-religiosos ficam focados na história externa, não percebem que por detrás da história há sempre alguma lição interna. As pessoas desinformadas pensam que a história que está na Bíblia só são para nos ensinar o que aconteceu no passado, na forma de narrativa. Certamente que este não é o objetivo. A história que está ali traduz fatos iniciáticos vivenciados por inciados, para nos transmitir alguma mensagem mais profunda, para mapeamento do caminho a ser seguido.
Para um alo - religioso as Guerras Santas, aludidas no Budismo e no Islamismo, se constituem algo de ocorrência externa, pois interpretam as escrituras ao pé da letra e não conseguem fazer leitura do que está por detrás dos símbolos. Para um auto-religioso as Guerras Santas se constituem em algo muito real, que se passa dentro de si mesmo, constituído por batalhas terríveis contar si mesmo, para vencer a si mesmo e matar o ego.
Nos textos budistas, particularmente na literatura do Tantra de Kalachakra, vamos encontrar níveis externos e internos de batalhas que poderiam facilmente ser denominados de “guerras santas”. Um estudo superficial do islamismo revela o mesmo. Em ambas as religiões houve alo-religiosos que exploram as dimensões externas da guerra santa para vantagens religiosas, sociais, políticas, econômicas, pessoais, etc. Os líderes alo-religiosos sempre usaram seus conceitos externos para convencimento da opinião pública e para inflamar as suas tropas para a batalha. Há exemplos históricos a este respeito no islamismo, no budismo, nas cruzadas, etc. Porém, os auto-religiosos de ambas as religiões, sabem do simbolismo da expressão "guerra santa", compreendem que se trata de algo interno, cuja ênfase principal desta expressão simbólica está na batalha espiritual interna, que devemos empreender contra o ego, contra a nossa própria ignorância e atitudes destrutivas.
Para um alo-religioso as guerras santas budistas e islâmicas são táticas defensivas para travar ataques por forças hostis externas. Para um auto-religiosos ambas têm níveis de significados espirituais internos, em que a batalha é contra os pensamentos negativos e as emoções destrutivas.
É preciso transladar da alo-religiosidade para a auto-reliogisidade para compreender que as "guerras santas" islâmicas, as budistas, a santa inquisição e as cruzadas cristãs se configuraram em abusos, em violências generalizadas contra a humanidade, com as suas sangrentas batalhas externas. Quando se passa da alo-religiosidade a auto-religiosidade se compreende os benefícios que o empreendimento de uma guerra santa interna trouxeram para a humanidade, quando empreendidas por guerreiros santos como Maomé, Buda, São Francisco de Assis, Jesus Cristos, Samael Aun Aweor, Rabolú, etc.
O alo-religioso concebe a sua religião como sendo uma instituição divina para satisfação de seus prazeres e obtenção de poderes econômicos, político-sociais e místicos, etc. O Auto-religioso concebe a sua religião algo que algo importante para desenvolvimento da mística, do amor, para se libertar dos prazeres, abrir mãos dos poderes, para efetuar a revolução interna, mudando dentro de si mesmo o quadro degradante de egoísmo e hipocrisia.
A função de cada religião é de religar o indivíduo que está desligado de Deus. O número de religiões é diretamente proporcional ao grau de complicação humana. Quanto mais o ser humano vai se desligando do divino, mais religiões vão sendo demandadas. O número excessivo de religiões que possuímos atualmente é devido ao hipertrofiamento do ego no ente humano.
O prefixo auto indica ação para dentr. O prefixo alo indica ação para fora, em oposição a auto e o prefixo pseudo indica ação falsa. O termo religiosidade pode ser empregado no sentido de valor. Neste sentido, nós podemos encontrar pessoas com alto grau de religiosidade, recheadas de valores, mesmo não pertencendo a religião alguma. Por outro lado, vamos encontrar pessoas desprovidas de religiosidade, psudo-religiosas, dentros das melhores religiões do mundo.
Dentro de cada uma das aproximadas 60 mil religiões, que dizem existirem, há auto-religioso, há alo-religioso e há pseudo-religioso. O alo-religioso possui a visão das coisas externas, é um sincero-equivocado, que apesar da boa intenção, ainda não possui uma boa compreensão, devido à pouca consciência que tem. O auto-religioso é um místico revolucionário que busca a compreensão do divino nas coisas no interior de si mesmo. O pseudo-religioso é um indivíduo de má fé, que deliberadamente usa a sua religião para a obtenção de vantagens pessoais.
Destas enumeras religiões da Idade de Ferro, que disputam o poder espiritual, político, econômico, social, que comercializam a fé, etc., não restará uma para contar história. Cada um dos templos de cada uma destas religiões será derrubado, não ficará pedra sobre pedra. Todas estas religiões com seus templos não alcançarão o amanhecer da galáxia. Elas se sucumbirão na noite que antecede ao novo dia galáctico.
Da mesma forma ocorrerá com as instituições místicas esotéricas tais como rosacrucianismo, teosofia, maçonaria, ordens gnósticas, etc. Devido à entropia todas elas se deterioraram absurdamente. Por isto o V.M. Rabolú, antes de partir, decretou O Movimento Gnóstico como sendo uma instituição pseudo-esotérica perante o Tribunal do Carma, como qualquer outra religião e ordens místicas existentes.
A maioria das instituições gnósticas também se converteram em instituições alo-religiosas, estão recheadas de alo-gnósticos, que são os crentes gnósticos, rosacruzes, maçons. São visíveis nestas instituições exotéricas o caráter egoificado de seus membros, que se limitam apenas a crerem nas teorias de Samael Aun Weor e Rabolu, como um crente qualquer, que não coloca os Três Fatores de Revolução da Consciência em prática, não se desdobra para as supradimensões para experimentar o real, como tanto almejaram para nós os Mestres Samael e Rabolú.
Na nova Idade de Ouro que advirá no amanhecer da galáxia só haverá religiosidade, não haverá necessidade de religiões, de ações para religar as pessoas a Deus, pois está já estarão ligadas diretamente a Ele, devido à inexistência do ego. Não haverá religiões, pois não haverá ego. O número de religiões de um povo é diretamente proporcional ao seu ego. Quanto mais defeitos possui um povo, maior é a quantidade de regiões deste. Quanto maior é o grau de virtudes de um povo, menor a quantidade de religião deste povo. Na Idade de Ouro da sexta Raça-raiz só haverá um rebanho e um pastor. Portanto haverá somente uma religião sem nome. Num conjunto só precisa momear os seus elementos quando há mais de um deles.
Para este texto tomamos o sentido popular que se revestiu o termo religião. Muito embora devêssemos levar em consideração o que diz o professor Gabriel Perissé: "A etimologia popular atribui a origem da palavra "religião" a religare, do latim: a religião religaria o homem a Deus. Uma idéia bonita... mas sem fundamento. Etimologia falsa, embora cheia de boas intenções. No latim, religio designava "respeito", "reverência". A palavra deriva de relegare, em que re-, "de novo", está associado ao verbo legere, "ler", abrigando o sentido de "tomar com atenção". Uma pessoa vive a religião quando, uma e outra vez, cuida escrupulosamente de algo muito importante, algo que deve ser cultuado. Em sua origem latina, "religião" não é palavra religiosa, não remete ao transcendente, como quando falamos do ponto de vista do cristianismo, do judaísmo ou do islamismo. A religio romana referia-se à atitude de reverência que um cidadão romano tinha pelas instituições do Império.
Livros do Prof. Maurício |
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