ABORDAGEM HOLOSÓTICA DO CONHECIMENTO
(Profº. Maurício da Silva)


Existem alguns tipos ou maneiras de se abordar o conhecimento. Podemos abordá-lo em suas partes, por parte, numa parte ou no todo. Podemos fazer uma abordagem do conhecimento de natureza material ou epistêmico. Podemos abordar o conhecimento de natureza espiritual ou gnóstico. Quando abordamos o conhecimento gnóstico ou o epistêmico, em suas partes fragmentadas, estamos fazendo uma abordagem antropocêntrica ou mecanicista. Quando abordamos pelo seu todo, estamos fazendo uma abordagem holística, holísta ou holosótica.

Do grego holos significa todo, inteiro, integral, totalidade, realidade. O prefixo holos integra o novo paradigma holístico, representa uma resposta inteligente à crise de fragmentação dos saberes, que embasa a dissociação dos componentes da realidade, que impõem a ignorância à humanidade, ameaçando a sua própria continuidade.

O modelo holístico leva em conta o movimento dinâmico entre o todo e as partes, reconstituindo a dialética real da verdade de todas as coisas sustentadas na binaridade dos fenômenos e leis da mecânica do Universo Relativo, onde a realidade, a totalidade, a verdade, se configura sobre o substrato da complementaridade.

A lógica antropocêntrica fragmentou a verdade, proporcionado dificuldade na leitura da verdade, o que possibilitou o aparecimento das enumeras religiões, partidos políticos, ordens, seitas, etc, que no âmago de buscarem a verdade e a paz, acabaram criando confusão e contribuído ainda para cultura da violência.

O novo paradigma gnoseolístico vem surgindo, à medida que o paradigma antropocêntrico revelou-se insatisfatório perante a nova realidade dos novos tempos. Os erros provocados pelo antropocentrismo provocaram uma crise humana perigosa. Vivenciamos uma crise multidimensional em sua abrangência e sem precedentes na história humana. Esta crise é decorrente da fragmentação do conhecimento e da desvinculação dos valores de sustentabilidade da vida.

O conhecimento integrado fragmentou-se em disciplinas estanques, fragmentando a inteireza da vida. O ego hipertrofiado ampliou os conflitos internos e externos, em função das fronteiras artificiais gestadas pela ação antropocêntrica, que ameaça rotundamente, a continuidade biológica da espécie humana.

A visão holística ou holosótica apresenta uma resposta inteligente à crise global gerada pela visão antropocêntrica. O paradigma holístico teve como ponto de partida o postulado evidenciado por Jan Smuts (1926) do continuum matéria-vida-mente. A abordagem holística é inclusiva, integrativa, ao considerar a interdependência entre as partes e o todo, numa integrativa cosmovisão, que considera a dinâmica todo-e-as-partes.

Cada gota de água é um elemento de um oceano, que ao separar-se do oceano se transforma elemento que traz em seu bojo todas as propriedades do oceano, que por sua vez reflete e contém todas as propriedades da gota. É uma visão na qual o todo está nas partes e vice-versa.

A abordagem holística da realidade se fundamenta na holologia e na holopráxis. A holologia consiste na teoria da experimentação do modelo holístico, consoante a critérios científicos rigorosos. A holopráxis consiste num conjunto de métodos experienciais que conduzem à vivência holística.

A educação holística nos permite extirpar todos os elementos antropocêntricos que esfacelam o conhecimento e a vivência humana. O objetivo da formação gnoseolística é combater o caráter fragmentado do ser humano, reintegrar o ente humano à percepção e vivência do todo, que é o fundamento básico da visão holística.

O trabalho do despertar com os Três Fatores de Revolução da Consciência, proposto pela Psicologia Revolucionária, dirige-se a cada um dos educandos para o desenvolvimento do seu equilíbrio pessoal e harmonia consigo e com o universo vivo. Transformando o educando a um novo modo de ser, de perceber, de pensar, de sentir e de agir, de perceber a totalidade a partir dos seus diversos aspectos.

O estudante gnoseolístico torna-se mais consciente de si mesmo, ao habilitar-se a ser o condutor de seu próprio caminho, ao dar-lhe uma visão integrada e holística, que conduz-lhe à integração do seu Ser. O processo do despertar da consciência holística e da integração individual leva o ente humano a se relacionar melhor com a natureza, com os seus semelhantes e consigo mesmo.

Desde os primórdios dialeticamente o Bem e o Mau se confrontaram, por serem holisticamente partes complementares, no mundo da relatividade. Assim, os seres humanos foram construindo a cultura da paz, enquanto que os seres desumanos foram construindo a cultura da violência. “Portanto, fiquemos alerta - alerta em duplo sentido. Desde Auschwitz nós sabemos do que o ser humano é capaz. Desde Hiroshima nós sabemos o que está em jogo.”(Viktor E. Frankl)

Vivemos, em pleno século XXI, um período de ambigüidade, ao mesmo tempo aterrador e maravilhoso, onde morte e vida se aglutinam, num continuo espasmo de dor e plenitude. A cada momento é possível percebermos o avanço da possibilidade de se despertar a consciência, de avanço do conhecimento, determinando uma espantosa aceleração de mudanças, tantos em direção à humanização hominal, como em direção à desumanização homemoidal.

Assim cada ser humano vai escolhendo o seu caminho: o da violência ou o da paz. Os resistentes ao despertar da consciência, são adeptos do passado e do já conhecido, que possuem medo do avanço em direção ao desconhecido, acabam sendo soterrados, excluindo-se da civilização da paz, pois somente aos revolucionários da consciência é dada por herança a plenitude das conquistas.

Ser contemporâneo a si mesmo, vivenciar a filosofia da instantaneidade, é extremamente difícil e se constitui num imenso desafio do nosso momento histórico. Na trajetória da vida, caminhamos da idade da razão para a idade da consciência no mais amplo sentido.

A nova idade da consciência holística exige seres contemporâneos a si mesmos, qualificados para o vivenciamento da inteireza dos fatos. Onde o indivíduo antropocêntrico de consciência mutilada, fragmentado na mente e no coração será automaticamente extirpado do futuro, por incompetência de viver o presente, removido para o museu do passado. Apenas os inteiros estarão preparados para os novos desafios. Por essa razão, o termo-chave é holístico, proveniente do grego holos, que significa inteiro, total. A palavra “holística”, pelo desgaste do mau uso e do abuso, poderá ser substituída. O seu significado, entretanto, permanecerá.

O mundo de hoje, fundamentado no paradigma antropocêntrico, já está esfacelado em conseqüência do conhecimento fracionado, alojado em compartimentos estanques, destituído de um sentido maior, totalmente desvinculados da sagrada inteireza holística.

Neste cenário, o movimento gnoseolístico avança em direção da totalidade, da realidade da verdade de todas as coisas, promovendo uma profunda revolta da inteligência, uma revolução da consciência, marchando suave e irreversivelmente, recrutando os mais sensíveis e atentos a mudanças, para composição do exército de construtores da cultura da paz. O movimento gnoseolístico se constitui na esperança do devir para a humanidade. É uma resposta biológica e vital de perpetuação da espécie perante a ameaça de uma autodestruição global; é um catalisador de transmutação no seio do qual está sendo gerado o ser humano do agora.

Cabe a todos nós lutar contra o fragmentalismo e enfrentar o desafio da inteireza, para que possamos construir o ente humano integral, vinculado na dimensão da concidadania planetária, sustentada sobre o saber, a paz e o amor. Pessoas das mais diversas origens, religiões e culturas, estão abrindo os olhos da inteligência, despertando a consciência e marchando em direção a inteireza dos fatos holísticos.

Um dos principais objetivos da Formação em Valores de Sustentabilidade da Vida consiste em preparar líderes capacitados para o enfrentamento dos desafios do terceiro milênio. Proporcionar ao educando uma Formação Holística de Base,que lhe permita assimilar os conhecimentos integradamente e incorporar a nova consciência gnoseolística. A nossa realidade quotidiana calcada no antropocentrismo, marcada pela violência descomedida, nos revela a causa da desagregação, através da desvinculação e da fragmentação que nos afasta dos valores transcendentais, nos afasta de Deus e da Integração com o Universo. Daí torna-se urgente o desenvolvimento de uma consciência gnoseolística embasada em valores mais elevados.

O Paradigma Holístico representa uma nova concepção do mundo, expressa uma nova atitude inovadora e influência várias disciplinas do conhecimento científico, entre elas a Física Quântica, Psicologia Transpessoal, etc. A concepção Holística reconhece a importância da mecânica das partes na síntese na totalidade, o que nos conduz o respeito à natureza e a vida. A Holologia e holopráxis são dois fundamentos básicos da abordagem holística transdisciplinar.

Holologia é a via intelectual e experimental destinada a adquirir o saber, através da análise e do conhecimento racional resultante da atuação ativa do hemisfério cerebral esquerdo, da racionalidade, da lógica e da abstração. A holologia desenvolve as funções psíquicas do centro intelectual, pensamentos, raciocínios, etc. e as do centro emocional, que são responsáveis pelas sensações, pelos os sentimentos, etc. Já a Holopráxis se constitui no caminho vivencial destinado ao Ser.

Para que o conhecimento se torne sabedoria é necessária a via experiencial, sintética, intuitiva e de mergulho na essência, para o desvelar do Ser. Através da holopráxis pode-se despertar o hemisfério cerebral direito, despertar a musicalidade, e obter a percepção direta e imediata da mística. A holopráxis é responsável pelo desenvolvimento das funções psíquicas, tais como sentimento e intuição.

A gnoseolística conduz-nos a uma cultura de paz através de uma visão holística transdisciplinar, onde o educando inicia a jornada do despertar, por intermédio do desenvolvimento integrado das quatro funções psíquicas: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Tudo isto se faz centrado nos estados da consciência: vigília, sonho, sono e transpessoal, para propiciar a abertura e a harmonização no plano individual.

O trabalho com os Três Fatores de Revolução da Consciência(TFRC) leva o estudante ao desenvolvimento do equilíbrio pessoal e da harmonia consigo e com o universo vivo. Pois provoca mudanças do modo de ser, de perceber, de pensar, de sentir e de agir do aprendiz. A prática diária dos TFRC ao aprendiz tornar-se mais consciente de si mesmo, habilitando-se a ser o condutor de seu próprio caminho.

Pela visão gnoseolística podemos compreender a tendência que o Universo possui de sintetizar unidades em totalidades organizadas. O homem integral é um todo indivisível. Ele não pode ser explicado integralmente através da lógica antropocêntrica, somente pelos seus distintos componentes físicos e psicológicos, considerados separadamente. Somente pode se enunciado pelo Holos, que significa, totalidade, pois não se pode ver apenas as fragmentações do todo, uma vez que tudo é interdependente e tudo se interliga e se inter-relaciona de forma global.

A formação gnoseolística possui uma didática perfeita que permite ao estudante dissolver de dentro de si mesmo os germes do ego responsáveis por toda espécie de reducionismo científico, somático, religioso, niilista, materialista, racionalista, mecanicista, antropocêntrico e outros.

A palavra Holismo foi criada pelo filósofo sul-africano Jan Smuts (1870 - 1950), para explicar que a integralidade é uma característica fundamental do universo, produto do impulso de síntese da natureza.

O Dr. Pierre Weil, vice-presidente da Universidade Holística Internacional, principal mentor do movimento holístico no Brasil, estabeleceu a holologia e a holopraxis, como fundamentos complementares da holística e definiu a abordagem holística da realidade como sendo a tendência para se lançar pontes sobre todas as fronteiras de reducionismo humano. A holologia se relaciona ao enfoque especulativo e experimental da Holística, que se destina à obtenção ou o desenvolvimento de uma compreensão clara e de uma interpretação correta da não-dualidade contida nos meios clássicos, ligados ao pensamento discursivo. Já a holopraxis refere-se ao conjunto dos métodos e experiências de vivência direta do real pelo ente humano, além de qualquer conceito, representando o caminho vivencial para a experiência holística, de natureza transpessoal.

“O mesmo vale pode ser visto a partir de diferentes colinas, que quanto mais alta mais se amplia a visão.” Há muitas maneiras de ver a mesma coisa. Há muitas versões da mesma verdade. Porém, somente há uma só verdade! A Visão Holística nos permite enxergar com clareza, as versões da verdade e com inteireza a totalidade da verdade. Ela consiste num modo especial de ver o mundo, uma nova maneira de leitura do mundo de modo ecumênico, universal. A abordagem holística contempla todos os outros modos de leituras e de abordagens do mundo. Pela visão holística é possível enxergar todas formas de leitura do mundo, os limites de cada uma, o universo fragmentado que cada uma vê como sendo a sua realidade, etc. Pela visão holística dá para se perceber a maneira fragmentada, com que os modos de leitura reducionistas vêem o mundo, através das diferentes religiões, do antropocentrismo e de toda espécie de reducionismo científico, somático, religioso, niilista, materialista, racionalista, mecanicista, antropocêntrico e outros.

Pela visão holística dá para saber que o ego é a causa do subjetivismo, a raiz de todo complicação humana, a chave da fragmentação, do reducionismo, do antropocentrismo, do aparecimento das enumeras religiões, partidos, facções, etc. Pela visão holística dá para se saber que o ego é o fator de desintegração de tudo, de fragmentação, etc.; e que pelos TFRC podemos promover a reintegração de tudo, segundo os princípios holísticos.

Do grego holos significa todo, inteiro, integral, totalidade, realidade. O prefixo holos integra o novo paradigma holosótico, representa uma resposta inteligente à crise de fragmentação dos saberes. O mecanicismo embasou a dissociação dos componentes da realidade humana, impôs a ignorância à humanidade, ameaçando a sua própria continuidade. O modelo holosótico leva em conta o movimento dinâmico entre o todo e as partes, reconstituindo a dialética real da veracidade de todas as coisas sustentadas na binaridade dos fenômenos e leis da mecânica do Universo Relativo, onde a realidade, a totalidade, a verdade, se configuram sobre o substrato da complementaridade.

A lógica antropocêntrica fragmentou a verdade, proporcionado dificuldade na leitura da verdade, o que possibilitou o aparecimento das enumeras religiões, partidos políticos, ordens religiosas, seitas, etc., que no âmago de buscarem a verdade e a paz, acabaram criando confusão e contribuído ainda mais para cultura da violência, com honrosas exceções.

O novo paradigma holosótico vem surgindo, à medida que o paradigma antropocêntrico vem revelando-se insatisfatório perante a nova realidade dos novos tempos. Os erros provocados pelo antropocentrismo provocaram uma crise humana perigosa. Vivenciamos uma crise multidimensional em sua abrangência e sem precedentes na história humana. Esta crise é decorrente da fragmentação do conhecimento e da desvinculação dos valores de sustentabilidade da vida. O conhecimento integrado fragmentou-se em disciplinas estanques, fragmentando a inteireza da vida. O ego hipertrofiado ampliou os conflitos internos e externos, na Terra, em função das fronteiras artificiais gestadas pela ação antropocêntrica, que ameaça rotundamente, a continuidade biológica da espécie humana.

A visão holosótica apresenta uma resposta inteligente à crise global gerada pela visão antropocêntrica. O paradigma holosótico teve como ponto de partida o postulado evidenciado por Jan Smuts (1926) do continuum matéria-vida-mente. A abordagem holosótica é inclusiva, integrativa, ao considerar interdependência entre as partes e o todo, numa integrativa cosmovisão, que considera a dinâmica todo-e-as-partes. Cada gota de água é um elemento do todo do oceano, que ao separar-se do oceano se transforma em parte, que traz em seu bojo todas as propriedades do oceano, que por sua vez reflete e contém todas as propriedades de todas as gotas, o que corresponde à visão holosótica na qual o todo está nas partes e vice-versa.

A educação holosótica nos permite extirpar de dentro de nós todos os elementos antropocêntricos que esfacelam o conhecimento e a vivência humana. O objetivo da formação holosótica é combater o caráter fragmentado do ser humano, reintegrar o ente humano à percepção e vivência do todo, que é o fundamento básico da visão holosótica.

O trabalho do despertar com os Três Fatores de Revolução da Consciência, proposto pela Psicologia Revolucionária do Dr. Samael Aun Weor dirige a cada um dos educandos para o desenvolvimento do seu equilíbrio pessoal, harmonia consigo mesmo e com o universo vivo. Transformando o educando para um novo modo de ser, de perceber, de pensar, de sentir e de agir, de perceber totalidade a partir dos seus diversos aspectos.

Por intermédio dos estudos holosótico o educando torna-se mais consciente de si mesmo, ao habilitar-se para ser o condutor de seu próprio caminho, ao dar-lhe uma visão integrada e holosótica decorre, que conduz a integração do ser. O processo do despertar da consciência holosótica e da integração individual leva o ente humano a se relacionar melhor com a natureza, com os seus semelhantes e consigo mesmo.

Desde os primórdios, dialeticamente, o Bem e o Mau se confrontaram, por serem holisticamente partes complementares, no mundo da relatividade. Assim, os seres humanos foram construindo a cultura da paz, enquanto que outros “seres humanos” foram construindo a cultura da violência. “Portanto, fiquemos alerta - alerta em duplo sentido. Desde Auschwitz nós sabemos do que o ser humano é capaz. Desde Hiroshima nós sabemos o que está em jogo.” (Viktor E. Frankl).

Vivemos, em pleno século XXI, um período de ambigüidade ao mesmo tempo aterrador e maravilhoso, onde morte e vida se aglutinam, num continuo espasmo de dor e plenitude. A cada momento é possível percebermos o avanço da possibilidade de se despertar a consciência, de avanço do conhecimento, determinando uma espantosa aceleração de mudanças, tantos em direção à humanização hominal, como em direção à desumanização homemoidal.

Assim cada ser humano vai escolhendo o seu caminho: o da violência ou o da paz. Os resistentes ao despertar da consciência, são adeptos do passado e do já conhecido, que possuem medo do avanço em direção ao desconhecido, acabam sendo soterrados, excluindo-se da civilização da paz, pois somente aos revolucionários da consciência é dada por herança a plenitude das conquistas.

Ser contemporâneo a si mesmo, vivenciar a filosofia da instantaneidade é extremamente difícil e se constitui num imenso desafio do nosso momento histórico. Na trajetória da vida, caminhamos da idade da razão para a idade da consciência no mais amplo sentido.

A nova idade da consciência holosótica exige seres contemporâneos a si mesmos, qualificados para a vivenciação da inteireza dos fatos. Onde o indivíduo antropocêntrico de consciência mutilada, fragmentado na mente e no coração será automaticamente extirpado do futuro, por incompetência de viver o presente, removido para o museu do passado. Apenas os inteiros estarão preparados para os novos desafios. Por essa razão, o termo-chave é holosótico, proveniente do grego holos, que significa inteiro, total. A palavra “holosótica”, pelo desgaste do mau uso e do abuso, poderá ser substituída. O seu significado, entretanto, permanecerá.

O mundo de hoje, fundamentado no paradigma antropocêntrico, já está esfacelado em conseqüência do conhecimento fracionado, alojado em compartimentos estanques, destituído de um sentido maior, totalmente desvinculados da sagrada inteireza holosótica. Neste cenário, o movimento holosótico avança em direção da totalidade, da realidade da verdade de todas as coisas, promovendo uma profunda revolta da inteligência, uma revolução da consciência, marchando suave e irreversivelmente, recrutando os mais sensíveis e atentos a mudanças, para composição do exército de construtores da cultura da paz.

O movimento holosótico se constitui na esperança do devir para a humanidade. É uma resposta biológica e vital de perpetuação da espécie perante a ameaça de uma autodestruição global; é um catalisador de transmutação no seio do qual está sendo gerado o ser humano do agora. Cabe a todos nós lutarmos contra o fragmentalismo e enfrentar o desafio da inteireza, para que possamos construir o ente humano integral, vinculado na dimensão da concidadania planetária, sustentada sobre o saber, a paz e o amor. Pessoas das mais diversas origens, religiões e culturas, estão abrindo os olhos da inteligência, despertando a consciência e marchando em direção a inteireza dos fatos holosóticos.

Um dos principais objetivos da Formação em Valores Holosóticos de Sustentabilidade da Vida consiste em preparar líderes capacitados para o enfrentamento dos desafios do terceiro milênio. Proporcionar ao educando uma Formação Holosótica de Base, que lhe permita assimilar os conhecimentos integradamente e incorporar a nova consciência holosótica.

A nossa realidade quotidiana calcada no antropocentrismo, marcada pela violência descomedida, nos revela a causa da desagregação, por intermédio da desvinculação e da fragmentação que nos afasta dos valores transcendentais, nos afasta de Deus e da Integração com o Universo Daí torna-se urgente o desenvolvimento de uma consciência holosótica embasada em valores mais elevados. O Paradigma Holosótico representa uma nova concepção do mundo, que expressa uma nova atitude inovadora e influência várias disciplinas do conhecimento científico, entre elas a Física Quântica, Psicologia Transpessoal, etc.

O mesmo vale pode ser visto a partir de diferentes colinas, que quanto mais altas mais se amplia a visão. Há muitas maneiras de ver a mesma coisa. Há muitas versões da mesma verdade. Porém, somente há uma só verdade! A Visão Holosótica nos permite enxergar com clareza, as versões da verdade e com inteireza a totalidade da verdade. Ela consiste num modo especial de ver o mundo, uma nova maneira de leitura do mundo de modo ecumênico, universal. A abordagem holosótica contempla todos os outros modos de leituras e de abordagens do mundo. Pela visão holosótica é possível enxergar todas as formas de leitura do mundo, os limites de cada uma, o universo fragmentado que cada um vê como sendo a sua realidade, etc.

Pela visão holosótica dá para se perceber a maneira fragmentada, com os quais os modos de leitura reducionistas vêem o mundo por intermédio das diferentes religiões, do antropocentrismo e de toda espécie de reducionismo científico, somático, religioso, niilista, materialista, racionalista, mecanicista, antropocêntrico e outros. Pela visão holosótica dá para saber que o ego é a causa do subjetivismo, a raiz de todo complicação humana, a chave da fragmentação, do reducionismo, do antropocentrismo, do aparecimento das enumeras religiões, partidos, facções, etc. Pela visão holosótica dá saber que o ego é o fator de desintegração de tudo, de fragmentação, etc., e que pelos Três Fatores de Revolução da Consciência podemos promover a reintegração de tudo, segundo os princípios holosóticos.

Os Veneráveis Mestres Samael e Rabolú nos prometeram que sempre estariam presentes conosco, em espírito, nos fogueios e nas conferências, nos auxiliando nos processos de ensino-aprendizagem do conhecimento gnóstico, para construção da nossa compreensão. Também eles nos advertiram de que jamais o conhecimento gnóstico e a compreensão poderão ser debatidos, como se debate o conhecimento epistêmico, nos meios convencionais. O conhecimento gnóstico e a sua compreensão se constituem em algo muito particular e individual em cada um de nós. “Alguns poucos vêem, outros vêem quando lhe mostrem e muitos nunca vêem, mesmo que lhes mostrem” (Leonardo da Vince).

O conhecimento epistêmico ou escolar comum aceita debates, por se tratar de estruturas cognitivas, formada a base de conceitos, no centro intelectual inferior do ente humano. O conhecimento gnóstico não admite debate em torno dele, por se tratar de estruturas cognitivas veiculadas à consciência, no centro intelectual superior. Debater o conhecimento gnóstico e a compreensão é profanar a sabedoria. Pois existem infinitos níveis de ser, portanto infinitas compreensões; além disto, é o ego quer o debate, a discussão, o impasse, etc. Uma pessoa de nível de ser inferior não compreende a outra do nível de ser superior.

Para evitar o robustecimento do ego o VM Rabolú ordenou que as conferências gnósticas nunca podiam passar de 40 minutos entre a exposição do instrutor e as perguntas dos ouvintes.
Na construção do conhecimento epistêmico das escolas convencionais há todo um processo científico, elucidado pelos construtivistas Piaget, Vygotsky, Wallon, Emília Ferrero, etc. Na construção do conhecimento gnóstico há todo uma caminho plenamente delineado pelos Veneráveis Mestres do Colégio de Iniciados. Sempre se discute a questão da teoria, da relação entre teoria e prática, na construção do conhecimento gnóstico: uns dizem que só a prática é interessante, outros dizem que a teoria também é importante, outros se põem a ler, a estudar numa velocidade espantosa, tentando apreender as mais de 100 obras do VM. Samael. O que seria correto? O correto é sabermos que há uma correlação de interdependência entre teoria e prática e vice-versa, que se movimenta dialeticamente. Isto quer dizer a prática depende da teoria e vice-versa e que há uma relação direta entre elas. Isto quer dizer que cada teoria demanda uma prática e vice-versa. O desequilíbrio se dá pela não correlação entre teoria e prática. Quanto mais teoria tivermos mais difícil se torna a prática. Por exemplo, se soubermos a 10 exercícios físicos, os executamos com facilidade, com 20 já teremos dificuldade de pratica, com 100 já se torna quase impossível.

Na construção do conhecimento gnóstico há uma movimentação dialética da informação (teoria) em direção à prática, e da prática, para comprovação, na configuração da compreensão. Como exemplo, poderemos citar a dinâmica do desdobramento astral: podemos receber informações acerca da quinta dimensão e das técnicas de desdobramento, como teoria, em livros, em conferências, com instrutores, etc. Ao fazermos as práticas de projeciologia, usando as técnicas apreendidas, poderemos obter êxito na prática, vislumbrar a realidade daquela dimensão e abrir caminhos para uma verdadeira aprendizagem gnóstica. Com isto nos habilitarmos para a travessia com sucesso, na transição planetária, da noite para o amanahecer da galáxia, inserirmos convenientemente no seio da sexta Raça-raiz, na futura Idade de Ouro.

Livros do Prof. Maurício